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Percebemos que a escola fundamental contemporânea enfrenta sérias dificuldades quando está em questão a aprendizagem qualitativa dos educandos, sobretudo porque a escola ainda lida com um currículo que privilegia um conhecimento parcelado e, como tal, desconectado da mente daqueles que aprendem. Quando se tem como perspectiva a formação de cidadãos, tal situação gera sérias conseqüências. Nesse sentido, é correto afirmar:
O saber parcelado garante a cultura escolar do tratamento das questões básicas que devem preocupar o homem moderno, do que se derivará a possibilidade da utilização do saber para entender o mundo.
O saber parcelado possibilita a prevalência da especialização, que, por sua vez gera a qualificação.
O saber parcelado institui o exame que consiste no rito responsável pela validação da posse concreta do saber, e conseqüentemente, a capacidade para utilizá-lo, ou mesmo, entendê-lo.
O saber parcelado em matérias revela sua utilidade muito tarde para que os alunos possam explicar o mundo. Desse modo, submete-se os aprendizes a um constante processo de apropriação e elaboração conceitual com introduções entrecortadas, o que lhes exige uma espécie de fé em que encontrarão sentido para tudo o que lhe é imposto se se mantiverem disciplinados, esperando sínteses que chegarão mais tarde.
Dois grandes sistemas de escrita estão constituídos: o sistema de escrita ideográfica e o fonográfico. O sistema fonográfico está dividido em quatro grandes sistemas. Com base nessa afirmação é correto afirmar:
A escrita fonética é um tipo de escrita que foi criado para representar algumas línguas semíticas e, como tal, possui apenas três vogais: a, i e u. Consiste em representar algumas das consoantes do português, para podermos exemplificar o mecanismo desse tipo de escrita.
A escrita silábica propõe um símbolo para cada sílaba existente na língua. A escrita japonesa é um exemplo desse sistema.
A escrita alfabética-ortográfica consiste em representar os sons da fala, exatamente, conforme eles são pronunciados.
A escrita consonantal consiste na conjugação de esforços no campo da linguagem para absorver a questão da invenção do alfabeto e da escrita fonográfica fonética. Escrever ortograficamente significa escolher uma única forma para as palavras de uma língua, independente de quantas pronúncias diferentes possam estar ligadas a elas.
No que se refere à produção de textos, é correto afirmar:
A relação existente entre o plano da expressão e o plano de conteúdo configura aquilo que pode ser chamado de denotação.
Os valores sobrepostos ao signo constituem aquilo que pode ser denominado de sentido denotativo e esse acréscimo de um novo sentido constitui a denotação.
O sentido denotativo varia de cultura para cultura, de classe social para classe social, de época para época. É profundamente variante e mutável. Nesse contexto, sobreposto ao significado conotativo implanta-se o significado denotativo, que consiste num novo plano de conteúdo investido no signo como um todo.
Significado conotativo é aquele conceito que um certo significante evoca no receptor, ou seja, é o conceito ao qual nos remete um certo significante.
A respeito dos métodos de alfabetização é correto afirmar:
São etapas do método sintético que partem de um texto significativo: parte/todo, sentenciação, porções de sentido, palavração, silabação, formação de palavras e formação de textos.
O método analítico pode ser dividido em duas etapas: a etapa silábica que compreende o trabalho com a palavra-chave, o destaque de sílabas, a apresentação da família silábica, a formação de palavras novas, a formação de sentenças e a formação de textos; e a etapa fônica que compreende o estudo das vogais, a aglutinação das vogais, o estudo das consoantes e a aglutinação – vogais e consoantes.
Pelo método analítico, parte-se de um texto significativo, para chegar, através de diferentes etapas, às partes que o compõem.
O uso do método eclético pressupõe a negação do uso dos métodos analíticos e sintéticos, pois a alfabetização deve ser trabalhada exclusivamente através da análise lingüística.
Sobre a lingüística, é correto afirmar:
A fonética estuda os sons da fala, preocupando-se com os mecanismos de produção e audição.
A fonologia estuda o signo lingüístico reduzido à sua expressão mais simples (morfemas) e à combinação entre esses morfemas formando unidades maiores, como a palavra e o sintagma.
A semântica estuda tudo o que se relaciona com a combinação linear de morfemas. É a semântica que vai explicar porque o português pode usar um tipo de construção de frase composto de sujeito + verbo + objeto + advérbio, ou um outro tipo de construção com tópico + comentário.
A morfologia preocupa-se com os sons de uma língua, mas do ponto de vista da sua função. Ela se ocupa dos aspectos interpretativos dos sons e de sua estrutura funcional nas línguas.
A respeito do texto escrito é correto afirmar:
O texto é dotado de unidade temática, consistência argumentativa e coesão.
O texto admite não recursos extra-lingüísticos.
O texto não pode ser dirigido a um interlocutor virtual.
O texto é um amontoado de frases.
De acordo com Magda Soares (2001), o letramento constitui-se:
No processo de desenvolvimento de competências e habilidades que permitem ao sujeito, exclusivamente, o sujeito codificar e decodificar as letras.
No estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita.
No estado ou condição de quem sabe ler e escrever, mas não domina, necessariamente as práticas sociais que usam a escrita.
Na ação de ensinar/aprender a ler e escrever.
Censo Escolar de 2003 realizado no Brasil aponta uma população de 27,5 milhões de habitantes entre 7 a 14 anos, mas registra 34,7 milhões de matrículas no Ensino Fundamental. Uma das causas desse quadro é a repetência.
Segundo Paro (2001), tal constatação significa que:
I. Em toda prática humana, individual ou coletiva, a avaliação é um processo que acompanha o desenrolar de uma atividade, corrigindolhe os rumos e adequando os meios aos fins.
II. Ao identificar a origem do fracasso da ação educativa que se dá na escola, supõe-se um conjunto de atividades, de recursos, de decisões, de pessoas, de grupos e de instituições, que vão desde as políticas públicas, passando pelas secretarias e órgãos intermediários, chegando à própria unidade escolar.
III. O papel essencial da escola é levar o aluno a querer aprender, valor este que não se adquire geneticamente, exigindo uma consistente relação pedagógica entre aluno e professor.
IV. O papel do professor é executar suas aulas sem um planejamento, mas garantindo o uso de recursos variados.
Dessas afirmações, estão corretas apenas:
II, III e IV.
I, II e IV.
I, II e III.
I, III e IV.
Com base nas provocações trazidas no Texto 2, realize as questões 05 a 10.
Considere os seguintes objetivos pedagógicos:
I- Traçar retas e curvas utilizando-se de recursos técnicos específicos.
II- Classificar objetos e fatos segundo critérios baseados em suas propriedades.
III- Representar objetos lógicos através de códigos não verbais.
IV- Descrever o sistema digestivo humano.
A opção que apresenta uma declaração verdadeira sobre os objetivos I a IV é:
II e IV são objetivos instrumentais
II e III são objetivos multi-formativos
I e IV são objetivos interdisciplinares
I e III são objetivos inter-relacionados
Com base nas provocações trazidas no Texto 2, realize as questões 05 a 10.
Quanto aos projetos integrados de experiência curricular, na forma como apresentados por Jurjo Santomé, pode-se afirmar que:
a definição das etapas de execução deve anteceder a delimitação dos objetivos educacionais, à medida que a maior clareza sobre o projeto viabiliza seu aproveitamento pedagógico pelos professores
a definição das disciplinas que se encarregarão da execução do projeto deve anteceder a delimitação dos objetivos educacionais, a fim de assegurar a superação de dificuldades específicas de aprendizagem
a definição dos objetivos educacionais deve anteceder a delimitação das atividades a serem realizadas no projeto, ainda que sob o custo de diferentes professores optarem por desenvolver atividades isoladas
a definição das atividades comuns a serem realizadas deve anteceder a delimitação dos objetivos educacionais, a fim de que os professores das diversas disciplinas possam estabelecer seu nível de cooperação
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