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A respeito do linfoma primário do sistema nervoso central, relacionado à infecção pelo vírus HIV, assinale a opção correta.
Diagnostica-se principalmente por exames de neuro-imagem, com achados de lesões encefálicas difusas com pouco efeito de massa. O principal diagnóstico diferencial se faz com leucoencefalopatia multifocal progressiva.
Caso seja possível, é desejável, como tratamento-padrão, a ressecção cirúrgica completa de todas as lesões identificadas, de forma a se evitar quimioterapia e radioterapia.
É comumente uma das primeiras complicações relacionadas à AIDS a se apresentar no paciente, pois requer um grau de imunossupressão menor do que outras doenças associadas ao HIV.
O surgimento desta complicação é fortemente associado à infecção pelo vírus Epstein-Barr. É possível achar sequências do DNA Epstein-Barr no líquor da maioria dos afetados.
O quadro clínico mais comum é a perda de força muscular progressiva, que se arrasta por mais de doze meses, com sinais de hipertensão intracraniana. A cognição costuma ser preservada.
Assinale a opção que indica o conjunto de manifestações clínicas que, quando associadas, podem levar à indicação de derivação ventricular como tratamento.
dificuldade de marcha, declínio cognitivo, incontinência urinária
declínio cognitivo, coréia, irritabilidade
lentificação psico-motora, alterações da memória, incoordenação motora
demência rapidamente progressiva, mioclonias, nistagmo
desorientação direita-esquerda, agrafia, acalculia
Fazer plasmaférese para controle imediato da doença, de forma que a paciente seja operada já assintomática.
Tratamento imunossupressor, para evitar reativação da doença e reestenose, com consequente perda do resultado cirúrgico.
Tratamento antimicrobiano de largo espectro, para evitar acometimento mais extenso da doença no pós-operatório.
Iniciar bifosfonato, para reduzir hipervascularização óssea e reduzir chances de perda sanguínea elevada no trans-operatório.
Iniciar antiviral, para melhorar as condições clínicas da paciente e induzir remissão da doença.
Texto para as questões 39 e 40
Atualmente, o tratamento cirúrgico da doença de Parkinson mais frequentemente realizado é a estimulação cerebral profunda.Ainda com relação ao texto, assinale a opção que apresenta a evolução clínica encontrada nestes pacientes, após três ou mais anos de acompanhamento pós-operatório. Considere que o eletrodo de estimulação cerebral profunda foi bem posicionado, está em bom funcionamento, e não houve complicações pós-operatórias.
Permanece a melhora dos tremores, da rigidez e das discinesias, porém observa-se progressão da instabilidade postural, dos distúrbios da marcha e da disartria.
A melhora motora permanece boa nos membros, mas com sinais de lenta piora. Já na face a progressão da doença não parece ser afetada pela cirurgia, com evolução da hipomimia, disfagia e sialorreia.
A melhora de todos os sintomas motores permanece, sem sinais de progressão. Observa-se também menor incidência de demência e de transtornos comportamentais.
Os tremores voltam a piorar de forma lenta, juntamente com o aparecimento de disautonomias. A rigidez, as dificuldades na marcha e na fala permanecem estáveis.
Enquanto a melhora motora é mantida em todos os aspectos, os sintomas psiquiátricos passam a ser marcantes, com o surgimento de delírios, transtornos do sono e do apetite.
Texto para as questões 39 e 40
Atualmente, o tratamento cirúrgico da doença de Parkinson mais frequentemente realizado é a estimulação cerebral profunda.Com base na informação apresentada no texto, assinale a opção que prediz boa resposta pós-operatória das manifestações clínicas da referida doença.
quadro clínico com predomínio de tremores, com pouca rigidez e bradicinesia
quadro clínico avançado, mas sem sintomas disautonômicos
ausência de demência e alucinações no momento da indicação cirúrgica
manifestações cardinais intensas, associadas a depressão
boa resposta pré-operatória à levodopa
Com relação à alteração evidenciada no exame de imagem e com base nos conhecimentos neuroanatômicos e neurofisiológicos, assinale a opção que apresenta o quadro clínico provável desse paciente.
Paraplegia de instalação rápida, com lenta progressão para os membros superiores e aparecimento de liberação piramidal, associada a disfunções sexuais e de esfíncteres.
Perda sensitiva térmico-dolorosa nos membros superiores, poupando os inferiores, associada à fraqueza também dos membros superiores com sinais de segundo neurônio motor.
Dor neuropática intensa nos quatro membros, com perda da sensibilidade vibratória e de noção de posição segmentar, associado a espasticidade difusa.
Paraparesia lentamente progressiva, simétrica, associada à perda sensitiva térmico-dolorosa nos dermátomos torácicos e lombares.
Tetraparesia simétrica e proporcionada, lentamente progressiva, com sinais de liberação piramidal nos quatro membros, e dor neuropática em mãos e pés.
A condição clínica mostrada nesse exame é comumente associada a outras alterações. Assinale a opção que apresenta a situação mais frequentemente encontrada nesse caso.
malformação de Chiari tipo I
trauma vertebral
aracnoidite infecciosa
tumores primários da medula
instabilidade atlanto-occipital
Estando esses quatro pacientes realmente com morte encefálica, eles apresentarão diferentes reações dos reflexos de tronco, uma vez que as doenças são diferentes.
Por terem diagnósticos diferentes, o protocolo de diagnóstico de morte encefálica também será diferente para cada caso.
O teste de apneia é contraindicado nos pacientes das figuras 3 e 4, pois a hipercapnia poderá piorar a tumefação cerebral e a hipertensão intracraniana.
Após um primeiro exame clínico positivo para morte encefálica, deveremos esperar no mínimo 24 horas para que um segundo exame seja feito.
Em todos os casos é necessário um exame complementar, que deverá mostrar ausência de atividade elétrica cerebral, ou ausência de metabolismo cerebral, ou ausência de perfusão sanguínea cerebral.
A ressonância magnética de crânio realizada em determinado paciente evidenciou os seguintes achados: herniação das tonsilas cerebelares e do bulbo pelo forame magno, lâmina quadrigêmea angulada, estenose do aqueduto cerebral, hidrocefalia já tratada, localização baixa da tórcula e herniação da parte superior do cerebelo para a fossa média.
De acordo com essas informações, assinale a opção que indica o diagnóstico mais provável desse paciente.encefalocele frontal oculta com hipertelorismo, ou sinais de correção cirúrgica
mielomeningocele lombo-sacral, ou sinais de correção cirúrgica
sindactilia em mãos ou pés, ou sinais de correção cirúrgica
craniosinostose coronal bilateral, ou sinais de correção cirúrgica
malformações genito-urinárias, ou sinais de correção cirúrgica
Texto para as questões de 32 a 34
Um paciente, com quatorze anos de idade, com hidrocefalia não comunicante desde a infância, submetido a troca do dispositivo de shunt ventrículo-peritonial, por causa de disfunção mecânica, retornou ao pronto-socorro, levado por familiares, que relataram sonolência persistente há dois dias, febre baixa não aferida, e recusa à alimentação. Embora realmente sonolento, o paciente responde aos seus questionamentos, e nega queixas. Não há cefaleia nem sinais clínicos de meningite. A temperatura axilar é 37,9 oC e o restante do exame físico é normal.Ainda de acordo com o texto, assinale a opção correta.
Independentemente da presença de sinais de gravidade, essa situação pode gerar prejuízos cognitivos. Dessa forma, o tratamento deve ser feito com retirada do shunt ventrículoperitonial e início de tratamento antimicrobiano exclusivamente intraventricular, com cefalosporinas de terceira ou quarta geração.
A ausência de sinais de toxemia e de meningite não servem para guiar o tratamento nesse caso. O shunt ventrículoperitonial deverá ser retirado e substituído por derivação externa. O tratamento antimicrobiano inicial é intravenoso, com cobertura para microrganismos gram-positivos e gramnegativos.
A ausência de sinais graves de toxemia, como: febre alta, taquicardia e hipotensão, nos permite concluir que a doença tende a um curso benigno. Caso não haja progressão para sinais de hipertensão intracraniana, poderemos tratar apenas com antitérmico e observação.
A ausência de cefaleia e de sinais de meningite é indicativo de menor gravidade. Neste caso, o tratamento antimicrobiano sem remoção do shunt ventrículo-peritonial é o mais indicado, e atinge taxas de cura superiores a 65%.
O quadro clínico pobre, com poucos sinais, é indicativo da baixa virulência dos micro-organismos envolvidos. Nesse caso, é indicada a retirada do shunt ventrículo-peritonial, colocação de derivação externa e cobertura antimicrobiana para germes da pele como, por exemplo, amicacina e clindamicina.
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