Questões de Medicina da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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Mulher, 35 anos, procura atendimento médico devido a queixas de urina espumosa, edema de membros inferiores e de face de início há 1 mês. Exames laboratoriais: Ureia 28mg/dL, Creatinina 0,6mgdL, Sódio 138mEq/L, Potássio 3,7mEq/L, Albumina 2,0g/dL, Colesterol total 350mg/dL, HDL 30 mg/dL, Triglicerídeos 420 mg/dL, EAS proteína 4+/4+, Nitrito negativo. Urina 24h 4.500g proteinúria/ C3 e CH50 normais.

Em relação à situação apresentada, é correto afirmar que:

  • A. o fato de o complemento estar normal descarta o diagnóstico de glomerulonefrite lúpica;
  • B. o quadro clínico sugere glomerulonefrite membranosa, que pode estar associada a neoplasias sólidas, doenças autoimunes, hepatites virais e drogas;
  • C. na microscopia eletrônica da biópsia renal, o achado de fusão dos processos podocitários corroboraria a hipótese de glomeruloesclerose focal e segmentar (GESF);
  • D. o quadro clínico sugere glomerulonefrite lúpica proliferativa difusa e o tratamento deve ser prontamente iniciado com pulsoterapia com corticóide e plasmaferese;
  • E. há contra-indicação ao uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina devido ao grau de comprometimento renal.

Em relação ao tratamento da insuficiência cardíaca, é correto afirmar que:

  • A. digitálicos estão indicados para todos os pacientes com disfunção sistólica de ventrículo esquerdo moderada a grave;
  • B. entre as drogas que aumentam a sobrevida estão os betabloqueadores, inibidores da enzima conversora e digitálicos;
  • C. associação de espironolactona é recomendada para pacientes com fração de ejeção < 30% e classe funcional NYHA II ou mais;
  • D. associação de hidralazina e nitrato têm benefício sintomático, porém não atua no aumento da sobrevida;
  • E. betabloqueadores estão contra-indicados no tratamento dos pacientes classe funcional NYHA III ou IV.

Homem, 47 anos, hipertenso, com sobrepeso e dislipidêmico, em uso regular de hidroclorotiazida, losartana e sinvastatina é admitido na emergência com dor precordial em aperto, com irradiação para membro superior esquerdo, de início há cerca de 2 horas. Ao exame, eupneico, fácies de dor. PA 168 X 100mmHg, FC 104bpm, SatO2 94%. Ausculta respiratória sem alterações; RCR 3T (B4), sem outras alterações. ECG sem alterações que sugiram isquemia aguda. Resultado de marcadores de necrose miocárdica ainda não disponíveis.

Sobre o caso citado, é correto afirmar que:

  • A. Homem, 47 anos, hipertenso, com sobrepeso e dislipidêmico, em uso regular de hidroclorotiazida, losartana e sinvastatina é admitido na emergência com dor precordial em aperto, com irradiação para membro superior esquerdo, de início há cerca de 2 horas. Ao exame, eupneico, fácies de dor. PA 168 X 100mmHg, FC 104bpm, SatO2 94%. Ausculta respiratória sem alterações; RCR 3T (B4), sem outras alterações. ECG sem alterações que sugiram isquemia aguda. Resultado de marcadores de necrose miocárdica ainda não disponíveis. Sobre o caso citado, é correto afirmar que:
  • B. trata-se de síndrome coronariana sem supra-ST, portanto o paciente deverá ser monitorizado, receber acesso venoso, AAS, morfina, beta-bloqueador, oxigênio, anticoagulação plena, nitrato e encaminhado à coronariografia ou trombólise de urgência;
  • C. trata-se de síndrome coronariana sem supra-ST, portanto o paciente deverá ser monitorizado, receber acesso venoso, AAS, clopidogrel, morfina, beta-bloqueador, atorvastatina, anticoagulação plena e nitrato; coronariografia deverá ser programada;
  • D. trata-se de angina instável, portanto o paciente deverá ser monitorizado, receber acesso venoso, AAS, beta-bloqueador, nitrato, atorvastatina e morfina. Clopidogrel, anticoagulação plena e coronariografia estarão indicados se marcadores de necrose miocárdica positivos;
  • E. trata-se de angina instável, portanto o paciente deverá ser monitorizado, receber acesso venoso, AAS, beta-bloqueador, nitrato, clopidogrel, atorvastatina, oxigênio e morfina; cintilografia miocárdica deve ser indicada.

Paciente procura emergência devido a quadro que se iniciou cerca de 30 minutos após ter comido camarão, com rash urticariforme difuso pruriginoso, prurido em orofaringe e leve dispneia. Apresenta rinite alérgica e não refere outras comorbidades conhecidas. Na admissão está ansioso, com edema periorbitário bilateral e leve taquipneia. PA 100 X 60mmHg, FC 116 bpm, SatO2 93% em ar ambiente. Ausculta respiratória limpa; rash cutâneo exuberante difuso; sem outras alterações.

A melhor conduta nesse caso é:

  • A. anti-histamínico e corticóide orais ambulatorialmente; orientar que, caso não haja melhora clínica em até 24horas, a paciente deverá retornar para reavaliação;
  • B. anti-histamínico e corticóide orais; manter o paciente em observação e, caso não haja melhora clínica em até 1 hora, avaliar uso de corticóide venoso e adrenalina intramuscular;
  • C. acesso venoso calibroso, hidratação venosa vigorosa e infusão imediata de anti-histamínico; caso não haja melhora clínica em até 1hora, avaliar uso de adrenalina intramuscular ou venosa;
  • D. acesso venoso calibroso, hidratação venosa vigorosa e administração imediata de adrenalina intramuscular e antihistamínico venoso; caso não haja melhora, avaliar internação hospitalar;
  • E. acesso venoso calibroso, hidratação venosa vigorosa e administração imediata de corticóide e anti-histamínico venosos; caso não haja melhora em até 1 hora, avaliar uso de adrenalina venosa.

Homem, 70 anos, portador de DPOC, hipertensão e fibrilação atrial crônica, internado em pós-operatório de prostatectomia, complicando com pneumonia nosocomial em tratamento com Piperaciclina-Tazobactam, evolui com diarreia aquosa em grande quantidade, dor abdominal, febre e piora de marcadores inflamatórios; amilase, lipase e lactato normais. A principal hipótese diagnóstica e o tratamento recomendado são:

  • A. isquemia mesentérica; indicação cirúrgica de urgência;
  • B. colecistite alitiásica; indicação cirúrgica de urgência;
  • C. colecistite alitiásica; ampliação de esquema antimicrobiano;
  • D. colite pseudomembranosa; vancomicina venosa;
  • E. colite pseudomembranosa; metronidazol oral.

Mulher, 46 anos, hipertensa em tratamento irregular, é conduzida ao hospital por familiares devido a quadro de náuseas, vômitos e desorientação, seguido de torpor. A família refere que ela se queixava de cefaleia incapacitante que não cedeu com analgésicos e anti-inflamatórios. Família nega febre ou passado de enxaqueca. Referem ainda que ela havia apresentado na última semana outro quadro de cefaléia de importante intensidade, que cedeu após o uso de múltiplos analgésicos. Ao exame, torporosa, PA = 160 X 100mmHg, FC = 90 bpm e questionável irritação meníngea. Não havia déficit neurológico focal.

Considerando o quadro clínico apresentado, a principal hipótese diagnóstica é:

  • A. hemorragia subaracnóidea; tomografia computadorizada de crânio deve ser o primeiro exame complementar a ser realizado e, se normal, está indicada punção liquórica diagnóstica;
  • B. acidente cerebrovascular hemorrágico; ressonância nuclear magnética de crânio deve ser o primeiro exame complementar a ser realizado e, se confirmado, deve ser programada intervenção cirúrgica;
  • C. meningite bacteriana; punção lombar deve ser o primeiro exame complementar a ser realizado e, se alterado, indica início imediato de antibioticoterapia venosa;
  • D. acidente cerebrovascular isquêmico; tomografia computadorizada de crânio deve ser o primeiro exame complementar a ser realizado e, se normal, está indicada ressonância nuclear magnética para pesquisa de outros diagnósticos;
  • E. vasculite primária do SNC; angioressonância deve ser o primeiro exame complementar a ser realizado e, se confirmado, deve ser iniciada pulsoterapia com corticóide.

Em paciente com história de febre, emagrecimento, mononeurite múltipla e necrose de dígito, com ANCA e HbsAg positivos, o diagnóstico mais provável é:

  • A. granulomatose de Wegener;
  • B. vasculite crioglobulinêmica;
  • C. vasculite leucocitoclástica;
  • D. tromboangeíte obliterante;
  • E. poliarterite nodosa.

Homem, 65 anos, diabético e hipertenso de longa data, em uso de metformina, glicazida e hidroclorotiazida, comparece à consulta de rotina com os seguintes resultados de exames laboratoriais: Ureia 55mg/dL; Creatinina 1,5mg/dL; Sódio 131mEq/L; Potássio 6,1mEq/L; HCO3 19mEq/L.

O mecanismo que melhor justifica a hipercalemia e a alteração da função renal desse paciente é:

  • A. glomeruloesclerose diabética;
  • B. nefrite intersticial pelo tiazídico;
  • C. acidose lática pelo uso da metformina;
  • D. acidose tubular renal tipo IV;
  • E. acidose tubular renal tipo I.

Paciente, 58 anos, é admitido em hospital para investigação de dor abdominal, fadiga e sangramentos gengivais. Ao exame físico, hipocorado ++/4+ e com esplenomegalia de grande monta, sem outras alterações relevantes. Exames laboratoriais detectam pancitopenia com monocitopenia e linfocitose relativa. A equipe de hematologia indica a realização de aspirado e biópsia de medula óssea. O aspirado é seco.

O diagnóstico etiológico mais provável é:

  • A. leucemia linfóide crônica;
  • B. leucemia mielóide crônica;
  • C. leucemia de células pilosas;
  • D. metaplasia mielóide agnogênica;
  • E. doença de Gaucher.

Homem, 58 anos, obeso, faz exames de rotina solicitados pelo seu clínico e obtém os seguintes resultados: Glicemia de jejum 122mg/dL; Hemoglogina glicada 6,6%; Teste de tolerância à glicose após 2 horas 138mg/dL.

Quanto ao caso apresentado, é correto afirmar que:

  • A. o valor da glicemia de jejum é um critério diagnóstico de diabetes mellitus;
  • B. o resultado da hemoglobina glicada é um critério diagnóstico de diabetes mellitus;
  • C. o resultado da hemoglobina glicada é um critério diagnóstico de intolerância à glicose;
  • D. o resultado do teste de tolerância à glicose é um critério diagnóstico de intolerância à glicose;
  • E. o resultado do teste de tolerância à glicose é um critério diagnóstico de diabetes mellitus.
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