Questões de Medicina da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP)

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Homem de 68 anos, tabagista crônico e sedentário, ao se levantar pela manhã, notou dificuldade para ficar em pé e deambular. Procurou o pronto-socorro, onde se constatou hemiparesia esquerda e sem sopros carotídeos, PA: 170 x 100, frequência cardíaca: 64 bpm, Escala de Glasgow: 15. O provável diagnóstico e a melhor conduta são:

  • A. AVC isquêmico (trombótico); reduziria a pressão arterial com medicação por via oral após ressonância nuclear de crânio.
  • B. AVC hemorrágico; reduziria a pressão arterial com drogas injetáveis, após coleta de LCR hemorrágico.
  • C. AVC isquêmico (embólico); solicitaria tomografia de crânio e heparina intravenosa.
  • D. AVC hemorrágico: solicitaria tomografia de crânio antes de reduzir a pressão arterial com drogas injetáveis.
  • E. AVC isquêmico (trombótico); solicitaria tomografia de crânio e observaria os níveis pressóricos por 24 a 48 horas.

Qual é o padrão de exames esperado em um paciente com diagnóstico de hipotireoidismo secundário à disfunção hipofisária?

  • A. TSH abaixo do normal, T4 livre normal.
  • B. TSH acima do normal, T4 livre acima do normal.
  • C. TSH normal, T4 livre abaixo do normal.
  • D. TSH normal, T4 livre normal.
  • E. TSH abaixo do normal, T4 livre abaixo do normal.

Mulher de 62 anos procura atendimento médico referindo palpitações há 3 dias, sem sinais de instabilidade hemodinâmica. Fez o eletrocardiograma (Derivação-DII) mostrado a seguir.

O melhor diagnóstico e a conduta são:

  • A. fibrilação atrial persistente, sendo indicada a realização de ecocardiograma transesofágico para definir conduta.
  • B. fibrilação atrial paroxística, sendo indicada amiodarona em dose de ataque, para controle da frequência cardíaca, com anticoagulação contínua.
  • C. flutter atrial agudo, sendo indicado o uso de drogas betabloqueadoras para redução da frequência cardíaca.
  • D. fibrilação atrial permanente, sendo indicada a redução da frequência cardíaca e o uso da warfarina por via oral, durante 6 meses.
  • E. flutter atrial agudo com instalação há mais de 48 horas, sendo indicada a cardioversão elétrica imediata, sem anticoagulação.

Qual é o diagnóstico da patologia que acompanha a gasometria arterial descrita a seguir, colhida em ar ambiente?

  • A. Alcalemia metabólica secundária à hipocalemia.
  • B. Crise asmática.
  • C. Sepse na sua fase avançada.
  • D. Síndrome do pânico.
  • E. Sem patologias, pois a gasometria é normal.

Mulher de 74 anos, tabagista crônica (65 anos-maço) e com história de exposição a fogão a lenha, apresenta cansaço progressivo aos esforços, tosse seca, hiporexia e perda ponderal nos últimos 6 meses. Procurou atendimento médico na UBS, encontrando-se em REG, cianótica ++/4, desidratada +/4, afebril, edema +/4, PA: 105 x 85, frequência cardíaca: 92 bpm, estase jugular a 45º ++/4, diâmetro anteroposterior do tórax aumentado, murmúrio vesicular diminuído globalmente com expiração prolongada e sem ruídos adventícios, bulhas rítmicas e hipofonéticas com sopro sistólico +++/6 em foco tricúspide. O provável diagnóstico é:

  • A. corpulmonale crônico descompensado.
  • B. DPOC secundário ao tabagismo associado a insuficiência cardíaca esquerda.
  • C. insuficiência cardíaca descompensada com “asma cardíaca”.
  • D. fibrose pulmonar secundária à exposição ao fogão a lenha.
  • E. asma brônquica extrínseca.

Mulher de 50 anos, obesa, com história de HAS há mais de 10 anos, sem tratamento adequado. Nos últimos 9 meses refere dispneia aos médios esforços e desconforto retroesternal fugaz. Procurou a UBS, onde foi realizado eletrocardiograma, que mostrou sinais de hipertrofia do ventrículo esquerdo e raio X do tórax normal. Ao exame clínico apresentava- se sem edemas, eupneica, com PA: 130 x 100, frequência cardíaca: 64 spm, bulhas rítmicas com hiperfonese de segunda bulha em foco aórtico com sopro sistólico +/6 em foco aórtico, presença de quarta bulha em foco mitral, pulmões livres. O provável diagnóstico é:

  • A. insuficiência cardíaca anterógrada secundária a HAS.
  • B. insuficiência cardíaca esquerda secundária a valvopatia aórtica.
  • C. insuficiência cardíaca sistólica com miocardiopatia secundária a HAS e insuficiência coronária.
  • D. pneumopatia crônica, sem cardiopatia.
  • E. insuficiência cardíaca diastólica secundária a HAS.

Homem de 60 anos, tabagista crônico (50 anos-maço) e hipertenso, durante situação de estresse emocional apresentou dor retroesternal em aperto, acompanhada de sudorese fria, palidez e parestesias de membros superiores. Foi levado ao hospital, onde se constatou PA: 110 x 60, frequência cardíaca: 52 bpm, ausculta de bulhas rítmicas e normofonéticas, sem sopros e com presença de quarta bulha em foco mitral, pulmões livres, perfusão periférica de 4 segundos, sem estase jugular ou hepatomegalia. Após realizar o eletrocardiograma a seguir, o provável diagnóstico e a conduta são:

  • A. angina variante de Prinzmetal; administrar nitrato por via sublingual.
  • B. infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST; solicitar coronariografia de urgência.
  • C. pericardite aguda; administrar anti-inflamatórios não esteroides por via oral.
  • D. angina instável; administrar AAS e clopidogrel por via oral para realizar coronariografia de urgência.
  • E. infarto do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST; administrar AAS, betabloqueadores e nitratos por via oral.

Homem de 53 anos, sem antecedentes prévios conhecidos, há 15 dias apresenta cefaleia holocraniana de moderada intensidade e tonturas esporádicas. Há 2 dias procurou neurologista, e sua PA estava 140 x 90. Foi solicitada uma tomografia de crânio (sem contraste) e recebeu sintomáticos, sem obter melhora. Hoje os sintomas se intensificaram e procurou o pronto-socorro, onde se constatou PA: 180 x 110, sem sinais meníngeos. O provável diagnóstico e a conduta são:

  • A. síndrome do avental branco; orientações terapêuticas não medicamentosas.
  • B. pseudocrise hipertensiva; dipirona intravenosa.
  • C. urgência hipertensiva; captopril por via oral.
  • D. emergência hipertensiva; nitroprussiato de sódio intravenoso.
  • E. hipertensão arterial sistêmica (estágio II); tiazídicos por via oral.

Leia atentamente as definições a seguir, acerca de lesões por agentes perfurocontundentes, e relacione-as por letras e números aos seus nomes.

A. Ferimento por projétil de arma de fogo que se deve ao arrancamento da epiderme devido ao movimento rotatório do projétil que entra na superfície corporal.

B. Sinal deixado pela passagem do projétil nos tecidos corporais, concêntrico, decorrente do atrito e contusão do projétil, que também deixa nos tecidos por onde passa suas impurezas de superfície.

C. Área de impregnação por grãos de pólvora incombustos que se fixam ao redor do ferimento de entrada de projétil, em tiros de curta distância.

D. Área de depósito de fuligem que circunscreve a ferida de entrada, removível com a lavagem do local, portanto, sem impregnação tecidual. E. Área ao redor do orifício de entrada, caracterizada pela queimadura da pele ou pelos, decorrente da alta energia térmica dos projéteis de arma de fogo, característica de disparos a curta distância ou à queima-roupa.

1. Orla de esfumaçamento.

2. Halo de enxugo.

3. Zona de chamuscamento.

4. Orla de escoriação ou contusão.

5. Halo de tatuagem.

A associação correta entre a definição e o elemento de uma ferida de entrada de projétil de arma de fogo é vista, em ordem alfabética e corretamente, na alternativa:

  • A. A – 5; B – 1; C – 4; D – 2; E – 3.
  • B. A – 3; B – 4; C – 1; D – 5; E – 2.
  • C. A – 4; B – 2; C – 5; D – 1; E – 3.
  • D. A – 2; B – 5; C – 3; D – 1; E – 4.
  • E. A – 4; B – 3; C – 2; D – 5; E – 1.

Considere a situação em que um cadáver é encontrado por seus familiares em domicílio, 4 dias após a morte. Assinale a alternativa que corresponde ao fenômeno cadavérico que já se desfez, nesse período (4 dias).

  • A. Gases inflamáveis derivados de ação de bactérias facultativas.
  • B. Rigidez cadavérica.
  • C. Cristais de Westenhöffer-Rocha-Valverde no sangue periférico.
  • D. Mancha verde disseminada por todo o corpo.
  • E. Livores de hipóstase.
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