Questões de Pedagogia do ano 2012

Lista completa de Questões de Pedagogia do ano 2012 para resolução totalmente grátis. Selecione os assuntos no filtro de questões e comece a resolver exercícios.

Assinale a alternativa que não apresenta um pressuposto para a construção de uma escola inclusiva.

  • A.

    Oferecer cursos de formação de cuidadores especializados.

  • B.

    Acessibilidade dos espaços escolares.

  • C.

    Adaptação do material didático.

  • D.

    Formação de professores especializados.

Antônio, de 31 anos, está matriculado numa turma do curso noturno da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ele procura a direção da escola para saber se terá de frequentar as aulas de Educação Física, oferecidas fora do período escolar que estuda. O vice-diretor esclarece que a Educação Física integra-se à proposta pedagógica da escola, sendo a sua prática facultativa, caso o aluno se enquadre nas seguintes condições, exceto:

  • A.

    apresente um documento que comprove a sua paternidade/ maternidade, como por exemplo, a certidão de nascimento de um(a) filho(a).

  • B.

    comprove que cumpre uma jornada de trabalho de, pelo menos, 8 (oito) horas diárias.

  • C.

    esteja prestando serviço militar inicial.

  • D.

    tenha mais de trinta anos de idade.

Quando estudava na pré-escola, Lucas, de 6 anos, levava toda sexta-feira um brinquedo para a escola. Agora que está no 1º ano do Ensino Fundamental, a atual professora não permite que seus alunos levem brinquedos pessoais à escola, abolindo o chamado “dia do brinquedo”. O pai de Lucas percebeu que ele volta mais cansado da escola. Diante do ocorrido, a direção da escola resolveu incluir na pauta da reunião de professores alguns esclarecimentos sobre o Ensino Fundamental obrigatório de nove anos. Sendo assim, é correto afirmar que, exceto

  • A.

    a criança de seis anos precisa de uma proposta curricular que atenda às suas características, potencialidades e necessidades específicas dessa infância.

  • B.

    o Ensino Fundamental de nove anos exige a reelaboração da Proposta Pedagógica das Secretarias de Educação e do Projeto Pedagógico das escolas, bem como a atualização das normas curriculares pelos Conselhos de Educação.

  • C.

    garante que a criança esteja alfabetizada com um ano de antecedência, através dos estímulos de uma escolarização precoce.

  • D.

    garante aos alunos que entrem, antecipadamente, contato com o ambiente letrado, beneficiando as crianças cujas famílias não possuem o hábito da leitura.

Analise as cenas abaixo comuns nas escolas.

Cena 1: os estudantes procurando suas notas em murais ou quadros de avisos. De um modo geral, são os resultados de final de ano ou de bimestre que irão informá-los sobre possíveis recuperações ou reprovações.

Cena 2: estudantes que só copiam da lousa e do livro e que necessitam, também, copiar as tarefas dos outros ou a tarefa que o colega ao lado está realizando.

Assinale a alternativa que apresenta o que essas cenas representam, respectivamente.

  • A.

    A cena 1 está relacionada com a exposição do estudante em seu ambiente social. Tanto pode o estudante ter sua autoestima valorizada, caso tenha tido uma boa nota e tenha sido aprovado como pode fazer com que o estudante sinta-se desprestigiado, humilhado frente aos seus pares; trata-se de um currículo oculto. A cena 2 conduz a refletir sobre as práticas educativas, a própria avaliação e até ao currículo oculto existente. O analfabeto funcional é quem lê, mas não interpreta um texto. O copista é quem só copia, não sabe que o “a” que escreveu, por exemplo, é um “a”. São crianças que só copiam no caderno o que vê no quadro, no caderno de outro colega; para ele, as letras são desenhos sem significado.

  • B.

    A cena 1 retrata a prática da cópia esvaziada de significados e não possibilita a aquisição da linguagem escrita e muito menos a formação de um sentido pessoal. Na cena 2, para os alunos com insucesso, trata-se de uma violência simbólica. A violência simbólica se expressa na imposição “legítima” e dissimulada, com a interiorização da cultura dominante, reproduzindo as relações do mundo do trabalho. O dominado não se opõe ao seu opressor, já que não se percebe como vítima deste processo: ao contrário, o oprimido considera a situação natural e inevitável.

  • C.

    A cena 1 trata de alunos copistas, ou seja, a arte de escrever sem saber ler. A cena 2, para os alunos com fracasso escolar, pode se caracterizar como uma violência simbólica. Ação Pedagógica perpetua a violência simbólica por meio de duas dimensões arbitrárias: o conteúdo da mensagem transmitida e o poder que instaura a relação pedagógica exercido por autoritarismo.

  • D.

    Na cena 1, tratam-se de crianças que não se apropriam do significado das palavras. Mas vão galgando as séries porque, como copiam, conseguem cumprir algumas tarefas em sala. A cena 2 é uma forma de violência simbólica. Os alunos não só reconhecem seus professores como uma autoridade, mas também legitimam a mensagem que por eles é transmitida, recebendo e interiorizando as informações.

A vice-diretora recebeu da professora uma criança com um histórico de vida familiar complexo, com o céu da boca machucado e que dizia ter sido o pai que a machucou. Diante do exposto e da legislação em vigor, a atitude da vice-diretora deve ser

  • A.

    chamar a mãe, expor o fato, registrar, solicitar ciência e adverti-la que é dever dela zelar pela dignidade da criança, pondo-a a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. Solicitar um laudo médico para a frequência da criança.

  • B.

    socorrer a criança, comunicar a família e solicitar a participação desta, mesmo sendo conhecedora da falha do mecanismo familiar, e garantir a frequência. Na falha do mecanismo familiar, é dever do Estado garantir os direitos fundamentais de todas as crianças. O ECA não admite silêncio, de acordo com o artigo 13: “Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.”.

  • C.

    encaminhar o caso para a justiça e a segurança pública, pois a violência doméstica não pode ser tratada como um problema educacional, das instituições de ensino.

  • D.

    chamar a família, conversar sigilosamente respeitando a regra que em família prevalece a “lei do silêncio”. Os abusos que caracterizam violência contra crianças e adolescentes apresentam-se rotineiros, no geral, e não apenas em termos domésticos, sob forma de agressão física, sexual, psicológica ou mesmo como negligência.

Considerando que o importante não é a forma, mas a prática de uma concepção de avaliação que privilegia a aprendizagem, é correto afirmar que não é fundamental

  • A.

    avaliar como condição para a mudança de prática e para o redimensionamento do processo de ensino-aprendizagem. Em dia de prova, a professora deve falar: “hoje, vamos fazer uma prova que servirá de base para a avaliação de vocês.”.

  • B.

    avaliar como parte do processo de ensino e de aprendizagem: não se ensina sem avaliar, não se aprende sem avaliar. Em dia de prova, a professora deve falar: “hoje, vamos fazer um teste que servirá de base para a avaliação de vocês.”.

  • C.

    romper a falsa dicotomia entre ensino e avaliação, como se esta fosse apenas o final de um processo. O que o estudante demonstrou não conhecer em um momento poderá vir a conhecer em outro.

  • D.

    reafirmar que a unidade educacional é um local onde se aprende um determinado conteúdo escolar, diferentemente de outros lugares como igrejas, associações, clubes que são espaços onde se aprende a construir relações com as “coisas” (mundo natural) e com as “pessoas” (mundo social). Em dia de prova, a professora deve falar: “hoje faremos uma avaliação.”.

Uma vice-diretora, coordenando uma reunião de planejamento, dividiu os educadores em pequenos grupos e solicitou que fossem socializadas narrativas de memória de como cada um se constituiu em um profissional. Num segundo momento essas narrativas seriam socializadas no grande grupo. Com essa estratégica de formação continuada, conseguiu

  • A.

    consolidar práticas educacionais instituídas historicamente e necessárias à construção da escola de qualidade para todos e, sobretudo, racionalizar a própria prática, num processo de controle e de neutralização das emoções e das subjetividades.

  • B.

    reconhecer a multiculturalidade e a diversidade como elementos constitutivos do processo ensinoaprendizagem. Desvelar essa realidade e favorecer uma visão dinâmica, contextualizada e plural das identidades culturais é fundamental. Um politeísmo de práticas pedagógicas que são expostas e de maneira geral são inimagináveis e invisíveis diante de um aparente monoteísmo.

  • C.

    racionalizar as práticas educacionais com a finalidade de padronizar comportamentos profissionais. A maturidade social, cultural e cognitiva para apreender os processos relacionados à construção do educador profissional é a mesma de um para outro.

  • D.

    admitir a existência da consciência e de eventos mentais, mas propõe sua exclusão das práticas pedagógicas em virtude de sua subjetividade e impossibilidade de observação direta. Propõe a formulação de normas a serem adotadas por todos nos seus fazeres cotidianos.

A instituição escolar, como é vista, foi constituída na história da humanidade como o espaço de socialização do conhecimento formal historicamente construído. O processo de educação formal possibilita novas formas de pensamento e de comportamento. Por meio das artes e das ciências o ser humano transforma sua vida e de seus descendentes. A escola é um espaço de ampliação da experiência humana, devendo, para tanto, não se limitar às experiências cotidianas da criança e trazendo, necessariamente, conhecimentos novos, metodologias e as áreas de conhecimento contemporâneas. O currículo se torna, assim, um instrumento de formação humana. Um currículo, para a formação humana,

  • A.

    não tem historicidade, não precisa ser situado historicamente, uma vez que os instrumentos culturais que são utilizados na mediação do desenvolvimento e na dinâmica das funções psicológicos superiores se modificam com o avanço tecnológico e científico.

  • B.

    limita os conhecimentos relacionados às vivências do aluno, às realidades regionais, ou com base no assim chamado conhecimento do cotidiano. Nessa perspectiva, currículo é a experiência cultural do aluno.

  • C.

    é aquele orientado para a inclusão de todos ao acesso dos bens culturais e ao conhecimento. Está, assim, a serviço da diversidade. Os seres humanos são diversos em suas experiências culturais, são únicos em suas personalidades e são diversos em suas formas de perceber o mundo. Os seres humanos apresentam, também, diversidade biológica.

  • D.

    entende que o conhecimento é informação. Quando se faz uma pergunta, pede-se informação. Quando se assiste à televisão ou a um filme, absorve-se informação. Ao ler um jornal, uma revista em quadrinhos, ou ao ouvir uma música, é sabido que se lida com algum tipo de informação.

Esta professora consegue ensinar a todos ou todos aprendem com ela e sua prática pedagógica se pauta na concepção de que

  • A.

    é um equívoco considerar o aprender como uma atividade cognitiva entendida unicamente como desenvolvimento intelectual. A construção do conhecimento envolve a emoção e, por ser uma ação social, implica trocas afetivas. Desta forma, a pessoa que aprende está presente em sua totalidade na situação de aprendizagem, assim como suas experiências na escola e com o conhecimento constituirão sua personalidade e sua forma de colocação no meio.

  • B.

    devido às peculiaridades do conhecimento formal, o trabalho com o educando pode se restringir a transmitir o conhecimento e não deve incluir, também, formas de apropriação do conhecimento posto.

  • C.

    o trabalho com a cultura e as artes deve substituir o trabalho sistemático com cada disciplina. Não há como a cultura e as artes se conectarem ao conhecimento formal no nível de desenvolvimento de categorias de pensamento e formação de conceitos.

  • D.

    o ser humano constitui e amplia os conceitos, continuamente, e esta ampliação depende de elementos internos à pessoa. Para constituição de um conceito, é suficiente somente a construção de significado, sendo desnecessário o estabelecimento e a compreensão das relações múltiplas possíveis existentes entre os vários significados.

A vice-diretora de uma escola recebeu uma professora que apresentava a produção de um aluno, dizendo que se tratava de um aluno fraco, sem rendimento, indisciplinado e grosseiro. A professora fechou seu diagnóstico com base nos testes e nas provas e concluía sobre a necessidade de apoio psicológico e até o afastamento temporário da sala de aula para não prejudicar os demais, pois, segundo ela, por causa de um, a turma toda fica rebelde. Tal postura e essa prática estão imbuídas de concepções, representações, sentidos e expressam certo modo de ver o mundo. Esse certo modo de ver o mundo, que está imbricado na ação da professora, trouxe para sua ação reflexos da cultura e de práticas vividas, no que tange à avaliação escolar, que estão muito impregnados pela lógica

  • A.

    da mudança. A professora entende que a avaliação é uma atividade orientada para o futuro. Avalia-se para tentar manter ou melhorar a atuação futura. Essa é a base da distinção entre medir e avaliar. Medir refere-se ao presente e ao passado e visa a obter informações a respeito do progresso efetuado pelos estudantes. Avaliar refere-se à reflexão sobre as informações obtidas com vistas a planejar o futuro.

  • B.

    do acompanhamento do desenvolvimento do estudante. Para a professora, a avaliação é uma das atividades que ocorre dentro de um processo pedagógico. Este processo inclui outras ações que implicam a própria formulação dos objetivos da ação educativa, a definição de seus conteúdos e métodos, entre outros. A avaliação, portanto, sendo parte de um processo maior, deve ser usada tanto no sentido de um acompanhamento do desenvolvimento do estudante como no sentido de uma apreciação final sobre o que este estudante pôde obter em um determinado período, sempre com vistas a planejar ações educativas futuras.

  • C.

    da inclusão, do diálogo, da construção da autonomia, da mediação, da participação, da construção da responsabilidade com o coletivo. A perspectiva de avaliação da professora alinha-se com a proposta de uma escola mais democrática, inclusiva, que considera as infindáveis possibilidades de realização de aprendizagens por parte dos estudantes. Essa concepção de avaliação parte do princípio de que todas as pessoas são capazes de aprender e de que as ações educativas, as estratégias de ensino, os conteúdos das disciplinas devem ser planejados a partir dessas infinitas possibilidades de aprender dos estudantes.

  • D.

    da classificação e da seleção. A professora usa as notas escolares para colocar os avaliados em uma situação classificatória. A cultura meritocrática naturaliza o uso das notas a fim de classificar os melhores e os piores avaliados. Em termos de educação escolar, os melhores seguirão em frente, os piores voltarão para o início da fila, refazendo todo o caminho percorrido ao longo de um período de estudos.

Provas e Concursos

O Provas e Concursos é um banco de dados de questões de concursos públicos organizadas por matéria, assunto, ano, banca organizadora, etc

{TITLE}

{CONTENT}

{TITLE}

{CONTENT}
Provas e Concursos
0%
Aguarde, enviando solicitação!

Aguarde, enviando solicitação...