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Uma das principais utilizações do Doppler consiste em aferir gradientes de pressões transvalvares. Ao ser impelido através de uma valva estenótica, o sangue aumenta a energia cinética enquanto a energia potencial se reduz proporcionalmente. Essa relação é expressa matematicamente pela equação de Bernoulli. Sobre essa equação e esse conceito, podese afirmar que:
Ângulos de incidência maior que 20 graus resultam em superestimação do gradiente verdadeiro.
A equação de Bernoulli simplificada ignora a velocidade de fluxo distal, e o gradiente estimado baseia-se na velocidade proximal.
A equação de Bernoulli simplificada ignora a velocidade de fluxo distal, e o gradiente estimado baseia-se na velocidade proximal.
Jatos de regurgitação mitral apresentam usualmente velocidades entre 1 e 2 m/seg.
Podem ocorrer discrepâncias entre gradientes medidos por meio do Doppler e do cateterismo, pois o primeiro baseia-se em gradientes pico a pico e o segundo baseia-se em gradientes de pico instantâneos.
A equação de continuidade é um exemplo da:
Lei da conservação de energia.
Lei da conservação da velocidade.
Lei da conservação das massas.
Lei de Avogadro.
Lei de Gay-Lussac.
Na síndrome coronariana aguda sem supradesnível do segmento ST, o escore de risco TIMI risk score (TIMI:thrombolysis in myocardial ischemia ) é utilizado como ferramenta de estratificação para identificar os pacientes mais graves com indicação de abordagem invasiva. Nas opções abaixo, assinale aquela cujo cenário clínico indica a maior pontuação por este escore de risco.
Homem, 70 anos, diabético, uso prévio de ácido acetilsalicílico, infarto agudo do miocárdio há 3 anos, coronariografia prévia com lesões trivasculares maiores que 50%, aumento de troponina na admissão.
Mulher, 60 anos, diabética e tabagista, uso prévio de ácido acetilsalicílico, angina controlada com nitroglicerina venosa, eletrocardiograma e troponina normais.
Homem, 70 anos, hipertenso, com dislipidemia, história de angina estável e coronariografia normal há dois anos, eletrocardiograma com inversão de ondaTemparede inferior.
Mulher, 75 anos, hipertensa, com dislipidemia, tabagista, três episódios de anginas nas últimas 24 horas, eletrocardiograma de admissão com infradesnível do segmento ST de 1,6 mm e aumento de troponina.
Homem, 40 anos, diabético, tabagista, angina em repouso nas últimas 24 horas e eletrocardiograma de admissão com inversão de onda T em parede anterior.
Carol é uma jovem de 23 anos, formada em Direito e estudante para concursos públicos, que vem à consulta médica devido a um desmaio no fim de semana. A paciente relata que estava assistindo à missa, de pé, quando a visão ficou turva, teve sudorese fria, náuseas e sensação de desfalecimento. Quando se lembra, estava deitada no banco sendo socorrida por sua avó e tia. Estas foram à consulta e informam que não houve traumatismo, liberação esfincteriana nem abalos musculares e que Carol acordou após cerca de dois minutos. A paciente foi atendida em uma unidade de pronto atendimento, onde realizou hemograma, bioquímica, eletrocardiograma e ecocardiograma, todos com resultados normais. Ela não tem comorbidades prévias nem faz uso de medicação diária.Oexame físico é normal. Das opções abaixo, a conduta mais apropriada é:
explicar a paciente que a causa mais provável é vasovagal e orientar medidas não farmacológicas preventivas.
iniciar fludrocortisona 0,1 mg/dia, uma vez que síncope neurocardiogênica é o diagnóstico mais provável.
solicitar teste ergométrico e ecodoppler de carótidas e vertebrais. Se forem normais, considerar ir a um especialista em arritmias para estudo eletrofisiológico.
solicitar eletroencefalograma e tomografia computadorizada do crânio e pedir parecer a um neurologista.
iniciar propranolol 40 mg/dia e clonazepam 0,5 mg/dia, pois os sintomas devem estar relacionados com ansiedade e estresse pelos estudos.
A ressonância magnética tem crescido como método complementar, principalmente por sua capacidade de fornecer medidas precisas dos diâmetros, volumes, massa e função sistólica ventricular.
associar hidroclorotiazida 50 mg/dia e aumentar a dose de furosemida para 160 mg/dia. Avaliar hemotransfusão para otimizar o valor da hemoglobina.
iniciar digoxina 0,25 mg/dia, aumentar a furosemida para 160 mg/dia e reduzir, temporariamente, o bisoprolol para 1,25 mg/dia.
associar hidralazina 100 mg/dia, mononitrato de isossorbida 40 mg/dia e digoxina 0,25 mg/dia.
aumentar a dose de furosemida para 160 mg/dia e suspender a espironolactona.
Uma mulher de 25 anos, proveniente de área rural do Estado do Rio de Janeiro, queixa-se de cansaço progressivo aos esforços.Atualmente tem dificuldade mesmo em tarefas simples do cotidiano, como tomar banho e arrumar a cama. Não tem comorbidades prévias nem faz uso de medicação regular; não fuma, é solteira e não tem filhos. No exame físico, está prostrada, hipocorada, emagrecida, com ausculta de ritmo cardíaco regular, bulha cardíaca protodiatólica e sopro diastólico 4+, tipo aspirativo, rude, em borda esternal esquerda. A pressão arterial é de 154 x 42 mmHg e a frequência cardíaca de 110 bpm. O eletrocardiograma realizado durante a consulta médica encontra-se a seguir.
Sobre este cenário clínico, assinale a afirmativa INCORRETA.
Causas possíveis incluem endocardite infecciosa, febre reumática, sífilis terciária, necrose cística da média e arterite.
O tratamento clínico pode trazer alívio sintomático e deve ser feito com uma combinação de diuréticos, vasodilatadores (nifedipino e captopril, por exemplo) e betabloqueadores (como o carvedilol e o metoprolol).
A cirurgia de escolha é a troca valvar e tem indicação classe I nos paciente sintomáticos. A prótese pode ser mecânica ou biológica, dependendo da condição clínica do paciente.
Nas fases iniciais da doença estes pacientes costumam ser oligossintomáticos. Contudo, quando há sintomas e disfunção sistólica progressiva do ventrículo esquerdo, a deterioração clínica costuma ser rápida.
A ressonância magnética tem crescido como método complementar, principalmente por sua capacidade de fornecer medidas precisas dos diâmetros, volumes, massa e função sistólica ventricular.
José é um senhor de 70 anos que está em tratamento com BCG intravesical para neoplasia de bexiga. Ele apresenta infecções urinárias de repetição e não tem comorbidades prévias. Há cerca de um mês apresenta febre vespertina (38 a 38,5 ºC), sudorese, perda ponderal (8 kg) e cansaço progressivo e por isso realizou um ecocardiograma transtorácico. As imagens mostram vegetação de 13 mm em valva aórtica, com regurgitação grave e disfunção sistólica do ventrículo esquerdo importante. Também foram coletadas hemoculturas, nas quais há crescimento de , com antibiograma mostrando Enterococcus faecalis germe multissensível. Das opções abaixo, assinale a conduta mais apropriada para este paciente.
ampicilina 2 g venosa de 4/4h associada a gentamicina 1 mg/kg venosa de 8/8h, ambas durante 4 a 6 semanas. A indicação de cirurgia cardíaca depende da evolução clínica após o tratamento.
ampicilina 2 g venosa de 6/6h por 4 a 6 semanas; associar gentamicina 1 mg/kg venosa uma vez ao dia nos primeiros 3 a 5 dias. Não há indicação de cirurgia.
ampicilina 2 g venosa de 4/4h associada a gentamicina 1 mg/kg venosa de 8/8h, ambas durante 4 a 6 semanas. Há indicação de cirurgia cardíaca.
Ceftriaxone 1 g venoso de 12/12h por 4 a 6 semanas. Há indicação de cirurgia cardíaca.
Penicilina G cristalina 18 milhões de unidades venosas dividida em 6 tomadas diárias associada com oxacilina 2 g venosa de 4/4h e gentamicina 1 mg/kg uma vez ao dia, durante 4 semanas. A indicação de cirurgia cardíaca depende da evolução clínica após o tratamento.
O infarto agudo do miocárdio (IAM) com supradesnivelamento do segmento ST deve ser tratado, preferencialmente, com reperfusão, que pode ser mecânica (angioplastia) ou farmacológica (trombólise). Das opções abaixo, assinale a alternativa na qual o cenário clínico indique preferência pelo método farmacológico (trombólise):
mulher de 50 anos, hipertensa, IAM de parede anterior, Killip 3, tempo de início dos sintomas de 6 horas, tempo porta-balão estimado em 50 minutos.
homem de 50 anos, sem comorbidades, dor precordial atípica, eletrocardiograma com bloqueio de ramo esquerdo novo, tempo porta-balão estimadoem30 minutos.
mulher de 60 anos, tabagista, IAM de parede lateral, Killip 1, tempo de início dos sintomas de 1 hora, tempo porta-balão estimado em 110 minutos.
homem de 75 anos, hipertenso, IAM de parede anterior, Killip 2, colecistectomia por laparoscopia há 15 dias, tempo porta-balão estimado em 40 minutos.
homem de 40 anos, tabagista, IAM de parede inferior, Killip 1, acidente de moto com trauma facial grave há 15 dias, tempo porta-balão estimadoem60 minutos.
Uma mulher de 78 anos, hipertensa, diabética e com doença renal crônica em estágio 4, está no primeiro dia de pós-operatório de colecistectomia por colecistite aguda. Ela apresenta-se assintomática e aceitou bem a dieta líquida oferecida pela manhã. O exame físico é normal, exceto pela cicatriz cirúrgica. Como parte da rotina pós-operatória, foram solicitados eletrocardiograma (ECG) e exames laboratoriais. O ECG mostra onda Q patológica em parede inferior, que não existia no exame anterior, e a troponina Testá em 23,8ng/mL (normal: < 0,01 ng/mL), sendo este exame repetido e confirmado por curva enzimática. Sobre este cenário clínico, marque a afirmativa correta.
A troponina não é um bom marcador de necrose miocárdica no pós-operatório, pois está associada com resultados falso-positivos. O ideal é realizar ecocardiograma a fim de avaliar se há déficit contrátil segmentar no ventrículo esquerdo.
A conduta mais apropriada é a reperfusão, que poderá ser via farmacológica (fibrinólise) ou hemodinâmica (angioplastia primária).
Pequenas elevações nas enzimas cardíacas são normais no pós-operatório de grandes cirurgias em pacientes diabéticos e não conferem pior prognóstico. Portanto, esta paciente deve continuar com a rotina normal de cuidados pós-operatórios.
Apresença de nova ondaQpatológica noECGe o aumento da troponina são suficientes para o diagnóstico de infarto do miocárdio, mesmo na ausência de dor precordial.
Devido à alta suspeição clínica de infarto do miocárdio, a conduta ideal é a angiotomografia das artérias coronárias. Caso haja lesões > 70%, deverá ser indicada coronariografia com angioplastia e colocação de stent.
Na emergência de um hospital de nível terciário, uma mulher de 45 anos é admitida com dor precordial, em aperto, sem irradiação, iniciada após discussão com o marido. Não há outros sintomas sistêmicos, comorbidades nem faz uso de medicação regular. Nunca antes havia apresentado tais sintomas. É tabagista e seu pai faleceu aos 50 anos de morte súbita. O exame físico é normal, a pressão arterial está em 140 x 90 mmHg e a frequência cardíaca em 72 bpm. O eletrocardiograma (ECG) de admissão e a primeira amostra de troponina são normais. A paciente recebe ácido acetilsalicílico e dinitrato de isossorbida, com resolução completa dos sintomas. Após seis horas, nova amostra de enzimas cardíacas é coletada e os valores permanecem normais. Um novo ECG também está normal. Das opções abaixo, a conduta mais apropriada é:
realizar teste ergométrico na sala de emergência. Caso seja normal, receber alta para continuar acompanhamento ambulatorial.
encaminhar para coronariografia, uma vez que a probabilidade pré-teste de doença coronariana é muito alta.
iniciar ácido acetilsalicílico, sinvastatina, atenolol, nitrato e enalapril e encaminhar para acompanhamento ambulatorial.
internar em unidade coronariana e manter em observação por 72 horas. Caso permaneça assintomática, solicitar cintilografia do miocárdio ou ecocardiograma de estresse.
manteremobservação na unidade de emergência por 24 horas. Caso permaneça assintomática e comECGe troponina normais, dar alta hospitalar.
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