Questões de Medicina do ano 2014

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Acerca dos derrames pleurais, assinale a alternativa correta.

  • A. Na pleurite lúpica, o derrame pleural sempre é extenso e bilateral, não respondendo a corticosteroides.
  • B. Na pleurite reumatoide, o derrame é extenso, a pleura torna-se afinada. O líquido pleural tem glicose alta, pH alto e baixo título de fator reumatoide. A resposta terapêutica ao uso de corticoides é ótima.
  • C. A insuficiência cardíaca é causa rara de derrame pleural. O líquido é exsudativo e geralmente, em 95% dos casos, trata-se de derrame unilateral esquerdo.
  • D. Na tuberculose, o derrame é um transudato com predomínio de neutrófilos. Há abundância de células mesoteliais, de forma que mais de 30% dessas células, no líquido pleural, confirmam o derrame tuberculoso.
  • E. No derrame parapneumônico, a toracocentese pode ser desnecessária, caso em que o tratamento da infecção pulmonar é efetivo em controlar a efusão pleural.

Quanto ao derrame pleural, assinale a alternativa que indica os critérios de Light que caracterizam o exsudato.

  • A. Relação proteína do líquido pleural/proteínas séricas < 0,3.
  • B. Relação DHL do líquido pleural/DHL sérico > 0,6.
  • C. DHL do líquido pleural inferior a dois terços do limite mínimo considerado normal para a DHL sérica.
  • D. O colesterol, muito utilizado por possuir alta sensibilidade, quando inferior a 10 mg.
  • E. O gradiente de albumina soro-pleural se superior a 3.

Considere uma situação hipotética em que uma criança de sete anos de idade, residente em área rural da Bahia, é levada à emergência infantil devido a quadro de febre há 10 dias associado a aumento de volume abdominal, dor abdominal, episódios de diarreia esporádicos, fraqueza e palidez. Em relação à , Visceral (Calazar), assinale a alternativa correta.

  • A. O principal vetor, nas áreas urbanas, é o cão, e o principal reservatório é o mosquito L. longipalpis.
  • B. As alterações laboratoriais mais comumente encontradas no período de atividade da doença são: pancitopenia, hipergamaglobulinemia, aumento das transaminases e teste de intradermorreação de Montenegro positivo.
  • C. Para o diagnóstico da doença, durante a fase ativa, os exames sorológicos, imunofluorescência indireta (IFI) e ensaio imunoenzimático (ELISA)1, são invariavelmente reativos, e a intradermorreação de montenegro (IDRM), positiva. O aspirado de medula óssea e do baço geralmente mostram presença de formas amastigotas do parasita.
  • D. O tratamento de escolha é o uso de anfotericina B, com o antimoniato N-metil glucamina (glucantime) sendo a segunda opção de tratamento.
  • E. Os critérios de cura após o tratemento são: desaparecimento da febre no 5º dia, redução da hepatoesplenomegalia nas primeiras semanas, redução de 40% ou mais no tamanho do baço ao final do tratamento, melhora dos padrões hematológicos na 2ª semana após início do tratamento, ganho ponderal progressivo e seguimento do paciente 3, 6 e 12 meses após o tratamento, sendo que, se estiver estável na última avaliação, é considerado curado.

Pré-escolar de seis anos de idade com quadro de tosse há dois dias, associado a coriza e obstrução nasal, negava febre. Hj refere dispneia e foi levado ao pronto atendimento infantil. Ao exame, mostrou agitação, taquidispneia, com FC: 110, Sat O2: 93% em ar ambiente e com sibilos difusos à ausculta respiratória. Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa correta em relação à classificação da crise asmática e sua conduta imediata.

  • A. Crise asmática leve. Uso de oxigenoterapia, beta-2 agonista de curta duração inalatório associado a corticoterapia e brometo de ipratrópio.
  • B. Crise asmática grave. Uso de oxigenoterapia, beta-2 agonista de longa duração inalatório associado a corticoterapia e brometo de ipratrópio.
  • C. Crise asmática grave. Uso de oxigenoterapia, beta-2 agonista de curta duração inalatório associado a corticoterapia.
  • D. Crise asmática leve. Uso de oxigenoterapia, beta-2 agonista de curta duração inalatório associado a corticoterapia.
  • E. Crise asmática muito grave. Entubação orotraqueal e suporte com oxigenoterapia, beta-2 agonista de curta duração inalatório associado a corticoterapia e brometo de ipratrópio.

Considere um recém-nascido a termo, com líquido amniótico claro, sem fatores de risco na história pré-natal, que é atendido na sala de parto. Após colocá-lo sob fonte de calor radiante, posicioná-lo com a cabeça em leve extensão e secá-lo, a neonatologista observa tônus muscular diminuído, cianose, respiração irregular e FC 70 bpm. Com base nessa situação, é correto afirmar que a conduta imediata deverá ser

  • A. ventilação com pressão positiva com balão autoinflável, associada a monitorização e reavaliação em 30 segundos.
  • B. ventilação com pressão positiva com balão autoinflável e máscara associada a monitorização, massagem cardíaca externa e reavaliação em 30 segundos.
  • C. entubação orotraqueal associada a monitorização, massagem cardíaca externa e reavaliação em 30 segundos.
  • D. entubação orotraqueal associada a epinefrina endotraqueal, monitorização, massagem cardíaca externa e reavaliação em 30 segundos.
  • E. entubação orotraqueal associada a monitorização e reavaliação em 30 segundos.

Em relação às infecções congênitas, assinale a alternativa correta.

  • A. Na suspeita de sífilis congênita, com mãe não tratada ou inadequadamente tratada, deve ser realizada toda a investigação do RN, com realização de hemograma, sorologia, radiografia de ossos longos e punção lombar. Se não houver nenhuma alteração clínica, radiológica, hematológica ou liquórica, e a sorologia do RN for negativa, ele não necessitará de uso de nenhuma medicação e deverá ser acompanhado no centro de saúde.
  • B. A citomegalovirose congênita cursa com a tríade de Sabin (coriorretinite, calcificações intracranianas difusas e hidrocefalia) e deve ser tratada com o uso de ganciclovir por seis semanas.
  • C. Na varicela congênita, a transmissão não se dá por via transplacentária e seu achado clínico mais característico é a hipoplasia de extremidades.
  • D. O tratamento da toxoplasmose congênita dever ser realizado com sulfadiazina e pirimetamina por seis meses, associado a ácido folínico.
  • E. A rubéola congênita tem transmissão transplacentária e cursa com malformações oculares, cardíacas, do SNC e surdez, sendo as mais comuns a catarata, a persistência do canal arterial, a microcefalia e a surdez por degeneração da cóclea e do órgão de Corti.

O câncer, no grupo pediátrico e adolescente, representa 1% das neoplasias identificadas na população como um todo. Existem dois picos de incidência: por volta dos 1-2 anos e na adolescência. Em relação às neoplasias na infância, assinale a alternativa correta.

  • A. A leucemia linfocítica aguda (LLA) é o subtipo de leucemia mais comum. Em relação à leucemia mielocítica aguda (LMA), a LLA cursa mais comumente com tumefação de gengivas, cloromas, nódulos subcutâneos, CIV e acometimento do SNC.
  • B. Os linfomas Hodgkin são os tipos de linfomas mais comuns na infância e seu principal achado clínico são os linfonodos cervicais e supraclaviculares de tamanho persistentemente aumentado, indolores, eritematosos, de consistência endurecida e aderidos aos planos profundos.
  • C. O tumor de Wilms é a neoplasia renal mais comum da infância e está associado a algumas desordens genéticas representadas por malformações, como aniridia, hemihipertrofia e anormalidades geniturinárias.
  • D. O tumor de SNC mais comum da infância é o meduloblastoma e cursa com sinais de hipertensão intracraniana, com períodos de exacerbação e remissão.
  • E. O neuroblastoma é o tumor sólido fora do SNC mais comum na infância. Caracteriza-se como massa abdominal dura, que não atravessa a linha média, e pela presença da excreção urinária de catecolaminas diminuídas.

Em relação às enteroparasitoses, assinale a alternativa correta.

  • A. A teníase decorre da ingesta de cisticercos presentes na carne malcozida de boi ou porco e o tratamento de escolha é o uso de metronidazol 20mg/kg/dia, por 7 dias.
  • B. A infecção por estrongilóides decorre da penetração de larvas filariformes na pele e possui ciclo pulmonar. Em pacientes imunossuprimidos, pode cursar com quadro grave decorrente da alta invasividade parasitária, cursando com náuseas, vômitos, distensão abdominal, melena, desidratação, dispneia, hipotensão e choque. O tratamento pode ser realizado com tiabendazol 25mg/kg/dose, 2 vezes por dia, por 2 dias, ou albendazol 400mg/dia, por 3 dias.
  • C. A ancilostomíase decorre da infestação por Ancyloma duodenalis ou por Necator americanus, sendo que o prolapso retal é uma entidade muito comum provocada por essa parasitose.
  • D. A amebíase pode cursar com a forma extraintestinal, sendo os abscessos hepáticos a forma mais comum de apresentação. Na suspeita clínica, deve ser realizada punção do abscesso hepático guiada por ecografia e iniciado tratamento com secnidazol ou albendazol.
  • E. A isosporíase é causada pela Isospora belli e cursa com quadro de febre, anorexia, náuseas e vômitos. O tratamento está indicado tanto nos pacientes imunocompetentes quanto nos imunocomprometidos.

Considere uma menina de 12 anos de idade, com crescimento da mama e aréola parecendo de mama adulta, porém sem separação dos contornos da mama e da aréola e com crescimento esparso de pelos finos, discretamente pigmentados, lisos ou pouco encaracolados ao longo dos grandes lábios. Com base na descrição apresentada, assinale a alternativa que indica a classificação do estágio puberal de acordo com a classificação de Tanner.

  • A. M0P2.
  • B. M1P1.
  • C. M2P2.
  • D. M3P2.
  • E. M3P3.

Quanto às hipovitaminoses, assinale a alternativa correta.

  • A. A hipovitaminose C pode cursar com pseudoparalisia de membros inferiores, rosário das junções costocondrais e depressão esternal, fraqueza muscular, púrpuras, equimoses e irritabilidade.
  • B. A hipovitaminose B3 (niacina) cursa com neurite periférica, doença caracterizada por sintomas neurológicos e cardiovasculares chamada beribéri, encefalopatia de Wernick e pelagra.
  • C. A hipovitaminose A pode cursar com cegueira noturna, doença hemorrágica do RN e hematúria.
  • D. A hipovitaminose D pode cursar com rosário raquítico, craniotabes, genu valgo, alterações da coagulação sanguínea e trombocitopenia.
  • E. A hipovitaminose B9 (ácido fólico) pode cursar com alopecia, dermatite bolhosa, anemia macrocítica e pode estar relacionada à acrodermatite enteropática.
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