Questões de Psicologia do ano 2005

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Considerando-se a articulação entre loucura, ética e política, é CORRETO afirmar que

  • A.

    a luta antimanicomial buscou, desde o início, uma mudança social efetiva e, para tan-to, partiu do pressuposto de que era necessário constituir um coletivo político capaz de falar em nome próprio, apoiado em uma legitimidade construída junto à mídia, e, ainda como movimento social, implicou a necessidade de se colocar o louco em con-dições de igualdade com todos os outros seres humanos, objetivando sua inclusão no corpo social, para além das instituições, e propondo novas técnicas que assegurem in-dulgência aos excluídos.

  • B.

    a luta antimanicomial é um exemplo dos novos movimentos sociais, que se afirmam como plurais e se regem pela ética da luta contra todas as formas de opressão, cuja estrutura organizacional é colegiada, de forma que as lideranças estejam diluídas nos coletivos, evitando-se, assim, a hierarquia rígida e a burocratização das relações; a autonomia local e a articulação em rede lhe são essenciais, assim como a realização periódica de encontros; o movimento possui uma secretaria nacional, que se altera re-gularmente e é responsável pela convocação de reuniões plenárias, pela atualização política dos membros do movimento e, ainda, pelo cuidado com as questões financei-ras.

  • C.

    a ruptura radical com o modelo hospitalocêntrico exige mais que o fim do manicô-mio  faz-se necessário abandonar a tradição reificante da loucura, que estabeleceu conceitos como incapacidade, periculosidade, invalidez e inimputabilidade, entre ou-tros; a emancipação e a autonomia do portador de sofrimento mental deve articular, concomitantemente, uma reconstrução simbólica e a construção de direitos numa mesma tessitura, processo que se verifica por intermédio da instituição de serviços substitutivos, que, por definição, inviabilizam o funcionamento da lógica manicomial.

  • D.

    os serviços substitutivos têm como atividade principal não a normatização ou a disci-plina da loucura, mas sua interlocução com o campo social, com a cidade, devendo possibilitar ao louco vivenciar seus delírios ou alucinações e intervindo quando essa experiência se tornar socialmente excessiva; essa prática baseia-se na idéia de que é preciso evitar que o louco viva um processo de exclusão, por sua condição singular; aos serviços substitutivos cabe, pois, primordialmente, a tarefa de tornar a convivên-cia entre a loucura e a sociedade uma experiência harmoniosa, a fim de construir, no imaginário e no corpo social, um espaço adequado ao portador de sofrimento mental.

Considerando os ensinamentos de Ana Marta Lobosque, em Princípios para uma clínica antimanicomial e outros escritos (1997), analise estas definições:

I. Princípio da singularidade - Estabelece que a clínica antimanicomial é aquela em que o sujeito é convidado a sustentar sua singularidade sem precisar excluir-se do social.

II. Princípio do limite - Busca denunciar como excludentes todas as espécies de limite que a cultura humana impõe ao que a loucura possa ter de excessivo ou desordenado, demandando sua constante revisão.

III. Princípio da articulação - Determina a busca por parcerias com outros segmentos sociais que, também, sustentam uma posição de combate aos diversos dispositivos de exclusão.

A partir dessa análise, pode-se concluir que

  • A.

    apenas as definições I e II estão corretas.

  • B.

    apenas as definições I e III estão corretas.

  • C.

    apenas as definições II e III estão corretas.

  • D.

    as três definições estão corretas.

Figueiredo (1997) estuda a tarefa clínica do profissional nas instituições, considerando-a a partir de diversos modelos teóricos. Leia as afirmativas abaixo, dessa autora:

• "A tarefa do profissional é oferecer ao sujeito uma possibilidade de ressignificar e elaborar sua "miséria", até onde for possível tomar uma outra posição em relação a ela."
• "A tarefa do profissional funciona sob uma ética da tutela pautada no modelo da ética instrumental, que considera o sujeito privado de razão e vontade e, portanto, devendo seguir as prescrições do profissional".

Essas afirmativas se referem, respectivamente, aos modelos:

  • A.

    psicológico e médico.

  • B.

    psicológico e psicossocial.

  • C.

    psicanalítico e médico.

  • D.

    psicossocial e psicológico.

Figueiredo (1997) afirma:

• "A doença, vista como um acometimento biológico, e o conflito, como fruto de uma interioridade conturbada, devem levar a uma assistência que vise à reconstrução das relações sociais, de trabalho e de convívio".
• "O sujeito é entendido como dotado de inconsciente e poder de decisão imanentes e autônomos em relação à ordem social e à cultura que o circunscrevem e o constituem como sujeito de linguagem".

São modelos epistemológicos subjacentes a cada uma das afirmativas, respectivamente:

  • A.

    Modelo psicológico e modelo psicanalítico.

  • B.

    Modelo psicossocial e modelo psicológico.

  • C.

    Modelo psicossocial e modelo psicanalítico.

  • D.

    Modelo psicanalítico e modelo psicossocial.

As afirmativas abaixo são críticas comumente feitas aos manuais de psiquiatria (DSM e CID), considerados como manuais de diagnóstico, EXCETO:

  • A.

    São uma inversão do procedimento psiquiátrico, no âmbito da ética médica, em que os medicamentos determinam os diagnósticos e servem ao discurso capitalista.

  • B.

    São uma opção pela descrição e comunicação dos transtornos entre colegas de trabalho.

  • C.

    Os manuais de diagnóstico são a-teóricos e qualquer hipótese etiopatogênica é excluída, assim como o conceito de doença.

  • D.

    Os manuais de diagnóstico descrevem fenômenos relatados pela psiquiatria clássica sem a contextualização sócio-histórica dos pacientes.

Figueiredo (1997) considera que o atendimento clínico em instituições de saúde tem um eixo central que é a recepção ao cliente. No entendimento dessa autora, a recepção:

  • A.

    realiza a triagem dos casos, decidindo quais especialistas irão atendê-los.

  • B.

    realiza a coleta de dados anamnésicos do cliente através de entrevistas iniciais.

  • C.

    decide sobre o destino de cada caso, no sentido de destinação (encaminhamento) e desígnio (futuro).

  • D.

    realiza uma função burocrática na instituição, no sentido de coletar os dados da identificação e da queixa do cliente.

A doença para Szpirko (In: Alberti e Elia, 2000) é "uma carteira de identidade" adquirida através do nome aceito da doença crônica. Essa "carteira de identidade" refere-se a:

  • A.

    sintomas adquiridos pelo sujeito no decorrer de suas experiências de vida e, especificamente, na sua vida familiar.

  • B.

    conflitos advindos dos traumas vivenciados pelo sujeito nas interrelações com as pessoas importantes de sua vida.

  • C.

    identificações imbuídas de carga afetiva/erótica marcada pela história familiar do sujeito.

  • D.

    transtornos psicológicos apresentados pelo sujeito e categorizados pelos manuais de psiquiatria e diagnóstico.

Refletindo sobre "ser doente, ter uma doença", Szpirko (In: Alberti e Elia, 2000) afirma que o que se transmite de uma geração à outra:

  • A.

    são as doenças psicossomáticas.

  • B.

    é a linguagem e o código genético.

  • C.

    é a predisposição para adquirir doenças psíquicas.

  • D.

    são as doenças psíquicas e as doenças somáticas.

Em relação à criança, considerando-se uma visão Psicossomática, pode-se afirmar:

  • A. A manutenção de distúrbios não depende de fatores psicológicos.
  • B. Os sintomas que as crianças apresentam são considerados necessariamente doenças.
  • C. O comportamento da mãe não influencia o do bebê, pelo simples fato de este não poder captá-lo.
  • D. A verdadeira terapêutica é aquela que atende a criança de maneira global.

Observa-se que alguns distúrbios funcionais ou psicossomáticos só aparecem em certos momentos do desenvolvimento. Isso quer dizer que o distúrbio psicossomático

  • A. está relacionado somente a causas psicológicas.
  • B. depende de fatores ou causas orgânicas.
  • C. está relacionado a características e dificuldades de conflitos.
  • D. depende exclusivamente de causas sociais.
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