Questões de Pedagogia do ano 2012

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Para a efetivação dos objetivos educacionais, faz-se indispensável que cada instituição construa um documento com a função de planejamento global de sua ação educativa. Nos meios educacionais, o referido documento é conhecido como Projeto Educativo ou Proposta Político-Pedagógica (PPP). A inovação emancipatória procura maior comunicação e diálogo com os saberes locais e com os diferentes atores e realiza-se em um contexto que é histórico e social, porque humano. O Projeto Político- Pedagógico, carregando o caráter de projeto de sua origem etimológica latina (projectu), na perspectiva emancipatória, cumpre a função

  • A.

    de dar um rumo, uma direção à instituição. O projeto de escola é sempre uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Com a participação da comunidade educativa, define as ações formativas e as características necessárias à escola para cumprir seus propósitos e sua intencionalidade, integrando o processo com o produto.

  • B.

    legal e atende aos aspectos relacionados ao cumprimento de sua formalização textual. Compete à Supervisão Educacional orientar as escolas no processo de elaboração do Projeto Político- Pedagógico, distribuindo um roteiro, pois trata de um documento obrigatório.

  • C.

    de organizar anualmente a unidade escolar, numa visão sistêmica. O Projeto Político-Pedagógico envolve um conjunto de atividades que vão gerar um produto: um documento pronto e acabado. Diante da impossibilidade de construir consenso, devido à diversidade de interesses e atores presentes, compete à gestão minimizar o processo de produção coletiva.

  • D.

    de ordenar e quantificar dados e fenômenos do processo escolar. Parte do pressuposto que os fins já estão dados e definidos e que a inovação e ação da escola incide sobre os meios. A participação é formal, legitimadora de um controle burocrático, imposta pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

A Proposta Político Pedagógico (PPP) é o plano global da escola, um instrumento teórico-metodológico para intervenção e mudança da realidade sua construção, e deverá permitir

  • A.

    a construção de um documento que registra os fazeres escolares para ser analisado, homologado e acompanhado pela supervisão educacional de acordo com os preceitos legais.

  • B.

    a comunicação vertical dos trabalhadores da educação para a reflexão sobre as políticas publica educacional e as diretrizes, particularmente as curriculares que emanam dos órgãos centrais.

  • C.

    o encontro, a reflexão, a ação sobre a realidade numa práxis libertadora.

  • D.

    a articulação do ensino com o conhecimento considerado como produto externo ao indivíduo e a ele imposto, a descrição da metodologia de como levar os alunos a uma essência imutável, desconstruindo o movimento das suas existências concretas.

De acordo com o texto, avaliação das aprendizagens

  • A.

    é sinônimo de medida, de atribuição de um valor em forma de nota ou conceito. É o momento de obter informações a respeito do progresso efetuado pelos estudantes. A escola é um local instituído para que as crianças e os jovens aprendam um determinado e específico conteúdo, já que não se aprende sem avaliar o já apreendido.

  • B.

    é o processo que envolve realizar provas e testes, atribuir notas ou conceitos. Compete aos professores classificar as aprendizagens em certas ou erradas e separar aqueles estudantes que aprenderam os conteúdos programados para a série em que se encontram daqueles que não aprenderam. Avaliação é classificação e seleção sendo um fator saudável de inclusão escolar, pois a promoção automática causa exclusão futura.

  • C.

    tem por finalidade planejar o futuro. Seu papel deve ser o de auxiliar professores e estudantes a compreenderem de forma mais organizada seus processos de ensinar e aprender. Essa perspectiva exige uma prática avaliativa que não deve ser concebida como algo distinto do processo de aprendizagem. É necessário avaliar como condição para a mudança de prática e para o redimensionamento do processo de ensino/ aprendizagem.

  • D.

    tem por finalidade planejar o futuro do estudante. Seu papel deve ser o de auxiliar os estudantes a compreender de forma mais organizada seus processos de aprender e informá-los sobre o que já sabem e o que precisam aprender ainda, possibilitando a tomada de decisões sobre o futuro deles, inclusive pela família. A avaliação das aprendizagens tem como foco o estudante, e não o professor e o ensino. Avaliação é a medição de competências e habilidades que um estudante exibe ao final de um determinado período ou processo de aprendizagem.

Paulo Freire constrói sua Teoria Pedagógica a partir de uma teoria do falar, ou seja, a partir das relações palavra-mundo, palavra-encontro, palavra-ação, palavra-valor. A educação, sob esta ótica, é

  • A.

    o estabelecimento de comportamentos que serão vantajosos para o indivíduo e para outros em algum tempo futuro. Sempre há possibilidade de controlar e moldar o comportamento humano, daí a importância do proselitismo político. O importante é o processo de aprendizado entendido como um agente de mudança do comportamento. Defesa da ideia do planejamento da educação, com base em uma ciência do comportamento humano, como possibilidade de evolução da cultura.

  • B.

    uma ação cultural para a liberdade, ou seja, é um ato de conhecimento no qual o aluno assume o papel de sujeito do conhecimento, através do diálogo com o educador. Paulo Freire em toda sua obra insiste na dialética do conhecimento, que é a própria práxis: reflexão-ação, reflexão sobre a ação e nova ação.

  • C.

    o conhecimento escolar, cuja aprendizagem constitui condição indispensável para que os conhecimentos socialmente produzidos possam ser adquiridos por todos os estudantes do País. Defesa da ideia do ensino ativo e efetivo, com professores comprometidos, que conheçam bem, escolham, organizem e trabalhem os conhecimentos que os alunos já têm e com capacidade de permanecer nos referentes presentes no mundo cotidiano deles. São indispensáveis conhecimentos escolares que facilitem ao aluno uma compreensão acurada da realidade em que está inserido.

  • D.

    prever e controlar o comportamento de todo e qualquer indivíduo. O importante é abandonar, ao menos provisoriamente, o estudo dos processos mentais, como pensamento ou sentimentos, mudando o foco para o comportamento observável, pois a pesquisa dos processos mentais é pouco produtiva, de modo que é conveniente concentrar-se no que é observável: o comportamento.

A cultura refere-se a significados compartilhados e concebe-se como prática social, não como coisa (artes) ou estado de ser (civilização). Desta forma, é correto afirmar que currículo é

  • A.

    um projeto de controle do ensino e da aprendizagem, ou seja, da atividade prática da escola. Desde os seus primórdios, currículo envolve uma associação entre o conceito de ordem e método, caracterizando-se como um instrumento facilitador da administração escolar.

  • B.

    um documento obrigatório da escola que explicita e registra qual objetivo educacional deve a escola procurar atingir; que experiências educacionais podem ser oferecidas que tenham probabilidade de alcançar esses propósitos; como organizar eficientemente essas experiências educacionais; como ter certeza de que esses objetivos estão sendo alcançados.

  • C.

    um documento que apresenta os objetivos educacionais; os conteúdos, o conjunto de formas culturais e de saberes selecionados para integrar as diferentes áreas curriculares em função dos objetivos gerais da área; os critérios de avaliação e orientações didáticas. Tal conceito está de acordo com modelo curricular sobre o qual se assentam os PCN.

  • D.

    um território onde se travam ferozes competições em torno dos significados. O currículo não é um veículo que transporta algo a ser transmitido e absorvido, mas sim um lugar em que, ativamente, em meio a tensões, se produz e se reproduz a cultura. Currículo refere-se, portanto, à criação, recriação, contestação e transgressão.

O currículo é o polo estruturante do trabalho dos educadores e afeta a organização do trabalho dos educandos. A organização de trabalho dos educadores é condicionada pela organização escolar que, por sua vez, é inseparável da organização curricular. Uma porta de entrada para repensar e reinventar os currículos é

  • A.

    a reorganização curricular com base no trabalho mais coletivo dos(as) educadores(as), no planejamento por coletivos de área ou por coletivos de ciclo, revendo os conteúdos de docência e de ação educativa. Também nos coletivos docentes passar a investigar os currículos a partir dos educandos, pois não há como ignorá-los. Tornam-se, assim, produtores coletivos do currículo.

  • B.

    a integração com as famílias. Os educandos e as famílias obrigam a manter o nosso sistema educacional, a estrutura das escolas de forma rígida, disciplinada, normatizada, segmentada, em níveis, séries, estamentos e hierarquias. O trabalho docente reproduz essas estruturas, hierarquias, níveis, prestígios, carreiras e até salários, hierarquizados. As sociedades, por meio das famílias dos educandos, produzem os currículos escolar, que condicionam a vida profissional dos educadores e a escolaridade dos estudantes.

  • C.

    a concordância com os currículos existentes nas escolas que, organizados pelos órgãos do sistema, inspirados no referente político da garantia do direito de todos ao conhecimento, à cultura, permitem a humanização do trabalho dos profissionais das escolas; hierarquizam os docentes.

  • D.

    olhar os alunos, pois o ordenamento curricular representa uma determinada visão do conhecimento e uma determinada visão dos alunos. O currículo deve partir de protótipos de alunos e estrutura-se em função desses protótipos, reproduzindo e legitimando-os. O ordenamento curricular termina reproduzindo e legitimando a visão que, como docentes ou gestores, os profissionais têm educandos, das categorias e das hierarquias em que os classificam.

Em um processo educativo dialético, todos aprendem e todos ensinam, numa construção coletiva do conhecimento. A responsabilidade pela aprendizagem escolar dos estudantes é igualmente dividida entre os especialistas, gestores, professores, estudantes, educadores não docentes e pais. Na analise das planilhas com os resultados da avaliação, a supervisão escolar precisa considerar, além do “produto” expresso nas notas/ menções dos estudantes, o “processo” no qual se deu a aprendizagem. Esse processo é revelado

  • A.

    nas condições da escola e na ação do professor, entre outros. A ação de acompanhamento do processo ensino-aprendizagem que ocorre na escola exige estabelecer os mecanismos adequados de observação e intervenção e, no que tange à avaliação, é importante analisar os resultados das avaliações externas, explorar as avaliações já desenvolvidas internamente pela escola e assessorar na elaboração de um plano de ação.

  • B.

    pelas políticas públicas, sobretudo, pela classificação da escola com base em índice, como o IDEB. O IDEB foi criado pelo INEP em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar obtidos no Censo Escolar e médias de desempenho nas avaliações do INEP, o SAEB e a Prova Brasil.

  • C.

    também pelo espaço-tempo doméstico, as relações familiares nomeadamente entre cônjuges, entre pais e filhos. As articulações sociais do espaço-tempo domésticas com o espaço-tempo escolares são complexas. Há uma relação muito forte entre os resultados da aprendizagem e as condições familiares. Alunos advindos de famílias estruturadas apresentam bom desempenho escolar.

  • D.

    pelas condições de trabalho dos docentes que geralmente desenvolvem a atividade docente sem nenhum amparo. Os supervisores podem realizar a mediação entre o caos e o desejável, ir além da problematização no âmbito da Diretoria, pressionando os órgãos centrais por uma política de valorização do magistério.

A partir da ação e interação com o mundo (a natureza, as pessoas, os objetos) e das práticas culturais, a criança constitui o que se chama de função simbólica, ou seja, a possibilidade de representar, mentalmente, por símbolos, o que ela experiencia, sensivelmente, no real. O desenvolvimento da função simbólica no ser humano é de extrema importância, uma vez que é por meio do exercício desta função que o ser humano pode

  • A.

    desenvolver a percepção e a memória. A percepção é realizada pelos cinco sentidos externos. O ser humano desenvolve estes sentidos desde que não haja impedimentos nos órgãos dos sentidos ou nas estruturas cerebrais. Os sentidos funcionam com interdependência, o que tem uma relevância fundamental para os professores, pois o ensino deve mobilizar várias dimensões da percepção para que o aluno possa “guardar” conteúdos na memória de longa duração.

  • B.

    arquivar, evocar e esquecer. Ela é modulada pela emoção, isto quer dizer que os estados emocionais podem interferir no comportamento. Em sala de aula, não é somente o conteúdo que motiva, mas, sobretudo, como o professor trabalha com este, seja ele da escrita, artes ou ciências.

  • C.

    unir elementos percebidos e experiências em novas redes de conexão. O funcionamento dessa função e seu desenvolvimento, embora relacionados às outras funções psicológicas superiores, têm uma grande autonomia e se manifestam tanto na ação como no ato de aprender.

  • D.

    construir significados e acumular conhecimentos. É a atividade mais básica das ações que acontecem na escola, tanto do educador como do educando. Quando os elementos do currículo não mobilizam adequadamente o exercício desta função, a aprendizagem não se concretiza.

A realidade social é dinâmica e está constantemente em mudança; o indivíduo é o agente ativo que constrói e dá sentido à realidade; o programa educativo não é um produto considerado à margem do contexto e dos sujeitos que o desenvolvem. Desta forma, na avaliação do processo de ensino e aprendizagem,

  • A.

    somente o aluno, os resultados e os conhecimentos são avaliados. Há a informação sobre a compreensão dos conteúdos, objeto da avaliação, possibilitando a classificação dos alunos.

  • B.

    avaliam-se os resultados pretendidos, as pessoas, não necessariamente de forma contextualizada. Fornece um feedback sobre o processo de ensino e aprendizagem.

  • C.

    há necessidade de garantir o dialogo crítico dos alunos sobre as dificuldades que vivenciam no processo e considerar tanto os aspectos intelectuais como os afetivos, sociais e éticos. Fornece um feedback sobre o processo de ensino e aprendizagem.

  • D.

    não há espaço para a proposição de melhoria do processo, e sim da aprendizagem do aluno; não há previsão de uma autoavaliação discente. O objetivo é verificar e quantificar a aprendizagem. Fornece um feedback sobre a aprendizagem de cada aluno.

Em relação à avaliação do processo de ensino e aprendizagem proposta pelo texto, é correto afirmar que

  • A.

    a avaliação escolar é a avaliação do rendimento dos alunos como algo que recai exclusivamente sobre eles. A avaliação tem caráter descritivo, interpretativo e tem a tarefa de realizar juízos de valor. O ensino deve ser visto também como arte, e o professor, como um artista.

  • B.

    a avaliação deve fundamentalmente fornecer informações para quem tem de tomar decisões no que diz respeito ao ensino. A questão central é a busca da qualidade da informação, que precisa ser clara, oportuna, exata e válida. O objetivo é o aperfeiçoamento do ensino.

  • C.

    a avaliação deve considerar dois aspectos: a análise do processo de ensino visando intervir para seu aperfeiçoamento – avaliação formativa; a análise dos resultados, tantos os previstos nos objetivos como os imprevistos – avaliação somativa. Dessa forma, o avaliador não deve se fixar apenas nos resultados previstos.

  • D.

    a avaliação deve ser holística – analisando os diversos intervenientes no processo de ensinoaprendizagem –, e contribuir para a análise da própria avaliação, meta-avaliação. É fundamental que a avaliação assuma uma vertente crítica e reflexiva da própria ação, a fim de analisar e melhorar essa mesma ação.

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