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Uma paciente, com dezessete anos de idade, com diagnósticos de diabete melito tipo 1 havia seis anos e hipotireoidismo primário havia dois anos, procurou um endocrinologista com queixas de fadiga, distensão e dor abdominais, diarreia e perda ponderal de 4 kg nos últimos seis meses. A paciente faz uso irregular de insulina e levotiroxina. Também relatou que seus ciclos menstruais são irregulares desde a menarca, aos 12 anos. Há cerca de três meses, apresentou infecção respiratória aguda e foi submetida a radiografia do tórax num serviço de pronto-atendimento, que evidenciou osteopenia difusa. Ao exame físico, apresentou-se emagrecida (IMC de 18,2 kg/m2), PA de 100 mmHg × 60 mmHg e FC de 64 bpm. Apresentou também bócio de pequeno volume, e erupção papulomacular nos membros superiores e tronco. O exame da retina mostrou microaneurismas difusos. Não havia outras alterações evidentes ao exame físico. Os exames laboratoriais mostraram hemoglobina glicosilada de 8,5% (meta < 7%), hematócrito de 29% (normal 36 a 47,8%), ferritina de 4 ng/mL (normal 10 a 100), TSH de 1,5 mcUI/mL (normal: 0,5 a 5,0), cálcio de 7,9 mg/dL (normal 8,5 a 10,5), albumina de 2,9 g/dL (normal 3,5 a 5,0), e transaminases normais.
Com relação a esse caso clínico descrito, assinale a opção que indica o exame a ser solicitado para investigação diagnóstica dos sintomas apresentados.IgA anti-endomísio
endoscopia digestiva alta
estudo de esvaziamento gástrico
pesquisa de gordura fecal
densitometria óssea
Um paciente, com sessenta e dois anos de idade, com antecedentes de hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia, em tratamento com cardiologista, procurou um endocrinologista devido ao diagnóstico recente de diabetes, em avaliação laboratorial de rotina (apresentou glicemia de jejum de 142 mg/dL e, duas semanas depois, com a repetição do exame, o resultado foi de 138 mg/dL). Ao exame físico, apresentou PA de 140 mmHg × 90 mmHg, FC de 88 bpm, IMC de 32 kg/m2, circunferência abdominal de 114 cm, e acantose nigricans cervical. Não foram observadas outras alterações. O paciente foi orientado a respeito da doença, da importância de um bom padrão alimentar e da atividade física, e encaminhado a um nutricionista. Foi iniciado tratamento com antidiabético oral e o paciente foi informado a respeito da importância de se rastrearem complicações microvasculares ao longo do acompanhamento.
Acerca do caso clínico apresentado, assinale a opção correta.A conduta adotada está incorreta, pois para se estabelecer o diagnóstico de diabetes seria necessária a realização de um teste oral de tolerância à glicose.
Esse rastreamento pode ser feito por meio da realização de fundoscopia, microalbuminúria/proteinúria, e avaliação neurológica das extremidades inferiores, iniciados na ocasião do diagnóstico e repetidos anualmente ou com menor frequência de acordo com alterações eventualmente encontradas.
Esse rastreamento pode ser feito por meio da realização de depuração de creatinina (clearance de creatinina), medida da pressão intraocular, e avaliação neurológica das extremidades inferiores, iniciados na ocasião do diagnóstico e repetidos anualmente ou com menor frequência de acordo com alterações eventualmente encontradas.
Esse rastreamento pode ser feito por meio da realização de fundoscopia, microalbuminúria/proteinúria, e avaliação neurológica das extremidades inferiores, iniciados 3 a 5 anos após o diagnóstico e repetidos anualmente ou com menor frequência de acordo com alterações eventualmente encontradas.
Esse rastreamento pode ser feito por meio da aferição da acuidade visual, microalbuminúria/proteinúria, e avaliação neurológica das extremidades inferiores, iniciados na ocasião do diagnóstico e repetidos anualmente independentemente de sintomas, uma vez que as complicações microvasculares são inicialmente assintomáticas.
Existe indicação de intubação orotraqueal e ventilação mecânica.
Deve-se realizar punção liquórica lombar imediatamente.
O estudo de imagem do SNC deverá ser realizado com ressonância magnética, dada sua superioridade em relação à tomografia computadorizada.
Não existe indicação de realização de ECG de repouso, já que não existe queixa de precordialgia.
Trata-se de cetoacidose diabética.
Uma paciente, com sessenta e cinco anos de idade, com diagnóstico de diabete melito tipo 2, tem apresentado por dois dias quadro de febre, dor lombar e disúria. Foi diagnosticada pielonefrite aguda e instituída antibioticoterapia oral (norfloxacin, 400 mg de 12/12 h durante 7 dias). No quinto dia de tratamento, apresentou piora do quadro clínico inicial, além de dor intensa em região lombar direita, do tipo cólica, além de hematúria. A ultrassonografia de rins e vias urinárias não evidenciou abscessos ou tumorações em loja renal direita. Com relação ao caso clínico apresentado, é correto afirmar que se trata de
necrose hemorrágica de adrenais.
neoplasia primária de rim.
necrose papilar renal.
neoplasia primária de bexiga.
pielonefrite crônica.
Essa paciente provavelmente apresenta também uma cardiopatia primária descompensada, manifestada pela presença de derrame pleural.
A presença de ascite e anemia sugere doença hepática associada.
Existe indicação de realização de biópsia renal para conclusão do diagnóstico etiológico do caso em questão.
O controle metabólico é fundamental para o não agravamento da nefropatia diabética isolada que essa paciente apresenta.
A presença de hematúria sugere infecção urinária associada.
De acordo com as conclusões dos estudos DCCT-1993 (The Diabetes Control and Complications Trial) e UKPDS-1998 (United Kingdom Prospective Diabetes Study), assinale a opção correta.
Estes estudos comprovaram que o controle metabólico rigoroso não diminui a incidência de microangiopatia no DM.
O UKPDS concluiu que, com o controle metabólico adequado do DM tipo 2, a incidência de doença cardiovascular passa a equivaler a população geral.
A incidência de hipoglicemia é menor nos pacientes com DM tipo 1 sob tratamento intensivo (múltiplas aplicações ou bomba de infusão).
O UKPDS destacou a importância do tratamento agressivo do DM tipo 2, buscando o melhor controle metabólico possível, independentemente da escolha terapêutica.
Estes estudos mostraram uma maior incidência de coronariopatia em pacientes diabéticos tratados com insulina.
Um paciente, com quarenta e seis anos de idade, sedentário, com IMC de 32 kg/m2 e com história familiar de diabetes, apresentou glicemia de jejum de 136 mg/dL, confirmada em segunda ocasião. Assinale a opção que apresenta a abordagem terapêutica adequada, segundo recomendações atuais da ADA.
mudança de estilo de vida e metformina
mudança de estilo de vida, sibutramina e sulfonilureia
mudança de estilo de vida
mudança de estilo de vida e sulfonilureia
mudança de estilo de vida e sibutramina
Em 1997, a ADA (American Diabetes Association) sugeriu novos critérios diagnósticos para o diabetes melito. Em relação a esses novos critérios, assinale a opção correta.
O critério de glicemia aleatória > 200 mg/dL associado aos sintomas clássicos da doença, estabelecido pela OMS, não foi considerado.
A hemoglobina glicada passava a constituir critério diagnóstico da doença.
O valor de corte da glicemia de jejum para o diagnóstico de diabetes foi mantido em 140 mg/dL.
A ADA sugeriu a criação de uma nova entidade nosológica, denominada glicemia de jejum alterada, para glicemias de jejum no intervalo entre 100 e 125 mg/dL.
A ADA recomendava a utilização do teste oral de tolerância à glicose como ferramenta diagnóstica na rotina clínica.
Com relação ao metabolismo energético no estado de jejum, assinale a opção correta.
Os hormônios contrarreguladores estimulam a glicogenólise e a neoglicogênese nos tecidos alvo.
A neoglicogênese é o principal mecanismo para a manutenção da glicemia nas primeiras horas do estado pós-absortivo.
Após jejum prolongado (dias), o principal combustível para os tecidos é a glicose.
Os hormônios contrarreguladores da insulina são a IGF-I e o GLP-1.
Os hormônios contrarreguladores, associados à baixa insulinemia, são responsáveis pela manutenção da glicemia no estado pós-prandial.
A respeito dos transportadores de glicose (GLUTs), assinale a opção correta.
O GLUT-4 apresenta quinze domínios transmembrana e um loop extracelular de ligação à glicose.
A insulina estimula a expressão do GLUT-4 na célula beta.
O GLUT-2 media a entrada de glicose no sistema nervoso central.
Um possível mecanismo envolvido na fisiopatologia do diabetes melito (DM) tipo 2 são defeitos na expressão do GLUT-4 em células beta.
Indivíduo com hipotética mutação no gene do GLUT-2 que resultasse em deficiente expressão deste peptídeo apresentariam episódios recorrentes de hiperglicemia.
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