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O filósofo empirista David Hume celebrizou-se por sua crítica à concepção clássica da causalidade. Qual das afirmações abaixo resume a posição desse filósofo acerca da relação de causa e efeito?
A causalidade é inteiramente estéril para o conhecimento dos objetos da experiência.
A causalidade indica uma ligação essencial, pois o ser do efeito está contido em potência no ser da causa.
A causalidade é dada a priori para o entendimento humano.
A causalidade é uma relação externa aos objetos, tributária do hábito e da repetição de seqüências observáveis na experiência.
A causalidade é inteiramente desprovida de validade no quadro conceitual do ceticismo humiano.
Thomas Hobbes é conhecido por sua descrição do estado de natureza como um estado de guerra de todos os homens contra todos os homens. Para superar essa condição inicial de insegurança Hobbes propõe a instituição de um Estado
pautado por um ideal de isonomia e igualdade social.
civil mediante um pacto que transfere todo direito natural dos indivíduos a um soberano.
liberal que assegure o direito à propriedade privada e às liberdades do indivíduo.
pautado por valores democráticos, no plano político, e pelo mercado, no econômico.
fundado no despotismo esclarecido e nos ideais iluministas.
No trecho acima, Ernst Cassirer assinala a posição dos iluministas diante dos sistemas metafísicos do século XVII. Segundo sua interpretação, é correto afirmar que
o Iluminismo foi um movimento filosófico que recusou todo e qualquer pensamento sistemático.
os iluministas franceses recusavam o pensamento sistemático, mas os ingleses o admitiam.
os iluministas ingleses recusavam o pensamento sistemático, mas os franceses o admitiam.
o Iluminismo considera o "espírito sistemático" como um entrave à atividade do filósofo.
é necessário distinguir entre "espírito de sistema" e "espírito sistemático" para compreender a crítica do Iluminismo à metafísica clássica.
A partir desse texto que abre as Meditações Metafísicas de Descartes, é correto afirmar que
a filosofia cartesiana toma como ponto de partida a dúvida metódica e só admite como verdadeiro o conhecimento que a ela for capaz de resistir.
o cartesianismo é uma modalidade moderna da filosofia cética, já que nega a evidência de todo o conhecimento que o precedeu.
a filosofia de Descartes não é capaz de demonstrar a verdade das teses que propõe, já que desde o início se pauta pela dúvida.
o cartesianismo tem aspirações modestas e recusa a possibilidade de fundar um conhecimento certo e indubitável.
a filosofia de Descartes pretende passar todo conhecimento pelo crivo da dúvida apenas para assegurar a veracidade da tradição metafísica que a precedeu.
O homem é a medida de todas as coisas. Das coisas que são o que são e das coisas que não são o que não são.
A frase acima é atribuída a Protágoras, um dos mais celébres sofistas. A partir dela deve-se inferir que um dos traços distintivos de sua filosofia é o
positivismo.
relativismo.
dogmatismo.
humanismo.
niilismo.
Nas práticas arcaicas, o discurso não constata o real, ele performativamente o faz ser. (...) No discurso 'racional' diz-se que as coisas são tais; logo, diz-se a verdade: subordina-se a verdade ao real que ela enuncia. (...) A passagem às práticas racionais de veridicidade pode, portanto, ser descrita como uma inversão: da autoridade do mestre como abonador da realidade daquilo que ele fala à autoridade da realidade como abonadora da veridicidade do que diz o locutor.
No texto supracitado, Francis Wolff aponta uma das várias diferenças fundamentais entre o discurso racional e o discurso arcaico ou mítico. A partir dele, é correto dizer que no discurso
racional a verdade e a realidade estão subordinadas a seu enunciador.
mítico a verdade impõe-se a partir da realidade das coisas, a despeito do mestre que o profere.
racional a verdade depende de práticas rituais que instituem a própria realidade.
racional a realidade é instituída performativamente pelo elocutor.
racional a verdade é subordinada à realidade das coisas que se busca descrever.
Com base na comparação entre Locke e Descartes feita por Lebrun, é correto afirmar:
Apesar de empirista, Locke mantém a posição cartesiana que situa na demonstração matemática o modelo do conhecimento por excelência.
Ao reconhecer que a demonstração matemática não tem lugar na física, Locke rompe com o quadro epistemológico de Descartes.
A demonstração matemática não encontra lugar no quadro epistemológico desenhado por Locke, pois ela é destituída de fundamento empírico.
A física moderna, em vez da matemática, é que fornece o modelo de conhecimento tanto para o empirismo de Locke quanto para o racionalismo de Descartes, pois nela combinam-se a demonstração matemática e a testabilidade empírica.
Por ter compreendido Descartes de forma literal, Locke empreendeu uma crítica superficial ao cartesianismo, limitada à mera recusa das idéias inatas.
Segundo o texto de Alquié, é correto afirmar:
A ontologia de Berkeley o leva ao ceticismo, já que nega a existência da matéria e a validade das idéias gerais e abstratas.
As duas definições propostas por Berkeley implicam a recusa da noção metafísica de matéria e da filosofia da representação.
Para Berkeley, todo espírito percebe alguma coisa e, portanto, é forçoso admitir a existência da matéria.
Berkeley concede um estatuto problemático à existência dos objetos da percepção, pois, para ele, o referente de nossas percepções é sempre indeterminável.
A ontologia de Berkeley o inscreve na filosofia da representação, pois nossas percepções devem sempre corresponder a algo existente fora da mente.
A partir do texto supracitado, é correto afirmar que o ateísmo de Nietzsche
é apenas um corolário de sua análise da moral, não desempenhando nenhum papel central em sua filosofia.
visa apenas a desconstruir a idéia de dever, sem realmente preocupar-se com a crítica à idéia de Deus.
antecipa o marxismo, uma vez que, nele, a gênese do dever moral é situada nas relações entre comprador e vendedor.
não implica uma mudança completa da moral, pois fica intacto o estatuto positivo para o dever.
desempenha um papel estruturante em sua filosofia, uma vez que ele é um requisito para a emancipação da vontade.
O trecho acima resume as linhas gerais da análise que o fenomenólogo Merlau-Ponty faz da percepção e, mais especificamente, da noção de "sensação", cara à filosofia moderna. A partir dele é correto inferir que:
Merleau-Ponty retoma integralmente a noção moderna de sensação adaptando-a sutilmente ao quadro conceitual da fenomenologia.
Merleau-Ponty nega a noção moderna de sensação, pois, para ele, não há percepção "pura" e toda a percepção inclui a apreensão de relações.
Para Merleau-Ponty a noção de sensação dos modernos é apenas um erro de linguagem sem maiores conseqüências.
Para Merlau-Ponty a percepção tem início com impressões sensíveis puras, desconectadas e sem relações umas com as outras.
Para Merleau-Ponty nossas sensações são dadas isoladamente à percepção e as relações entre elas são estabelecidas a posteriori pela imaginação e pela fantasia.
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