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Paciente do sexo masculino, 46 anos, deu entrada no pronto-socorro em 5 de janeiro de 2012, com queixa de febre alta (temperatura axilar: 39,5°C), dores pelo corpo, cefaleia retro-orbitária, sendo mais intensa nas articulações das mãos e pés, náuseas e vômitos (apenas dois episódios), sem diarreia, sem sinais de hemorragia ou lesões cutâneas há dois dias. Viagem recente para Ribeirão Preto (há 4 dias). Nega vacinação recente. Nega contato com outros pacientes ou casos semelhantes. O paciente permaneceu na unidade com a hipótese diagnóstica de dengue. Assinale a alternativa correta em relação à evolução deste paciente.
O paciente deveria mesmo permanecer em observação, pois apresentava um sinal de alerta: artralgia.
Ao exame físico, o plantonista médico identificou hepatomegalia dolorosa, sendo isto compatível com sinal de alerta de dengue.
Após quatro horas de hidratação IV com solução fisiológica 0,9%, foi colhido um segundo hemograma com contagem de plaquetas de 130.000/mm3 (primeiro hemograma com plaquetas de 120.000/mm3). Esta alteração plaquetária corresponde a um sinal de alerta de dengue.
Após 2 horas da aplicação de dipirona 1,0g IV, o paciente evoluiu com temperatura axilar de 38ºC, o que configura um sinal de alerta para dengue.
Devido ao quadro de artralgia, foi indicado o uso de ácido acetilsalicílico como anti-inflamatório não hormonal.
Assinale a alternativa correta quanto aos fármacos da terapia antirretroviral nos pacientes portadores de HIV.
Zidovudina, lamivudina e raltegravir são exemplos de inibidores não análogos nucleosídeos da transcriptase reversa.
Lopinavir, darunavir e maraviroc são exemplos de inibidores da protease.
Abacavir, didanosina e enfuvertida são exemplos de inibidores análogos da transcriptase reversa.
Fosamprenavir, Atazanavir, estavudina são exemplos de inibidores da protease.
Raltegravir pertence à classe dos inibidores da integrase.
Quanto às indicações de alta hospitalar no seguimento de dengue, assinale a alternativa correta.
Ausência de febre durante sete dias, plaquetas em elevação e acima de 200.000/mm3, estabilização hemodinâmica durante 72 horas.
Hematócrito normal e estável por 96 horas; plaquetas em elevação e acima de 100.000/mm3.
Melhora visível do quadro clínico, estabilização hemodinâmica durante 48 horas, ausência de febre durante 48 horas.
Ausência de febre durante 96 horas, hematócrito acima de 40%, leucócitos < 12.000/mm3.
Recomenda-se, no mínimo, 10 dias de internação, independente da categoria de dengue ou evolução clínica.
Quanto às indicações de internação hospitalar durante o atendimento de dengue, assinale a alternativa correta.
Presença de sinais de alarme; recusa na ingestão de alimentos e líquidos; comprometimento respiratório: dor torácica, dificuldade respiratória, diminuição do murmúrio vesicular ou outros sinais de gravidade; plaquetas < 20.000/mm3, independentemente de manifestações hemorrágicas.
Comorbidades compensadas como diabetes mellitus, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e asma são indicações de internação hospitalar.
Plaquetas < 100.000/mm3 no primeiro hemograma e gestantes classificadas como categoria A são indicações de internação hospitalar.
Febre alta (T = > 39°C), diarreia e rash cutâneo são indicações de internação hospitalar.
Cefaleia é sinal de alarme para internação e será necessária a coleta de líquor para confirmação diagnóstica de dengue.
Assinale a alternativa que apresenta a definição correta da categoria de risco de dengue.
Categoria A: febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas inespecíficos (cefaleia, prostração, dor retro-orbitária, exantema, mialgias e artralgias), prova do laço negativa, antecedente de lipotímia e hematêmese.
Categoria B: febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas inespecíficos (cefaleia, prostração, dor retro-orbitária, exantema, mialgias e artralgias), desconforto respiratório e prova do laço negativa.
Categoria C: febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas inespecíficos (cefaleia, prostração, dor retro-orbitária, exantema, mialgias e artralgias), prova do laço positiva, petéquias, hepatomegalia dolorosa, vômitos persistentes, redução do volume urinário.
Categoria D: febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas inespecíficos (cefaleia, prostração, dor retro-orbitária, exantema, mialgias e artralgias), prova do laço negativa, sem sinais de alerta.
Categoria F: febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos um dos sinais e sintomas inespecíficos (cefaleia, prostração, dor retro-orbitária, exantema, mialgias e artralgias), prova do laço negativa, sem sinais de alerta.
Em relação à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST) nos casos de violência sexual, assinale a alternativa correta.
Quanto à profilaxia antimicrobiana das DST em adultos e adolescentes com mais de 45kg, recomenda-se a associação: penicilina G benzatina, ciprofloxacina, azitromicina e metronidazol.
Está contraindicada a profilaxia contra HIV nesta situação.
Não existe indicação, no momento do atendimento, de coleta de sorologias para: HIV, hepatites virais B e C, sífilis.
Recomenda-se o uso de imunoglobulina contra hepatite C.
Quanto à profilaxia antimicrobiana das DST em gestante que sofre violência sexual, recomenda-se apenas penicilina G benzatina e ciprofloxacina.
Em relação ao papilomavírus humano (HPV), assinale a alternativa correta.
Os subtipos de HPV 6, 11, 42, 43 e 44 são considerados de alto risco para desenvolvimento de doenças neoplásicas e seus precursores.
Os subtipos de HPV 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 46, 51, 52, 56, 58, 59 e 68 são considerados de baixo risco para desenvolvimento de doenças neoplásicas e seus precursores.
O HPV é um RNA-vírus do grupo papovavírus com mais de 100 subtipos reconhecidos, divididos pelo seu potencial oncogênico em: baixo risco, moderado risco e alto risco.
Podofilina, ácido tricloroacético, podofilotoxina e imiquimod (imidazolquinolina) são fármacos utilizados no tratamento de infecção por HPV.
Podofilina é indicado no tratamento de gestante com HPV genital.
Em relação ao tratamento da sífilis, assinale a alternativa correta.
Sífilis primária ou cancro duro trata-se com penicilina G benzatina 2,4 milhões de UI, via intramuscular, em dose única.
Sífilis recente secundária (manifestação cutânea) ou sífilis recente latente trata-se com penicilina G cristalina, 4 milhões de UI, intravenosa, a cada 4 horas, em regime de internação.
Sífilis tardia latente é tratada com a associação de penicilina G benzatina 2,4 milhões de UI, via intramuscular, em dose única e ciprofloxacina 500mg VO 2x/d durante 14 dias.
Meningo-encefalite por sífilis trata-se com penicilina G benzatina 2,4 milhões de UI, via intramuscular, 1x por semana, durante 4 semanas consecutivas.
O tratamento de sífilis primária no paciente portador de HIV é diferente do tratamento do paciente sem esta condição.
Assinale a alternativa correta com relação ao tratamento e seguimento de úlceras genitais ocasionadas por doenças sexualmente transmissíveis.
Após o tratamento, não há necessidade de avaliação ou convocação dos parceiros sexuais.
Deve-se oferecer aos pacientes com úlceras genitais por doenças sexualmente transmissíveis a realização de sorologia para HIV, sorologia para hepatites virais B e C, sorologia para sífilis, bem como reforçar a adesão ao tratamento e orientar para a convocação dos parceiros sexuais.
Sífilis primária em paciente alérgico à penicilina tem como alternativa o tratamento com ciprofloxacina.
A reação febril de Jarisch-Herxheimer ocorre após dose de azitromicina no tratamento de cancro mole.
Aciclovir é contraindicado para gestantes com herpes genital.
Em relação à resistência ao esquema básico de tratamento para tuberculose, assinale a alternativa correta.
O termo multirresistência refere-se à presença de resistência a dois ou mais fármacos do tratamento de tuberculose, com exceção dos fármacos rifampicina e isoniazida.
O termo resistência extensiva (tradução da língua inglesa de extensively drug resistant ou sigla XDR) corresponde à presença de resistência à rifampicina, etambutol e fluoroquinolonas.
Resistência primária verifica-se nos pacientes com antecedente de várias experiências de tratamento para tuberculose, infectados por bacilos previamente sensíveis.
Resistência secundária ou adquirida verifica-se nos pacientes infectados por bacilos previamente sensíveis, que se tornaram resistente após exposição aos fármacos do esquema para tuberculose.
De acordo com o II Inquérito Nacional de Resistência para Tuberculose, a incidência de resistência primária a isoniazida atinge a cifra de 12%.
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