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É certo que existe hoje a necessidade da hierarquização dos problemas e das soluções que se apresentam para que não se perca a coerência na assistência ao idoso: deve ser sempre lembrado que, à medida que o envelhecimento progride, o prognóstico passa a ocupar lugar de destaque em relação ao diagnóstico e a algumas terapêuticas indicadas. Isso torna imperativo o conhecimento do idoso e do processo que o envolve para que se possa avaliar a relação entre o risco e o benefício de certas condutas, por vezes tão agressivas a ponto de não se justificarem ao contexto em que se apresentam. Nesse sentido, pode-se afirmar:
Deve-se lançar mão de todos os meios diagnósticos e terapêuticos nas mais diversas ocorrências, mesmo em se tratando de pacientes idosos e terminais, independente da vontade destes ainda que tais medidas não contribuam para a cura ou alívio do seu sofrimento.
A medicina baseada em evidências não se aplica a pacientes idosos ou terminais, tanto que medidas extremas são aceitas, mesmo sem comprovação científica de sua efetividade.
É desnecessária na medicina a discussão pautada na equalização dos custos com a assistência sem desvios dos preceitos éticos e morais, de modo a promover um maior controle de custos que não prive o idoso de suas necessidades.
As diversas situações clínicas, que se apresentem ao paciente idoso devem ser avaliadas de maneira particular em cada caso; e, a partir dessa avaliação, realizar uma abordagem diagnóstica e terapêutica específica à situação de cada paciente. A decisão quanto ao procedimento terapêutico a ser adotado deve tomar por vase também a relação custo/benefício de responsabilidade entre o médico e seu paciente ou o responsável legal deste.
A vida, mesmo sem doenças, não carece de atenção, tornando pouco importante, no contexto atual, o envolvimento de indivíduos no cuidado do idoso, a partir de uma abordagem paliativa que vá proporcionar dignidade e garantir a manutenção da autoestima.
Um paciente com 2 anos de idade, de bom nível socioeconômico, frequentador de creche, de forma abrupta passa a apresentar vômito frequente e persistente, diarreia constituída por fezes líquidas e bastante fétidas. Exame físico compatível com depleção de 2º grau. Há antecedentes de quadros semelhantes na última semana na mesma creche, mas todos, incluindo a criança em questão, apresentam melhora com medidas suportivas e sintomáticos. Para em caso, a mais provável etiologia é:
Síndrome gastroentérico, causada por Clostridium dificile.
Síndrome gastroentérico, causada por Klebsiella.
Síndrome gastroentérico, causada por rotavírus.
Síndrome gastroentérico, causada por Shiguela.
Síndrome gastroentérico, causada por amebíase.
Paciente, 58 anos de idade, saudável, foi encaminhado para o Hospital das Clínicas pela unidade de emergência com o diagnóstico de traumatismo craniano. Relata-se que, após o trauma craniano, o paciente teve uma perda breve da consciência, seguida de um intervalo de lucidez e logo rebaixamento do nível de consciência. Constata-se um Glasgow de 08, hemiparesia e Babinski à esquerda, (fenômeno de Kernohan). No Rx de crânio (feito na unidade de emergência) constata-se uma fratura temporal parietal esquerda. Com relação a esse paciente, assinale a alternativa que contemple provável (I) diagnóstico e (II) adequado procedimento.
(I) Hematoma extradural; ruptura da artéria meníngea média esquerda; tomografia computadorizada do crânio inicial mostra imagem hiperdensa extra-axial adjacente à calota craniana com formato de lente biconvexa; e (II) tratamento expectante.
(I) Hematoma extradural; ruptura da artéria meníngea média esquerda; tomografia computadorizada do crânio inicial mostra imagem hiperdensa extra-axial adjacente à calota craniana com formato de lente biconvexa; e (II) tratamento expectante.
(I) Hematoma extradural; ruptura da artéria meníngea média esquerda; tomografia computadorizada do crânio inicial mostra imagem hiperdensa extra-axial adjacente à calota craniana com formato de lente biconvexa; e (II) evacuação cirúrgica na sala de cirurgia.
(I) Hematoma extradural; ruptura da artéria meníngea média esquerda; tomografia computadorizada do crânio inicial mostra imagem hiperdensa extra-axial adjacente à calota craniana com formato de lente biconvexa; e (II) evacuação cirúrgica na sala de cirurgia.
(I) Lesão axonal difusa por mecanismo de aceleração/desaceleração e (II) tomografia computadorizada de crânio normal.
Um paciente, 52 anos, portador de coronariopatia biarterial, realizou um ecocardiograma transtorácico que indicou os seguintes dados de função diastólica: relação E/A = 1.6; tempo de desaceleração da onda E = 188 ms; tempo de relaxamento isovolumétrico = 83 ms; relação sístole/diástole do fluxo venoso pulmonar = 0.72; fluxo reverso em veia pulmonar = 37 cm/s; velocidade de propagação do fluxo mitral ao modo M colorido = 40 cm/s; velocidade E ao Doppler tecidual = 6 cm/s e volume indexado do átrio esquerdo = 30 ml/m2. Esses dados são compatíveis com:
Função diastólica normal.
Função diastólica com padrão restritivo.
Função diastólica com padrão restritivo irreversível.
Função diastólica pseudonormal.
Função diastólica indeterminada.
A palavra bioética designa um conjunto de pesquisas, de discursos e práticas, via de regra pluridisciplinares, que têm por objeto esclarecer e resolver questões éticas suscitadas pelos avanços e a aplicação das tecnociências biomédicas. (...) A rigor, a bioética não é nem uma disciplina, nem uma ciência, nem uma nova ética, pois sua prática e seu discurso se situam na interseção entre várias tecnociências (em particular, a medicina e a biologia, com suas múltiplas especializações); ciências humanas (sociologia, psicologia, politologia, psicanálise (...) e disciplinas que não são propriamente ciências: a ética, para começar; o direito e, de maneira geral, a filosofia e a teologia. (...) A complexidade da bioética é, de fato, tríplice. Em primeiro lugar, está na encruzilhada entre um grande número de disciplinas. Em segundo lugar, o espaço de encontro, mais ou menos conflitivo, de ideologias, morais, religiões, filosofias. Por fim, ela é um lugar de importantes embates (enjeux) para uma multidão de grupos de interesses e de poderes constitutivos da sociedade civil: associação de pacientes; corpo médico; defensores dos animais; associações paramédicas; grupos ecologistas; agrobusiness; indústrias farmacêuticas e de tecnologias médicas; bioindústria em geral.
Fonte: HOTTOIS, G. Nouvelle encyclopédie de bioéthique. Bruxelles : De Boeck, 2001, pp. 124-126.
Desse modo, entende-se que:
A bioética restringe-se às pesquisas científicas.
A bioética é de atenção exclusiva de outros profissionais da saúde, com exceção do médico.
A bioética é uma linha de pensamento que surge para justificar os deslizes éticos do profissional médico.
A bioética é parte obrigatória do pensamento reflexivo do profissional médico em suas atividades diárias.
A bioética nada tem a ver com o exercício da profissão do médico no seu dia a dia.
No pronto-atendimento apresentou-se um caso clínico de um paciente com as seguintes características: criança com 6 meses de idade, sexo feminino, há 4 dias iniciou com resfriado caracterizado por coriza clara, sem febre e tosse constante que evoluiu com esforço respiratório significativo. A criança apresentou estado geral regular, subfebril (37.9º C), com frequência respiratória de 50 MR/min, tiragem intercostal baixa, sibilos inspiratórios e expiratórios, hiporexia e irritabilidade e sem estridor. Suspeita-se como diagnóstico para esse caso:
Bronquiolite aguda
Laringite estridulosa
Pneumotórax espontâneo
Aspiração de corpo estranho
Hérnia de hiato
Homem de 68 anos de idade, etilista contumaz desde jovem, mora sozinho e sua alimentação é ruim. Afirma que há cinco meses apresenta, de forma lenta e progressiva, dificuldade para caminhar, que piora no escuro. No exame geral, constata-se palidez cutânea mucosa, língua avermelhada e lisa, edema mole nos membros inferiores. O exame neurológico evidenciou uma disbasia tipo ataxotalonante, aumento da base de sustentação, hipotonia e, na prova de Romberg, queda para trás quando o paciente fecha os olhos. Apresentou abolição da sensibilidade tátil epicrítica, vibratória e cinético-postural e dos reflexos profundos. Não acusa neurite óptica, disartria nem déficit motor. Nesse paciente, a localização topográfica da síndrome neurológica e sua possível causa são:
Trato corticoespinhal da medula espinhal por déficit de vitamina B12.
Hemisférios cerebelosos por déficit de vitamina B12.
Cordão posterior da medula espinhal por esclerose múltipla (EM).
Atrofia do vermis cerebelar secundária por alcoolismo crônico.
Cordão posterior da medula espinhal por déficit de vitamina B12.
Sobre as novas técnicas ecocardiográficas, avalie as assertivas a seguir:
I. A avaliação pelo Strain rate quantifica o percentual de deformação miocárdica, enquanto a avaliação pelo Strain mede a velocidade de deformação do tecido.
II. A técnica de avaliação pelo Speckle tracking é independente do ângulo de incidência e permite a análise do Strain não somente no sentido do feixe do Doppler, como também em duas dimensões.
III. A avaliação de volumes ventriculares pelo ecocardiograma tridimensional apresenta excelente correlação com os volumes obtidos pela ressonância e alta reprodutibilidade das medidas inter e intraobservador.
Está(ão) CORRETA(S):
Somente a assertiva III.
Somente a assertiva II.
Todas as assertivas.
Somente as assertivas I e II.
Somente as assertivas II e III.
Um paciente de 10 anos de idade, sexo masculino, apresenta-se com histórico de 10 dias de evolução com sintomas de febre prolongada, prostração, desânimo, astenia. O exame físico acusa amígdalas com exudato em placas, hipertrofia intensa de amígdalas e de folículos em faringe, petéquias no palato, hiporexia, hepatoesplenomegalia, adenomegalia cervical e generalizada e exantema leve em tronco. Após o exame, indicou-se o tratamento antimicrobiano completo, mas sem melhora da sintomatologia. Pode-se considerar o caso desse paciente como:
Febre faringo conjuntival.
Mononucleose Infecciosa.
Herpangina
Faringite estreptocócica.
Difteria.
Uma paciente de 65 anos, saudável, queixa-se, na consulta, de tontura com sensação rotatória muito rápida (segundos de duração) no momento de deitar ou levantar do leito, acompanhada de náuseas. A paciente negou zumbido, surdez e sensação de pressão no ouvido. Doutor é só a tontura mesmo, observou a paciente. A manobra de Dix - Hallpike mostrou nistagmo horizontal e piora da sintomatologia após uma latência de segundos. O resto do exame físico apresenta-se normal. Nota: Manobra de Dix Hallpike: paciente em posição sentada, cabeça rodada lateralmente (à direita ou à esquerda) conforme o lado a ser testado, em aproximadamente 45º. O examinador, ao segurar a cabeça do paciente, promove um brusco e rápido movimento de deitar, em decúbito dorsal horizontal. Ao ser deitado, por não haver uma fixação horizontal da cabeça, esta fica pendente para trás, em aproximadamente 30º abaixo do plano horizontal e voltado para o lado. O paciente fica imobilizado nessa posição, com os olhos abertos e olhar fixo.
Dado esse contexto o diagnóstico mais provável é:
Insuficiência vértebrobasilar (IVB).
Doença de menière (DM).
Neurinoma do acústico (NO).
Neuronite vestibular (NV).
Vertigem posicional paroxística benigna (VPPB).
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