Questões de Medicina da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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Um técnico de enfermagem do trabalho se acidenta durante a realização de um procedimento para aplicação de injeção, com exposição a material biológico – sangue – de um trabalhador soropositivo.

Em relação aos procedimentos recomendados pelo Ministério da Saúde nas situações em que haja indicação da quimioprofilaxia, é correto afirmar que:

  • A. o efavirenz deve ser usado em exposição a paciente-fonte HIV+ com potencial resistência a AZT;
  • B. a quimioprofilaxia expandida = AZT + 3 TC + IP está indicada em exposições com risco elevado de transmissão pelo HIV;
  • C. o prazo ideal para início da quimioterapia é de até 72 horas, e a duração máxima é de 60 dias;
  • D. quando houver dúvida sobre o tipo de acidente, é melhor aguardar os testes de resistência no paciente-fonte, no momento do acidente, para auxiliar a escolha da PEP;
  • E. a quimioprofilaxia está indicada mesmo se o paciente-fonte apresentar baixos títulos virais positivos, nas exposições consideradas de menor risco.

Um pequeno produtor rural, de 24 anos, prepara uma solução com agrotóxico folidol e coloca em uma bomba costal para pulverização em sua plantação de algodão. Em seguida aplica o veneno por 3 horas, em um dia muito quente, trajando apenas uma camiseta, bermuda e sandálias. Três horas após encerrar a aplicação começa a sentir-se mal, suando muito, com tremores, náuseas, vômitos e diarreia, sendo internado em um hospital da região, onde foram coletadas amostras para exame toxicológico e lhe foram administrados medicamentos.

 Em relação ao caso clínico, a classe do pesticida envolvido com a intoxicação é:

  • A. organofosforado;
  • B. carbamato;
  • C. piretróide;
  • D. triazina;
  • E. organoclorado.

Desde B. Ramazzini (1700) há um esforço notável dos especialistas em saúde ocupacional para estabelecer os critérios para classificar a patologia do trabalho. O prof. Richard Schilling desenvolveu uma classificação que agrupa as doenças relacionadas ao trabalho em três categorias (R. Mendes, 2003):

Categoria I – O trabalho é uma causa necessária para a ocorrência da doença.

Categoria II – O trabalho é fator de risco adicional ou contributivo, mas não necessário para a ocorrência da doença.

Categoria III – O trabalho é fator provocador de um distúrbio latente, ou agravador de uma doença já estabelecida.

De acordo com o método de Schilling, a bronquite crônica, dermatite de contato, doença coronariana, câncer e doenças mentais, nesta ordem, são classificadas como categorias:

  • A. III, II, II, II, III;
  • B. II, II, III, III, II;
  • C. II, I, III, I, II;
  • D. III, III, II, II, III;
  • E. III, I, II, II, II.

Lapidador autônomo, 26 anos, fumante desde 12 anos, fumando 1 maço por dia, queixa-se de tosse seca, fadiga, emagrecimento, cansaço, falta de ar aos médios e pequenos esforços, que vêm se agravando nos últimos meses, impedindo-o de realizar atividades rotineiras. Trabalha em um galpão de fundo de quintal coberto com telhas de amianto, desde os 16 anos, cortando a seco com esmeril, colando e polindo pedras semipreciosas para a produção de peças de artesanato. Exames: BAAR e cultura de escarro que foram negativas. Laudo Radiológico do Tórax (OIT): pequenas opacidades bilaterais em zonas superior, média e inferior, categoria 2/1, tipo de profusão “qr”. A espirometria mostrou queda acentuada dos fluxos e dos volumes pulmonares, e a DLCo (difusão gasosa) encontrava-se moderadamente reduzida.

O diagnóstico mais provável para o quadro clínico apresentado pelo paciente é:

  • A. silico-siderose;
  • B. pneumoconiose por poeiras mistas;
  • C. asbestose;
  • D. silicose acelerada;
  • E. câncer de pulmão.

Há um conjunto de doenças que excluem o período de carência para a concessão do benefício previdenciário de auxílio doença e aposentadoria por invalidez. A Portaria conjunta nº 2.998, de 23 de agosto de 2001, assinada pelo Ministro da Saúde e pelo Ministro da Previdência Social define as doenças que se enquadram nesses quesitos.

As três doenças que se encontram amparadas pela Portaria nº 2.998 são:

  • A. nefropatia grave, hanseníase, doença pulmonar obstrutiva crônica;
  • B. SIDA/AIDS, esclerose lateral amiotrófica, doença de Crohn;
  • C. alienação mental, hepatopatia grave, anemia falciforme;
  • D. espondiloartrose anquilosante, neoplasia maligna, tuberculose ativa;
  • E. cardiopatia grave, doença de Parkinson, fibrose pulmonar.

O médico do trabalho de uma empresa de televisão é procurado pela diretora de produção para atender um maquiador com 32 anos, não fumante, que vem se queixando de tosse produtiva mucossanguinolenta com perda ponderal, inapetência e febre vespertina nos últimos 30 dias.

Diante do quadro apresentado com forte suspeita de tuberculose pulmonar em atividade, a alternativa abaixo que NÃO atende às diretrizes científicas recomendadas para a investigação e o manejo do tratamento da tuberculose é:

  • A. na suspeita de TB pulmonar, devem ser coletadas, pelo menos, duas amostras de escarro para exame micobacteriológico, sendo, no mínimo, uma das amostras pela manhã;
  • B. em todo paciente com tuberculose que seja soropositivo, o médico deve solicitar a cultura com a realização de teste de sensibilidade da amostra de escarro;
  • C. o teste anti-HIV deve ser solicitado de rotina a todos os pacientes com tuberculose;
  • D. pacientes com suspeita de TB na radiografia de tórax e sem expectoração espontânea devem ser submetidos ao exame de escarro induzido com solução salina hipertônica;
  • E. em pacientes com grave imunossupressão e suspeita de TB, o médico deve aguardar a chegada dos resultados dos exames laboratoriais para instituir o tratamento.

Ao realizar o exame de saúde periódico de um pedreiro, o médico do trabalho é informado por ele que, onde mora - uma república - reside um colega que teve o diagnóstico de tuberculose ativa há 15 dias, cujo exame de escarro estava positivo e que ele já se encontra afastado da empresa onde trabalha e está em tratamento. O trabalhador informou que vem tendo contato diário com o colega doente há 1 ano e que ele já tossia com frequência e estava perdendo peso há cerca de 3 meses, mas que “ele era teimoso, achava que era só uma gripe forte e só resolveu procurar o posto de saúde depois que saiu sangue no catarro, quando ficou assustado”.

A conduta que está em desacordo com as estratégias para busca ativa de casos de tuberculose na comunidade é:

  • A. caso o contato apresente febre por 2 semanas, ou sintomas, como febre ou emagrecimento, acompanhados ou não de tosse, a conduta indicada é requisitar uma radiografia de tórax;
  • B. as diretrizes atuais recomendam a baciloscopia para pesquisa de BAAR, o teste tuberculínico e a telerradiografia de tórax para todos os contatos de pacientes com tuberculose ativa;
  • C. se o contato estiver assintomático, deverá ser encaminhado para o Posto de Saúde para realizar o teste tuberculínico, e caso este seja positivo, está indicada a radiografia de tórax;
  • D. caso a radiografia de tórax do contato tiver aspecto sugestivo de tuberculose pulmonar, estão indicadas a baciloscopia para BAAR e cultura para micobactérias em amostra de escarro;
  • E. o contato que apresente o teste tuberculínico positivo e a radiografia de tórax normal deve ser submetido a tratamento para tuberculose com a prescrição de isoniaziada.

Em uma empresa de construção civil, 40 operários procuraram o ambulatório médico da empresa e pronto-socorros próximos ao canteiro de obras devido a queixas de dor abdominal em cólica seguida de diarreia aquosa profusa, febre, náuseas, vômitos e calafrios que tiveram início entre 12-24 horas após o almoço servido no refeitório da empresa, no dia anterior. O SESMT realizou um checklist na cozinha industrial da contratada, o qual incluiu a checagem de certificados sanitários, exames dos trabalhadores e a coleta de amostras de alimentos e de água para análise laboratorial, ambas positivas. Foram coletadas amostras para exames dos trabalhadores vítimas do surto. Os resultados das análises dos trabalhadores confirmaram o surto de toxinfecção alimentar.

Considerando a situação descrita, o diagnóstico etiológico mais provável para o quadro clínico, laboratorial e epidemiológico apresentado pelos operários é:

  • A. shiguelose;
  • B. salmonelose;
  • C. botulismo;
  • D. rotavirose;
  • E. amebíase.

O gestor de Recursos Humanos de uma empresa do ramo petroquímico solicitou ao SESMT que elaborasse um programa para o controle do tabagismo, que atendesse às recomendações da legislação vigente, especialmente no tocante à prevenção da exposição ambiental à fumaça do tabaco nas dependências da empresa. O médico do trabalho reuniu-se com o engenheiro de segurança do trabalho e o coordenador de qualidade de vida e levantaram uma série de estratégias que poderiam ser colocadas em prática pela empresa, hierarquizando pelos critérios de exigência de cumprimento legal e de custo-efetividade. A estratégia mais custo-efetiva a ser inicialmente colocada em prática como política para a questão do tabagismo na empresa é:

  • A. realizar uma ampla consulta envolvendo os diversos segmentos para definir a política mais adequada de controle do tabaco que não fira os direitos dos fumantes;
  • B. implantar áreas exclusivas e sinalizadas para fumar, com ventilação e exaustão adequadas, nas dependências internas da empresa;
  • C. da empresa; (C) instituir um programa de apoio terapêutico subsidiado pela empresa, com o objetivo de apoiar os colaboradores fumantes a se livrarem da dependência à nicotina;
  • D. restringir o fumo aos locais de circulação onde haja ventilação como fachadas, hall de entrada, etc.;
  • E. adotar uma política de proibição total do consumo de tabaco e seus derivados em todas as dependências físicas da empresa, com ampla campanha de conscientização.

Escrivã procura ortopedista com dor em queimação que se irradia para o braço e ombro direitos, formigamento e dormência que acomete os dedos polegar, indicador e médio da mão direita, sintomas que se acentuam no período noturno, levando algumas vezes à interrupção do sono. A paciente já apresentara o mesmo quadro agudo nos últimos dois anos, levando a afastamento do trabalho por 15 dias, porém com recidiva do quadro. A paciente é destra, pratica ciclismo e jogava badminton. O exame físico demonstra redução da sensibilidade no trajeto do nervo mediano e diminuição da força utilizando o dinamômetro de força. Quanto aos testes, o de Phalen foi positivo, o Sinal de Tinel foi duvidoso, Teste de Finkelstein negativo e o Teste de Compressão do punho piorou os sintomas de dor e dormência.

Considerando a situação clínica apresentada, o diagnóstico mais provável é:

  • A. síndrome do desfiladeiro torácico;
  • B. síndrome de De Quervain;
  • C. tenossinovite estenosante;
  • D. síndrome do túnel do carpo;
  • E. síndrome do cotovelo de tenista.
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