Questões sobre Planejamento de Ensino

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A avaliação, entendida como um processo, tem por objetivo melhorar a ação educativa e não, apenas, medir resultados (...) Ninguém melhor do que os próprios envolvidos para dizer o que precisa ser mudado e como isto pode ser feito. Ou seja, os procedimentos utilizados em uma avaliação devem ser próprios à proposta educativa, considerando, portanto suas especificidades.

Uma proposta de auto-avaliação, num projeto educativo, tem como pressuposto

  • A.

    ser a alternativa de avaliar a prática educativa quando não há realização de provas.

  • B.

    a crença na capacidade do grupo de resolver seus próprios problemas.

  • C.

    ser a única possibilidade de avaliar a aprendizagem, quando não há exigência de notas e controles externos pelo sistema de ensino.

  • D.

    a negação da participação autoritária da Coordenação do Projeto no acompanhamento educativo.

  • E.

    a não necessidade de quantificar os conhecimentos aprendidos e, sim, a formação geral realizada.

A professora Susana propôs uma atividade utilizando textos de jornais para alunos da etapa inicial do ensino fundamental. Uma pessoa leiga no assunto a questionou: "Tão novinhos e já conseguem ler jornais?" A atividade e o questionamento remetem à seqüenciação de conteúdos de linguagem escrita. Assinale a opção que apresenta, corretamente, alguns dos critérios que devem ser considerados para esta seqüenciação quanto aos alunos e quanto às atividades.

  • A.

  • B.

  • C.

  • D.

  • E.

Pode-se afirmar que uma avaliação educacional foi adequada, se as estratégias adotadas referiam-se, sempre,

  • A.

    aos objetivos educacionais propostos.

  • B.

    aos instrumentos e técnicas adotadas no processo.

  • C.

    às etapas escolhidas para essa realização.

  • D.

    ao número de alunos reprovados e aprovados, ao final de cada etapa da aprendizagem.

  • E.

    ao número de respostas corretas aos diferentes itens da avaliação de múltipla escolha.

A professora Letícia percebeu que a maioria de seus alunos tinha, no ambiente doméstico, pouco ou nenhum contato com livros e jornais. Planejou a criação de uma biblioteca de sala de aula como meio de incentivo à leitura. Durante o planejamento, tomou contato com alguns enunciados sobre o assunto.

I – A seleção dos livros deve seguir o mesmo critério adotado para os livros didáticos, quanto ao tipo de leitura a ser proposta para determinado ciclo ou idade.

II – Livros que contêm apenas gravuras são adequados a crianças da educação infantil, ao passo que, no ensino fundamental, devem-se escolher obras com escrita compatível com o nível de desenvolvimento.

 III – O professor realiza uma mediação subjetiva na indicação de livros e no estímulo à leitura, por isso, é importante que se aproprie do acervo para ser um interlocutor competente.

IV – A partir do momento em que a criança lê de forma autônoma, o professor não necessita mais ler livros em voz alta para a classe, pois esta prática pode gerar acomodação na busca individual pelos livros.

Letícia comparou esses enunciados com o pensamento de Chartier, Clesse e Hébrand (1996), concluindo que, de acordo com as proposições dos autores, é(são) correta(s) apenas o(s) enunciado(s):

  • A. I
  • B. II
  • C. III
  • D. I e II
  • E. III e IV

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394/96, no Art 12º, estabelece que as escolas têm a incumbência de "elaborar e executar sua proposta pedagógica". Para que essa proposta vise à construção de uma "felicidadania", segundo a concepção de Rios (2002), faz-se necessário:

  • A.

    coletivizar a participação, considerando limites e possibilidades do contexto escolar e comunitário, definindo princípios norteadores e metas, designando tarefas e avaliando continuamente.

  • B.

    reunir os projetos individuais dos docentes num somatório, de modo a formar um único grande projeto coletivo, que ganhará organicidade durante sua implementação e execução.

  • C.

    oferecer cursos com a temática da cidadania, visando à formação permanente dos educadores e à participação efetiva da comunidade, o que resultará na elaboração da proposta.

  • D.

    desenvolver a autonomia dos profissionais da educação, no sentido de que tenham a liberdade de traçar projetos segundo suas vivências, e que sejam postos em comum numa só proposta.

  • E.

    moldar as competências dos educadores a partir de uma proposta elaborada pela equipe gestora, que busque rumo, ação intencional e compromisso coletivo.

Um aluno escreveu o convite para as festividades de final de ano da seguinte maneira: VENU TODUS NA FETA DI FINAU VAI TEM ANIMASAO E DANSA E MUTA MUZICA E ALEGRE

Diante do texto do aluno, algumas observações foram feitas por professores.

I – "É preciso corrigir o que o aluno escreveu, introduzindo no papel as letras omitidas, alterando as trocadas e fazendo o traçado correto das letras."

II – "Melhor será enviar o convite para a família como está, pois este aluno está buscando a coerente representação fonética da língua falada."

III – "Julgo produtivo que o aluno compare seu texto com outro igual, mas escrito corretamente, identifique as diferenças e faça a reescritura de seu texto como resultado da comparação."

Considerando que o aluno produziu um texto informativo, assinale a opção que apresenta o(s) procedimento(s) didático(s) apropriado(s), em uma concepção de ensino que leve em conta a função social da escrita.

  • A. I
  • B. II
  • C. III
  • D. I e II
  • E. II e III

A correção de atividades feitas pelos alunos é uma tarefa própria do ofício do professor. De acordo com a concepção de Curto, Morillo e Teixidó (2000), segundo a qual a correção de atividades escritas torna-se mais produtiva quando há:

  • A.

    atenção exclusiva à ortografia, definição clara de objetivos e proposição da melhora da caligrafia.

  • B.

    recomendação direta do que deve ser feito, proposta de reflexão e correção coletiva.

  • C.

    preparação anterior, correção no ato e ensino do ato de corrigir.

  • D.

    registro da solução da situação-problema, antecipação de possíveis falhas e oferecimento de recursos.

  • E.

    demonstração inequívoca dos erros, uso de lápis ou caneta azul ao corrigir e proposição de reescritura.

Hugo é uma criança em fase de alfabetização. O menino consegue ler textos que lhe são apresentados sem, contudo, compreender o que lê. A partir do caso descrito, considere as afirmações que se seguem.

I – Não é possível compreender se não há leitura de forma ativa, ou seja, antecipando interpretações, reconhecendo significados, dúvidas e incompreensões no processo de leitura.

II – Ler e escrever são tarefas interdependentes, o que supõe que uma criança que não compreender um texto também não compreenderá o que escreve.

III – Para favorecer a compreensão é preciso propor a leitura de textos cujo significado seja necessário desvendar com um objetivo claro e explícito.

IV – O ensino das estratégias de leitura compreensiva deve ser realizado em etapas posteriores à fase da alfabetização, que deve ficar circunscrita à decodificação dos códigos lingüísticos.

Sobre o processo de aquisição da leitura, são corretas, apenas, as afirmações:

  • A. I e II
  • B. I e III
  • C. II e III
  • D. II e IV
  • E. III e IV

Em uma perspectiva cognitivista / construtivista da leitura, a compreensão do que se lê é produto da(o):

  • A.

    possibilidade de o leitor possuir os conhecimentos necessários que vão lhe permitir a atribuição de significado aos conteúdos do texto.

  • B.

    estrutura do texto em um nível sempre abaixo do grau de desenvolvimento do leitor, favorecendo a interpretação.

  • C.

    capacidade de concentração do sujeito e da interação com o ambiente em que a leitura é realizada.

  • D.

    estratégia de interpretação calcada nos erros de leitura, tendo em vista uma visão particularizada do teor de um texto.

  • E.

    conhecimento anterior ao conteúdo do texto que, uma vez somado aos dados obtidos na leitura, fornecem uma visão amplificada.

Ao ingressar pela primeira vez na escola, Ana estava ávida por aprender a escrever. Ao final do primeiro dia de aula, pegou uma folha em branco e registrou:

EOA
OO
PARIO

A professora se posicionou ao seu lado e pediu que lesse o que escreveu. A menina disse: "escola – sol – parquinho", referindo-se às novidades de seu dia.

  • A.

    pré-silábica, por inexistir correspondência entre letras e a totalidade das palavras.

  • B.

    silábica, com registro de uma letra para cada sílaba, mas em conflito e em fase de transição.

  • C.

    puramente silábica, pois cada sílaba é representada por uma letra ou uma grafia.

  • D.

    silábico-alfabética, por incluir elementos de uma escrita evoluída, com resquícios do período anterior.

  • E.

    silábico-alfabética, pela descoberta de que uma sílaba pode conter vogais e consoantes.

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