Questões de Psicologia da Fundação Carlos Chagas (FCC)

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Ao corrigir e analisar um teste, o psicólogo deve

  • A.

    obrigatoriamente comunicar ao Conselho Regional de Psicologia para que autorizem a aplicação.

  • B.

    seguir rigorosamente as normatizações apresentadas no manual e manter-se atualizado.

  • C.

    seguir as normas acadêmicas da instituição onde estudou e reaplicar os testes após um mês para confirmação dos resultados.

  • D.

    consultar o Código de Ética, para se informar sobre quais testes estão liberados para uso.

  • E.

    apresentar um relatório ao Conselho Regional de Psicologia após a entrevista devolutiva.

Segundo Caroline Michels Siega e Saidy Karolin Maciel, do ponto de vista psicológico, no que se refere à adoção (de crianças e adolescentes), é indicado que seja levado em consideração o significado atribuído

  • A.

    ao papel do psicólogo jurídico na adoção.

  • B.

    ao papel dos demais familiares em relação à chegada do adotado.

  • C.

    ao lugar da escolaridade para os adotantes.

  • D.

    ao momento de escolha das características do filho.

  • E.

    à maternidade e à paternidade pelos adotantes.

O profissional que utilizar testes psicológicos que não constam na relação de testes aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia estará

  • A.

    valorizando a atuação estritamente clínica.

  • B.

    exercendo o livre arbítrio, previsto na categoria.

  • C.

    cometendo uma falta ética.

  • D.

    cometendo erro administrativo.

  • E.

    propondo novos métodos de intervenção.

A reinsersação do indivíduo na sociedade que cometeu um crime e, após cumprir sua pena, entra na fase de livramento condicional, têm levantado questões. É comum que o indivíduo, na ressocialização, encontre dificuldades para se adaptar novamente ao meio social no qual pretende inserir-se, pois é provável que o preso tenha incorporado a cultura da instituição carcerária e se desvinculado do mundo social, encontrando uma realidade que não mais é a que deixou. Nessas ocasiões, podem ocorrer as reincidências. Acresce-se a isso, os constrangimentos sociais que acentuam a situação de discriminação a que ficam submetidos os egressos do sistema prisional. Para Maristela Schneider Vettorazi e Mirella Alves de Brito, o conjunto desses aspectos assinala a necessidade de um trabalho multidisciplinar

  • A.

    no sistema prisional associado à avaliação da dimensão do poder da coerção e do alcance da imposição de regras a serem cumpridas pelo egresso.

  • B.

    na administração das Instituições Penais para a melhoria das condições sociais e jurídicas dos estabelecimentos fechados.

  • C.

    junto ao egresso do sistema prisional, para a avaliação de sua estrutura de personalidade e condições de enfrentamento diante de dificuldades a serem enfrentadas em caso de reincidência.

  • D.

    junto ao egresso do sistema prisional, que envolva conhecimentos e meios de intervenção jurídicos, assistenciais e psicológicos, entre outros.

  • E.

    de discussão do modelo punitivo prisional, identificado como um modelo de encarceramento violento, junto ao egresso.

É responsabilidade do psicólogo a avaliação e a escolha dos instrumentos, métodos e técnicas no exercício profissional. No entanto, diante dos inúmeros questionamentos e representações éticas decorrentes da utilização de testes psicológicos sem respaldo científico, que acarretam possíveis danos à sociedade, e para manter a imagem da psicologia como sendo uma profissão fundamentada pela ciência e de grande contribuições para o desenvolvimento social,

  • A.

    o CFP – Conselho Federal de Psicologia editou a Resolução CFP nº 002/2003 que regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos.

  • B. as universidades estaduais e federais se uniram para organizar grupos de validação imediata dos testes psicológicos mais utilizados na atualidade.
  • C. os Conselhos Regionais de Psicologia vêm recomendando a utilização de testes, desde que suficientemente estudados pelo psicólogo que irá aplicá-los.
  • D.

    o CRP – Conselho Regional de Psicologia editou a Resolução 002/2001 que estabeleceu as especialidades e definiu que apenas psicólogos clínicos podem usar todo e qualquer tipo de teste psicológico.

  • E.

    os psicólogos clínicos se organizaram em comissões para buscar alternativas que legitimem todos os materiais relacionados a testes em nosso país.

Susana Muszkat afirma que, na violência doméstica, não há vencedores e que a tendência natural é a de se isolar o sujeito identificado como "agressor" a fim de poupar maior sofrimento àqueles identificados como vítimas. Acredita que, como o "agressor" é parte ativa e operante dentro de um sistema vivo de interações afetivas, ao simplesmente retirá-lo, impedimos que a família possa refletir sobre seu funcionamento de maneira global; que o padrão de relacionamento deve ser compreendido como uma forma de comunicação; e que a escolha de parceiros não é aleatória, mas calcada em estruturas

  • A.

    conscientes.

  • B.

    inconscientes.

  • C.

    transacionais.

  • D.

    mediadas.

  • E.

    situacionais.

Segundo John M. Haynes e Marilene Marodin, a mediação é um processo no qual uma terceira pessoa, o mediador, auxilia os participantes na resolução de uma disputa. Acreditam que a mediação é idealmente apropriada para disputas familiares e que, como a resolução do problema envolve mais do que uma pessoa, a solução escolhida deve satisfazer

  • A.

    principalmente as necessidades dos progenitores no grupo.

  • B.

    a maioria dos participantes da disputa.

  • C.

    ambos os genitores de cada grupo familiar em disputa.

  • D.

    os genitores dos grupos em disputa.

  • E.

    todos os participantes da disputa.

Segundo Sidney Shine, o psicólogo pode assumir diferentes papéis no Enquadre Jurídico, dada sua forma de encarar e realizar o trabalho pericial. O perito que é contratado pelo advogado ou pela parte, torna-se um perito dentro da arena jurídica. É também chamado de "assessor da parte" ou "perito particular" ou, no termo corrente mais comum, por assistente técnico. Shine o denomina de Perito

  • A.

    Parcial.

  • B.

    Testemunhal (Factual).

  • C.

    "Pistoleiro".

  • D.

    Adversarial.

  • E.

    Imparcial.

Lídia Rosalina Folgueira Castro, em seu livro "Disputa de guarda e visitas: no interesse dos pais ou dos filhos?", menciona o fato de que os estudos atuais sobre a problemática afetiva dos ex-casais em disputa atribuemlhe como causa o ex-casal não ter conseguido elaborar a separação. Refutando esta idéia a partir do que encontrou nos casos que analisou, procurou compreender porque a idéia é tão generalizada. Acredita ser importante que se compreenda que a separação, embora seja um momento sempre muito difícil, não se dá da mesma forma e pelas mesmas razões para todos os indivíduos. Apontou que há desde aqueles que se separam porque

  • A.

    a disputa judicial seria, exclusivamente, um meio do ex-casal continuar relacionando-se, até aqueles que apresentam uma recusa da separação, diante da imensa infelicidade vivida.

  • B.

    os indivíduos, em sendo freqüentemente neuróticos, não são capazes de favorecer acordos, nas disputas judiciais que desencadeiam na Vara de Família, o que faz com que os pais focalizem a disputa e esqueçam a relação de cada um com os filhos, até os que desejam apenas vingança.

  • C.

    não têm maturidade para enfrentar as limitações e desafios que um casamento impõem, até aqueles que se separam justamente porque conseguiram o mínimo de diferenciação e evolução afetiva, quer para buscar a felicidade, quer para fugir de uma infelicidade insuportável vivida no casamento.

  • D.

    quando estão brigando na Justiça, encontram uma forma de manterem-se unidos, na esperança de resolverem conflitos antigos, até aqueles que gravemente enfermos, encontram-se sem capacidade de reflexão para o estabelecimento de acordos, quanto às visitas e à opção de guarda.

  • E.

    acertaram na eleição do cônjuge, porém não consideraram fatores importantes, pois ao comporem uma família, reeditaram estruturas patológicas inesperadas presentes nos modelos neuróticos da família.

Segundo Solange Maria Amaral S. Pinheiro, a criança ou o adolescente vitimizados apresentam alterações de comportamento, queixas somáticas, alterações psicológicas, refletindo algumas características comuns, podendo aparecer as mais variadas combinações dos seguintes sinais:

  • A.

    apresenta dificuldades de aprendizagem atribuíveis ao ambiente escolar.

  • B.

    está sempre alerta, esperando que algo bom aconteça.

  • C.

    fica apreensiva quando outras crianças começam a sorrir.

  • D.

    demonstra mudanças lentas no desempenho escolar.

  • E.

    desconfia dos contatos com os adultos e tem receio dos pais.

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