Questões de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC - PR)

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Considerando o caso clínico apresentado na questão anterior (questão 30), as intervenções de enfermagem que devem ser estabelecidas pelo enfermeiro para as reações das condições clínicas encontradas são:

I. Aplicar compressas de gelo em região inguinal D.

II. Mudar de decúbito em bloco e elevar cabeceira 90º.

III. Massagear as costas após mudança de decúbito em bloco.

IV. Orientar para flexionar o MID. V. Incentivar ingesta hídrica.

VI. Verificar frequentemente sinais vitais, principalmente tipo e frequência do pulso pedioso D.

VII. Verificar ao redor do curativo compressivo quanto a presença de hematomas, edema, sangramento e dor.

 Está(ão) CORRETA(S):

  • A.

    Somente as assertivas III, V, VI e VII.

  • B.

    Todas as assertivas.

  • C.

    Somente as assertivas I, III, V, VI e VII.

  • D.

    Somente as assertivas I, II, III, VI e VII.

  • E.

    Somente as assertivas III, IV, V, VI e VII.

Idoso, 70 anos, masculino, católico, viúvo, aposentado, queixa-se de sede, diarreia várias vezes ao dia, fraqueza, cólica abdominal e diminuição da urina. No exame físico observa-se pele seca, mucosa oral ressecada, diminuição da pressão sanguínea, pulsos radiais diminuídos e taquicárdicos, ocorrência de vários episódios de fezes líquidas, urgência para evacuar e ruídos intestinais hiperativos. Os diagnósticos de enfermagem (DE) identificados e os resultados esperados (RE) relacionados com esse caso clínico são:

I. DE: diarreia; RE: melhora na formação e evacuação de fezes, melhora da intensidade da dor abdominal, equilíbrio de líquidos, de eletrólitos e ácidobásico nos compartimentos intra e extracelulares do organismo.

II. DE: incontinência intestinal; RE: continência intestinal, melhora na formação e evacuação de fezes, Integridade estrutural e função fisiológica normal da pele e mucosas.

III. DE: volume de líquidos deficiente; RE: equilíbrio eletrólito e ácido-básico, equilíbrio hídrico, melhora no estado nutricional.

IV. DE: débito cardíaco diminuído; RE: eficácia da bomba cardíaca, melhora do estado circulatório, melhora da perda sanguínea, melhora na perfusão tissular cardíaca, cerebral, abdominal, periférica e pulmonar.

Está(ão) CORRETA(S):

  • A.

    Somente a assertiva I.

  • B.

    Somente a assertiva III.

  • C.

    Somente as assertivas II e III.

  • D.

    Somente as assertivas II e IV.

  • E.

    Somente as assertivas I e III.

A.N.M., 70 anos, solteira, 5 filhos, católica praticante, analfabeta, fumou durante 53 anos e parou há uma semana, nega etilismo. Hipertensa, faz uso contínuo de captopril e refere ter enfisema, com diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Foi internada com queixa de fraqueza, dispneia e tosse produtiva persistente. No exame físico constatou-se a paciente consciente, que deambula com auxílio, e possui pele e mucosas hipocoradas; apresentou MMSS frios com leitos ungueais pouco cianóticos; tórax simétrico, movimento respiratório torácico, amplitude superficial, taquidispneica, roncos em brônquios e crepitações bibasais e diminuição da expansibilidade. Constatou-se ainda extremidades com perfusão periférica maior que três segundos, pulsos rítmicos e filiformes, sem edema. Para essa paciente foi identificado como diagnóstico de enfermagem prioritário a desobstrução ineficaz de vias aéreas. Para o diagnóstico desse caso, constituem intervenções a serem planejadas e implementadas pelo enfermeiro:

  • A.

    Manter cabeceira elevada a 30º; instalar oxigênio úmido de 2 a 4 L/min; orientar a ingestão de líquidos; monitorar o estado respiratório; estimular a tossir e a realizar exercícios de respiração profunda; fornecer padrões de repouso frequentes entre as atividades.

  • B.

    Manter posição de semi-Fowler; instalar oxigênio úmido de 4 a 6 L/min; orientar a ingestão de líquidos; monitorar o estado respiratório; estimular a tossir e a realizar exercícios de respiração profunda; fornecer padrões de repouso frequentes entre as atividades.

  • C.

    Manter cabeceira elevada a 45º; instalar oxigênio úmido de 6 a 8 L/min; orientar a ingestão de líquidos; monitorar o estado respiratório; estimular a tossir e a realizar exercícios de respiração profunda; fornecer padrões de repouso frequentes entre as atividades.

  • D.

    Manter cabeceira elevada a 90º; instalar oxigênio úmido de 8 a 10 L/min; orientar a ingestão de líquidos; monitorar o estado respiratório; estimular a tossir e a realizar exercícios de respiração profunda; fornecer padrões de repouso frequentes entre as atividades.

  • E.

    Manter posição de Fowler; instalar oxigênio úmido de 1 a 2 L/min; orientar a ingestão de líquidos; monitorar o estado respiratório; estimular a tossir e a realizar exercícios de respiração profunda; fornecer padrões de repouso frequentes entre as atividades.

Um paciente de 65 anos. ex-tabagista. hipertensa e diabética, por relatar dor no peito foi internada para realizar exames cardíacos. Queixa-se de dor nas costas porque permaneceu na mesma posição no leito durante oito horas, sendo que ainda deverá manter repouso absoluto no leito por mais quatro horas decorrente do cateterismo cardíaco. Não recebeu orientação que poderia mudar de decúbito em bloco. Ao exame físico apresenta-se comunicativa e restrita no leito, bem como halitose, carótidas arrítmicas e cheias; bulhas cardíacas arrítmicas e hipofonéticas sem sopro; pequena incisão cirúrgica com curativo compressivo limpo e seco em região inguinal D; pulsos arrítmicos e cheios; extremidades coradas, aquecidas; perfusão menor que três segundos e sem edema; e eliminação urinária uma vez no leito, concentrada e odor fétido. Qual das seguintes alternativas identifica os diagnósticos de enfermagem, segundo NANDA, para esse caso clínico?

  • A.

    Deambulação prejudicada; conhecimento deficiente; dor aguda; mucosa oral prejudicada; incontinência urinária; integridade tissular prejudicada e débito cardíaco diminuído.

  • B.

    Eliminação urinária prejudicada; integridade da pele prejudicada; débito cardíaco diminuído; intolerância à atividade física; mucosa oral prejudicada e dor crônica.

  • C.

    Dor aguda; mobilidade no leito prejudicada; conhecimento deficiente; eliminação urinária prejudicada; débito cardíaco diminuído; integridade tissular prejudicada e mucosa oral prejudicada.

  • D.

    Risco para diminuição do débito cardíaco; mucosa oral prejudicada; dor aguda; mobilidade física prejudicada; eliminação urinária prejudicada e integridade tissular prejudicada.

  • E.

    Mucosa oral prejudicada; dor aguda; eliminação urinária prejudicada; risco para prejuízo da integridade da pele; perfusão tissular periférica ineficaz e mobilidade com cadeiras de rodas prejudicada.

Dona Eugênia, 86 anos, hipertensa, diabética, no último ano, sofreu um acidente vascular encefálico (AVE) que a deixou com grave dificuldade para as atividades diárias. Como sente muito frio pela manhã, não gosta de ser acordada cedo, tem preferência por almoçar às 12h30min e banhar-se em torno das 14h00. Às 18h00 gosta de ver sua novela e, em seguida, o jornal de notícias da TV local. Sua filha Mariana, que trabalha em uma escola do bairro, combinou com sua sobrinha, que então passasse a atender a Senhora Eugênia durante o período da manhã e início da tarde, haja vista que Mariana retorna do trabalho em torno das 15h00. Ultimamente Dona Eugênia vem demonstrando irritação, pois com a chegada da sobrinha, seus costumes e horários habituais para higiene e alimentação foram alterados, pois a cuidadora não aceita as decisões da paciente. Por consequência, houve ligeiro aumento em sua pressão arterial, que há muito estava bem controlada. Com base na história acima pode-se afirmar que:

  • A.

    A sobrinha de Dona Eugênia está certa, pois a higiene corporal deve ser realizada bem cedo, o que favorecerá a saúde da tia.

  • B.

    A filha de Dona Eugênia deve negociar com sua mãe a nova rotina, levando em consideração que a sobrinha se colocou à disposição para os cuidados diários.

  • C.

    A pessoa que cuida deve aceitar as decisões de quem é cuidada, se esta preservar sua condição de autonomia e reunir condições de gerenciar sua saúde.

  • D.

    Dona Eugênia aos poucos irá incorporar a nova rotina, o que lhe trará benefícios, uma vez que terá uma vida mais regrada.

  • E.

    A filha de Dona Eugênia deverá providenciar, junto ao médico, adequação da medicação antihipertensiva de sua mãe.

As Unidades de Terapia Intensiva/Emergência constituem-se centros de atendimento a pacientes com risco iminente de vida. A equipe de enfermagem tem papel fundamental no processo de atendimento a esses pacientes. Consequentemente, as gerências desses serviços devem buscar instrumentos que possibilitem uma melhor gerência dos recursos sob sua responsabilidade, dando atenção especial aos profissionais pela relevância destes na qualidade do cuidado. Para a garantia da eficácia da assistência de enfermagem nessas unidades, pode-se utilizar os seguintes instrumentos gerenciais:

I. Programa de educação permanente dos profissionais

II. Processo de enfermagem

III. Avaliação da complexidade assistencial dos pacientes

IV. Dimensionamento das variáveis que interferem no processo de cuidar

Está(ão) CORRETA(S):

  • A.

    Apenas as assertivas II, III e IV.

  • B.

    Apenas as assertivas I, II e

  • C.

    Todas as assertivas.

  • D.

    Apenas as assertivas I e III.

  • E.

    Apenas as assertivas II e IV.

Um dos desafios éticos no cotidiano dos profissionais de saúde é a comunicação. Tanto que muitas dificuldades ocorrem na interação entre esses profissionais, o paciente, seus familiares ou acompanhantes. São características de uma comunicação eficaz e efetiva:

I. Clareza.

II. Objetividade.

III. Simplicidade.

Está(ão) CORRETA(S):

  • A.

    Somente a afirmativa I.

  • B.

    Somente a afirmativa II.

  • C.

    Somente a afirmativa III.

  • D.

    Todas as afirmativas.

  • E.

    Somente as afirmativas II e III.

O enfermeiro, segundo a Organização Mundial da Saúde, é o profissional com maior potencial para assegurar uma assistência de qualidade com custos racionais. Respondendo por 40% a 50% do faturamento das organizações hospitalares, o enfermeiro pode contribuir com seu trabalho na redução dos custos sem a perda da qualidade desejada. A auditoria da conta paciente averigua a conformidade entre a assistência prestada e os itens cobrados. A ocorrência de distorções dos itens cobrados é prática rotineira do enfermeiro auditor na avaliação do prontuário do paciente e é denominada de glosa. Considera-se glosa corretamente como:

  • A.

    A conformidade dos itens cobrados com a assistência prestada.

  • B.

    O não pagamento de determinado item pela má qualidade da assistência prestada.

  • C.

    A falta de conformidade entre os itens cobrados com a assistência prestada.

  • D.

    A sinalização do não pagamento de determinado item na conta do paciente, pelas fontes pagadoras aos prestadores de serviços, pela falta de conformidade.

  • E.

    O não pagamento de determinado item cobrado na conta do paciente com a assistência prestada.

A prestação de cuidados de enfermagem aos pacientes hospitalizados implica no uso de materiais e equipamentos; os quais devem ser registrados no prontuário do paciente. A apropriação desses materiais e equipamentos na conta paciente objetiva o encaminhando da planilha de gastos ao plano de saúde ou SUS para o ressarcimento dos valores à instituição de saúde. Sobre o exposto, assinale a alternativa correta:

  • A.

    Compete, ao enfermeiro responsável pela unidade documentar, no prontuário do paciente, os registros dos materiais e equipamentos utilizados nos cuidados dos membros da equipe de enfermagem.

  • B.

    O enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem que prestarem cuidados tem a responsabilidade somente de documentar os cuidados prestados, sendo que os gastos são do funcionário administrativo.

  • C.

    Os registros dos materiais e equipamentos decorrentes da assistência não necessitam de registros no prontuário do paciente, somente se este for de saúde suplementar (convênio) ou particular.

  • D.

    O registro dos materiais utilizados na assistência do paciente é de competência do setor de farmácia, bastando à enfermagem encaminhar as solicitações.

  • E.

    O enfermeiro responsável pela unidade tem o dever de capacitar os membros da enfermagem para o registro de gastos e da assistência no prontuário do paciente.

Em relação à gestão de materiais e equipamentos de responsabilidade do enfermeiro, podemos afirmar que:

I. A administração de materiais compreende um conjunto de atividades: o estabelecimento de normas, critérios e rotinas operacionais.

II. Compete ao enfermeiro somente a previsão e provisão.

III. A organização, o controle e a avaliação são também funções do enfermeiro na gestão de materiais.

IV. A proposição de padronização de materiais de consumo envolve a participação profissional do enfermeiro, por ser a profissão que mais faz uso desses materiais na prática do cuidado.

Está(ão) CORRETO(S):

  • A.

    Somente as assertivas I, II e IV.

  • B.

    Somente as assertivas II, III e IV.

  • C.

    Somente as assertivas I e II.

  • D.

    Somente as assertivas II e IV.

  • E.

    Somente as assertivas I, III e IV.

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