Questões de Medicina do ano 2013

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Escolar de 4 anos, sexo masculino, eutrófico, é trazido à emergência com relato de febre há 2 dias, odinofagia e recusa alimentar. Está em uso de dipirona. A avó trouxe 6 receitas de atendimentos anteriores na Unidade de Pronto Atendimento, nos últimos 5 meses, dizendo que a criança apresentou os mesmos sintomas e que foi medicada com penicilina benzatina ou eritromicina nestes atendimentos. Ao exame, apresenta bom estado geral, corado, hidratado. Frequência Cardíaca = 98 bpm; Frequência Respiratória = 28 irpm; Temperatura axilar = 37,5º C. Apresenta exsudato purulento na orofaringe, aftas no palato e mucosa jugal, adenomegalia cervical dolorosa. O restante do exame físico é normal. A conduta mais adequada neste caso é:

  • A. administrar penicilina benzatina e observar em ambiente hospitalar
  • B. liberar com antitérmico e orientar para retorno caso não haja melhora
  • C. solicitar provas de atividade inflamatória e ecocardiograma
  • D. solicitar anti-HIV
  • E. administrar prednisolona 1 mg/kg em dose única

Escolar de 5 anos é trazido à emergência com história de febre de até 38,6ºC, iniciada há 4 dias, cefaleia, prostração, mialgia. Nega outros sintomas. Ao exame físico encontrava-se prostrado, hidratado, corado. Prova do laço positiva. Pressão Arterial = 106x68 mmHg; Frequência Cardíaca = 92 bpm; Frequência Respiratória = 28 irpm; Temperatura axilar = 38ºC. Restante do exame físico inalterado. Hemograma: Hematócrito = 41%; 3.800 leucócitos e 160.000 plaquetas. A conduta a ser tomada neste caso é:

  • A. realizar sorologia para dengue a fim de definir a conduta
  • B. liberar para tratamento domiciliar, orientando a oferta de 200 ml de líquidos a cada 4 horas e reavaliação clínica em 48 horas
  • C. indicar hidratação venosa, com 20 ml/kg/hora de soro fisiológico ou ringer lactato
  • D. administrar paracetamol e orientar retorno em 24 horas para reavaliação clínica e laboratorial
  • E. iniciar hidratação com soro de reidratação oral 50 a 100 ml/kg em 4 horas, com reavaliação clínica e do hematócrito após este período

Lactente de 45 dias, sexo masculino, é trazido à emergência pela mãe, que relata vômitos iniciados há 3 semanas, pós alimentares, que se acentuaram na última semana, e ontem vomitou após todas as mamadas. Nega diarreia e febre. Está em uso de leite materno e complementação com “chá de camomila” porque, segundo a mãe, “chora muito”. Nascido de parto natural a termo, peso de nascimento = 3.350g, Apgar 9/10, alta com 2 dias de vida em uso de leite materno. Ao exame encontra-se emagrecido, porém ativo, sugando avidamente o seio materno, fontanela algo deprimida, boa perfusão periférica, FC = 128 bpm, FR = 42 irpm. Peso = 3.510g. Restante do exame físico sem alterações. Considerando a principal hipótese diagnóstica, o distúrbio metabólico apresentado neste caso é:

  • A. acidose metabólica e hiperglicemia
  • B. hiponatremia e hipercloremia
  • C. acidose metabólica e hipernatremia
  • D. alcalose hipoclorêmica
  • E. alcalose respiratória

A principal causa de morte relacionada à cetoacidose diabética em crianças é:

  • A. sepse
  • B. edema pulmonar
  • C. hipercalemia
  • D. edema cerebral
  • E. arritmia cardíaca

Na reanimação cardiopulmonar (RCP) em que o pediatra está sozinho e fora do ambiente hospitalar, recomenda-se iniciar por:

  • A. ventilações, na proporção de 2 ventilações para 30 compressões torácicas
  • B. compressões torácicas, na proporção de 30 compressões para 2 ventilações
  • C. compressões torácicas, na proporção de 15 compressões para 2 ventilações
  • D. ventilações, na proporção de 2 ventilações para 15 compressões torácicas
  • E. compressões torácicas, na proporção de 30 compressões para 1 ventilação

Assinale os ritmos mais comumente encontrados nas paradas cardíacas de crianças, fora ou dentro do ambiente hospitalar.

  • A. Assistolia e atividade elétrica sem pulso
  • B. Fibrilação ventricular e assistolia
  • C. Assistolia e taquicardia ventricular sem pulso
  • D. Atividade elétrica sem pulso e taquicardia ventricular sem pulso
  • E. Fibrilação ventricular e fibrilação atrial

É trazido pela mãe adolescente um lactente do sexo masculino, de 5 meses e 10 dias, à Emergência. A mãe informa que este apresenta vômitos há 36 horas, associado a 3 evacuações líquido-pastosas neste período, sendo a última com sangue e muco. A mãe nega febre, e diz que, no dia anterior, o mesmo estava muito irritado, com choro intermitente, recusando parcialmente a alimentação e hoje está muito “molinho”. Faz uso de leite materno e mamadeira com leite de vaca e farinha. Há 12 dias tomou todas as vacinas do calendário referentes aos 4 meses, incluindo a “gotinha”, porém a mãe não trouxe o cartão de vacinas. Ao exame apresenta-se hipoativo, pálido, taquicárdico, taquipnéico, desidratado, com ausculta respiratória e cardíaca normais. O abdome encontrase doloroso difusamente à palpação. Não há lesões de pele. A principal hipótese diagnóstica é:

  • A. invaginação intestinal
  • B. gastroenterite aguda
  • C. pneumonia na base pulmonar
  • D. síndrome hipotônico-hiporresponsiva
  • E. alergia a proteína do leite de vaca

Após a terceira hospitalização sequencial de uma idosa de 88 anos, em função de descompensação severa de diabete melito, o médico recomendou aos familiares que ela fosse transferida para uma ILPI para receber cuidados continuados, uma vez que em casa não seguia qualquer recomendação médica. A paciente viveu por mais sete anos na instituição e neste período foi constatada a presença de depressão, hipotireoidismo, demência por múltiplos infartos cerebrais, doença coronariana e insuficiência arterial periférica, sendo hospitalizada apenas na circunstância que ocasionou a sua morte. Em relação à decisão médica de se controlar os fatores de risco relacionados à doença aterosclerótica e à microangiopatia em pessoas idosas, pode-se afirmar que dentre os principais aspectos a considerar tem-se:

  • A. os fatores de risco relevantes para esta faixa etária, a expectativa cronológica de vida, o risco de desenvolvimento de incapacidades, a relevância epidemiológica da condição a ser prevenida, o tempo necessário para que a modificação de um fator de risco possa gerar resultados, a preferência expressada pelo paciente autônomo
  • B. a história patológica familiar, a expectativa de vida ativa e produtiva, os fatores gerais de risco para a doença cardiovascular, o risco relativo de morte súbita por doença cardiovascular, as diretrizes baseadas em consensos internacionais, o índice cintura-quadril, a eficácia de curto prazo das medicações, a escolha do paciente
  • C. a restrição ao uso frequente de carboidratos de cadeia longa, a necessidade de insulinização precoce dos idosos com diabetes, a manutenção de um Índice de Massa Corpórea (IMC) inferior a 22kg/m², a estabilização da Proteína C Reativa (PCR), a manutenção do Hormônio Tireotrófico (TSH) em níveis inferiores a 3.0
  • D. a necessidade de restrição rigorosa do uso de gorduras saturadas na alimentação, o controle do sobrepeso, a manutenção da hemoglobina glicada em níveis inferiores a 6.0%, a manutenção da pressão arterial em níveis que não ultrapassem os 120x80mmHg, a implementação de um programa de atividade física

A vacinação contra a influenza sazonal é de grande importância clínico-epidemiológica para a população idosa, uma vez que reduz substancialmente o risco de hospitalização por doença cardíaca, cerebrovascular e pneumonia ou influenza, assim como, o risco de morte relacionada a todas as causas. A meta de indivíduos vacinados para a influenza pretendida pelo Ministério da Saúde não têm sido atingida. E, segundo os estudos, a não adesão dos idosos à vacinação se relaciona principalmente ao medo de efeitos colaterais. Em contrapartida, esta adesão aumenta quando o médico indica a vacina. Em relação a este tema pode-se afirmar que:

  • A. indivíduos idosos sem histórico de infecção respiratória de repetição, não têm benefícios adicionais com essa vacinação, sendo preferível a prevenção ou o tratamento com o fosfato de oseltamivir (Tamiflu)
  • B. uma vez que é feita a partir de vírus atenuado, essa vacina pode ocasionalmente causar a infecção pelo vírus da influenza em indivíduos idosos considerados frágeis ou mais comprometidos imunologicamente
  • C. como essa vacina é preparada a partir de vírus inativado, não existem possibilidades de que possa causar a infecção por este vírus, mesmo em indivíduos idosos considerados frágeis ou imunocomprometidos
  • D. a vacinação para influenza deve ser feita em data separada à da vacinação com a vacina antipneumocócica, uma vez que os derivados de proteína do ovo da primeira podem interagir com os polissacarídeos desta última, gerando risco de anafilaxia

Idosa de 82 anos morava sozinha, bem próximo à casa dos filhos. História patológica pregressa de hipertensão arterial bem controlada com captopril (25mg 3x/dia) e alfa metildopa (500mg 2x/dia), doença diverticular do cólon com alguns episódios de sangramento, catarata bilateral, glaucoma, depressão em uso de amitriptilina (25mg 2x/dia) e gonoartrose de joelho direito para a qual se automedicava com antiinflamatório não hormonal. Recentemente, surpreendeu sua filha ao perguntar de onde vinham “aqueles bichinhos coloridos que andavam na parede”. A filha ficou bastante assustada com a insistência da mãe sobre aquelas visões, mesmo após inúmeras explicações quanto à inexistência daquele fato. Preocupada, leva a mãe ao posto de saúde da região. O clínico, que já a acompanhava há algum tempo, ouve o relato e faz um breve exame físico, constatando que a paciente referia parestesia em membro superior esquerdo e apresentava uma pressão arterial de 150/90 mm.hg. A seguir, solicita os exames para investigação do quadro, associa um diurético e prescreve um antipsicótico para melhorar as “alucinações”. Naquela mesma noite e já em uso das novas medicações, a idosa sofre uma queda ao se levantar no escuro para urinar, sofrendo uma fratura de Colles e sendo internada para resolução cirúrgica. Diante do caso clínico apresentado, pode-se concluir que

  • A. a queda sofrida pela paciente é um evento esperado nos idosos que levantam durante a noite, e por isso o controle do meio ambiente com luzes de vigília e a retirada de objetos do caminho são medidas importantes. A queda foi causada pela falta de adoção das medidas preventivas ambientais
  • B. a paciente em questão era portadora de várias doenças crônicas e essa condição predispõe a idosa a risco de iatrogenias. Entretanto, a conduta do médico que a acompanhava foi adequada, pois era imperioso que ele tratasse farmacologicamente a paciente para a resolução do quadro
  • C. dentre as manifestações iatrogênicas nos idosos, as reações adversas às drogas são muito comuns, e as mais verificadas são: delirium, depressão, parkinsonismo, hipotensão arterial, quedas, constipação e incontinência urinaria. A iatrogenia medicamentosa é um possível diagnóstico deste caso
  • D. a paciente por ser idosa, portadora de comorbidades, e utilizar vários medicamentos, possuía alta vulnerabilidade à iatrogenia. Contudo, suas manifestações estão mais ligadas à dose utilizada, do que à associação de múltiplas drogas
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