Questões sobre Intensiva

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No que diz respeito ao acidente vascular cerebral, assinale a opção correta.

  • A.

    A CT de crânio é o exame de escolha, porém possui baixa especificidade independentemente do tipo de AVC. A confirmação diagnóstica deve ser realizada por angio-CT.

  • B.

    As hemorragias hipertensivas ocorrem mais frequentemente no putamen, no tálamo, na ponte e no cerebelo, e são atribuídas à ruptura das pequenas artérias, como as provenientes das artérias basilar, cerebral média e cerebral posterior.

  • C.

    As hemorragias hipertensivas são mais frequentes com inundação ventricular.

  • D.

    As hemorragias lobares ocorrem mais frequentemente em pacientes com menos de quarenta e cinco anos de idade e habitualmente se relacionam à ruptura de aneurisma.

  • E.

    A hemorragia intraventricular primária é uma das principais causas de hemorragia intracraniana.

Com relação à sepse, assinale a opção correta.

  • A.

    A terapia antimicrobiana nos pacientes com choque séptico, assim como nos pacientes com sepse grave e sepse, somente deve ser iniciada após a coleta das culturas.

  • B.

    A terapia antimicrobiana deve ser iniciada com doses no limite superior do intervalo terapêutico, em todos os pacientes com sepse.

  • C.

    Bacteremia é a presença sustentada de bactérias no sangue, confirmada ou não por cultura. A presença de outros organismos deve ser descrita como viremia, fungemia etc.

  • D.

    A sepse grave pode ser definida como a presença de hipotensão arterial, a despeito da adequada reposição volêmica, associada a alterações da perfusão tissular.

  • E.

    O diagnóstico inicial de sepse grave ou choque séptico é realizado com base em critérios clínicos e não requer exames microbiológicos, radiográficos, ou evidência laboratorial de infecção.

Em relação ao uso de sedativos e de hipnoindutores na UTI, assinale a opção correta.

  • A.

    Os benzodiazepínicos têm efeito poupador de opioides, tanto por suas propriedades analgésicas, como por moderar a resposta à dor.

  • B.

    Por provocar amnésia retrógrada, os benzodiazepínicos bloqueiam experiências potencialmente desagradáveis.

  • C.

    O uso de benzodiazepínicos constitui importante fator de risco de delirium, conforme apontado em dados recentes da literatura.

  • D.

    O midazolam sob infusão contínua é o fármaco de escolha para sedação por período prolongado de tempo, visto ter menor solubilidade lipídica, ausência de metabólitos ativos e menos efeitos hemodinâmicos.

  • E.

    O efeito adverso mais comumente observado, tanto no uso de benzodiazepínicos como no de propofol, de alfa-2 agonista e de opioides é a hipotensão arterial observada especificamente no paciente hipovolêmico.

O atendimento ao paciente com trauma cranioencefálico grave requer atuação multiprofissional e conduta dirigida por protocolo bem estabelecido. Acerca dessa condição, assinale a opção correta.

  • A.

    O diagnóstico de hemorragia intracraniana é confirmado com a presença de escala de coma de Glasgow menor ou igual a 8 e com tomografia computadorizada de crânio anormal.

  • B.

    A hipotermia induzida objetivando temperatura corporal inferior a 32 °C é comprovadamente eficiente na redução do metabolismo cerebral, sendo, portanto, indicada.

  • C.

    A monitorização da pressão intracraniana intraparenquimatosa é superior à monitorização intraventricular, por ser mais fidedigna.

  • D.

    Estudos recentes indicam que a profilaxia anticonvulsivante com fenitoína deve ser mantida durante todo o período de internação, mesmo em pacientes que não apresentaram crises convulsivas.

  • E.

    A síndrome da secreção inapropriada de hormônio antidiurético ocorre frequentemente e está associada à hipernatremia.

O coma é caracterizado pela alteração do nível de consciência em pacientes internados em UTI. A esse respeito, assinale a opção correta.

  • A.

    Apesar de amplamente utilizado como índice prognóstico, o score FOUR não prediz a mortalidade hospital.

  • B.

    A presença de midríase bilateral com boa resposta à luz em pacientes em coma indica envolvimento do terceiro par craniano e constitui um importante sinal clínico de distorção do tronco cerebral.

  • C.

    A dilatação pupilar unilateral em pacientes com alteração de consciência pode indicar compressão de estrutura cerebral, não podendo, portanto, ser atribuída ao uso de agentes medicamentosos.

  • D.

    A escala de coma de Glasgow constitui um importante meio de avaliação do estado de consciência em UTI, mesmo nas unidades com uma alta proporção de pacientes ventilados.

  • E.

    O score FOUR (Full Outline of Unresponsiveness) é de simples utilização e entre suas vantagens está o reconhecimento de sinais que sugerem aumento da pressão intracraniana e herniação uncal.

Um paciente, com vinte e nove anos de idade, foi internado na UTI por insuficiência respiratória aguda em consequência de broncoespasmo. O quadro clínico mostrou-se complicado devido a desenvolvimento de pneumonia com evolução para choque séptico. O paciente foi submetido à sedação com dormonid, fentanil e bloqueador neuromuscular com vecurônio. Recebeu ceftriaxona e azitromicina como terapia antibiótica, metilpredinisolona como broncodilatador, além de fenoterol, heparina, ranitidina. Após quinze dias de internação e apesar do controle da infecção e do broncoespasmo, além da interrupção da administração de midazolan, fentanil, e vecurônio, não foi possível fazer o desmame da ventilação mecânica. Notou-se que o paciente apresentava tetraparesia flácida com preservação do nível de consciência. Assinale a opção que, relaciona os fatores que podem ter provocado a fraqueza muscular no paciente em tela.

  • A.

    vecurônio, metilprednisolona, sepse e hipopotassemia

  • B.

    fentanil, heparina, aminofilina e hiperfosfatemia

  • C.

    midazolan, heparina, ranitidina, azitromicina

  • D.

    vecurônio, metilprednisolona, sepse, hiperfosfatemia

  • E.

    vecurônio, metilprednisolona, aminofilina, hipomagnesemia

Um paciente foi atendido no pronto socorro com insuficiência respiratória aguda franca, febril, desidratado e com tosse produtiva. O diagnóstico foi de pneumonia extensa bilateral. O paciente recebeu intubação orotraqueal e foi colocado imediatamente sob ventilação mecânica, em modo AC, com FiO2 = 100 % e PEEP = 5 cm H20. Após vinte minutos, o paciente continuou com hipóxia (PO2 = 63 mmHg) e saturimetria periférica baixa, próximo de 86 %. Aumentou-se a PEEP para 10 cm H2O e a saturação do paciente foi normalizada (98 %-99 %). Decorridos trinta minutos, o paciente apresentou quadro de hipotensão (PAM = 50 mmHg) e taquicardia (FC = 132 bpm).

A conduta adequada a ser tomada para o paciente em tela seria

  • A.

    diminuir PEEP e reduzir FiO2.

  • B.

    aumentar PEEP.

  • C.

    manter PEEP e iniciar aminas vasoativas.

  • D.

    diminuir PEEP.

  • E.

    manter PEEP e realizar hidratação rápida de cristaloide.

Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) submetidos à ventilação mecânica prolongada apresentam, com frequência, depleção de um eletrólito, estando essa deficiência relacionada à dependência do respirador. Esse eletrólito precisa ter seu nível sérico monitorado e a reposição realizada de forma rotineira em pacientes com DPOC. Assinale a opção que contém o nome do eletrólito em questão.

  • A.

    magnésio

  • B.

    fósforo

  • C.

    cálcio

  • D.

    sódio

  • E.

    cloro

Considerando uma paciente em que se impõe a monitorização hemodinâmica com cateter de artéria, assinale a opção que constitui indicação profilática de marca-passo cardíaco.

  • A.

    taquicardia ventricular aguda com instabilidade hemodinâmica

  • B.

    fibrilação atrial prévia

  • C.

    bloqueio de ramo direito prévio

  • D.

    bloqueio de ramo esquerdo prévio

  • E.

    extrassístoles ventriculares prévias

Assinale a opção que apresenta o método profilático mais adequado para um paciente de cinquenta e oito anos de idade, portador de síndrome pós-trombose venosa profunda e que será submetido à gastrectomia total por neoplasia maligna.

  • A.

    Somente heparinização sistêmica plena promove redução de risco de TVP. Esta deve ser suspensa algumas horas antes da cirurgia e reiniciada no primeiro dia de pós-operatório, quando a hemostasia cirúrgica está mais segura.

  • B.

    Iniciar heparina de baixo peso molecular duas horas antes da cirurgia. Havendo intensão de administração superior a quatro horas (meia-vida da enoxaparina), nova dose de heparina de baixo peso molecular deve ser feita no intraoperatório.

  • C.

    Iniciar, doze horas antes da cirurgia, heparina não fracionada ou de baixo peso molecular (dalteparina 5.000 unidades SC ou enoxaparina 40mg SC). Após a cirurgia, repetir a administração a cada doze horas, associada a meias de compressão elástica. Manter profilaxia até que paciente retorne às suas atividades.

  • D.

    Iniciar heparina não fracionada ou heparina de baixo peso molecular duas horas antes do ato operatório. Não é indicado o uso de meias de compressão elástica por haver risco de estase venosa.

  • E.

    A profilaxia de TVP não reduz seu risco. O uso de heparinas traz risco de sangramentos no pós-operatório e, portanto, não devem ser utilizadas.

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