Questões de Serviço Social da Fundação CESGRANRIO (CESGRANRIO)

Considerando o debate da política social pelo Serviço Social, nos anos 1980, identificam-se alguns limites no tratamento analítico, como o politicismo, que se caracteriza por

• A.

  considerar a rede institucional privada mobilizada pelas políticas sociais, enxergando o campo da sociedade civil, em função do peso do Estado no país.

• B.

  considerar inviável no Brasil o projeto do welfare state social-democrata que, por meio da política social, poderia realizar a redistribuição de renda.

• C.

  limitar a análise das possibilidades concretas de realização das reformas democráticas no Brasil, com a remissão de um conflito contra a ordem e não na ordem.

• D.

  reduzir a política social à vontade política dos sujeitos, à regulação dos conflitos, à busca de legitimação e de consensos e às pressões dos movimentos sociais.

• E.

  apostar na política social como solução para as desigualdades, levando em conta a natureza do capitalismo, especialmente na sua periferia.

Em uma empresa, o assistente social foi requisitado para contribuir com o seu conhecimento profissional no âmbito da saúde e segurança do trabalho. Tendo incorporado o conjunto de saberes e práticas do campo da Saúde do Trabalhador, a sua intervenção

• A. adotará um enfoque de análise biológico e individual, demarcando o ambiente laboral como objeto de investigação/ intervenção para identificação dos riscos.
• B. considerará a inevitabilidade dos riscos e a cotidiana interação do trabalhador com os objetos e meios de trabalho, potencialmente causadores do adoecimento.
• C. privilegiará como foco de análise o processo de trabalho e o trabalhador, elegendo este como principal sujeito nas relações trabalho-saúde.
• D. priorizará a investigação das condições de vida, dos hábitos individuais e familiares como elementos centrais nos processos saúde-doença.
• E. elegerá como prática sistemática a responsabilização do trabalhador pela própria saúde e pela prevenção das doenças através da adoção de hábitos saudáveis.

A constituição de organizações representativas voltadas para agregar empresas e os propósitos de ações de Responsabilidade Social, como o Instituto ETHOS, indica a profissionalização dessas atividades. Essa afirmação pode ser explicada através da

• A.

  contratação maciça de profissionais da área das ciências humanas

• B.

  preservação dos valores essenciais da filantropia

• C.

  interferência em projetos sociais, apresentando o empresário como ator político responsável

• D.

  importância da doação do recurso, sem a preocupação com o retorno do investimento

• E.

  garantia de um conteúdo humanista nas ações dissociado do marketing social

O perfil de morbimortalidade dos trabalhadores no Brasil, atualmente, caracteriza-se pela coexistência de

I - agravos que têm relação com condições de trabalho específicas, como os acidentes de trabalho típicos e as doenças profissionais;

II - doenças que têm sua frequência, surgimento ou gravidade modificados pelo trabalho, denominadas doenças relacionadas ao trabalho;

III - doenças comuns ao conjunto da população, que têm relação de causa com o trabalho e condicionam a saúde dos trabalhadores.

Está de acordo com o perfil de morbimortalidade dos trabalhadores brasileiros APENAS o que está citado em

• A. I.
• B. II.
• C. III.
• D. I e II.
• E. II e III.

Nos anos noventa, do século XX, a ideia da responsabilidade social corporativa adquiriu consistência no meio empresarial como o conjunto de atividades que a empresa realiza para atender às demandas sociais. Concomitantemente, tornaram-se correntes as denúncias relativas à ineficiência do Estado em contornar a crise econômica e os problemas sociais no Brasil. Examinando tal aspecto, é possível observar que ele está relacionado com uma

• A.

  demanda legítima da classe empresarial e dos trabalhadores, para aumentar a produtividade.

• B.

  proposta das empresas para minimizar, por meio de soluções inovadoras, os problemas do país, visando à reprodução da força de trabalho.

• C.

  afirmação da consciência cívica e da sensibilidade do empresariado para romper com o quadro de desigualdade social do país.

• D.

  ação do empresariado, reforçada pela sociedade civil, para resolver a precariedade das condições de vida dos trabalhadores.

• E.

  ação do empresariado para, além de reforçar a assimetria entre eficiência pública e privada na gestão social, inserir uma nova estratégia de negócios.

Com relação às estratégias de marketing social das empresas, verifica-se que os (as)

• A. sites na Internet decodificam as informações para as comunidades assistidas.
• B. balanços sociais possibilitam transparência e prestação de contas à sociedade.
• C. eventos de premiação repercutem imediatamente no mercado consumidor.
• D. seminários temáticos visam à legitimação social frente à opinião pública.
• E. campanhas na mídia são direcionadas aos especialistas em cidadania corporativa.

Nas empresas, a função do assistente social na assessoria às gerências apresenta o papel de

• A.

  absorver a gestão de pessoas pela descaracterização das suas funções tradicionais.

• B.

  materializar o seu saber específico na ação direta junto ao trabalhador polivalente.

• C.

  auxiliar no alcance das metas com iniciativas mais coercitivas e menos simbólicas.

• D.

  mediar as relações de trabalho em prol do aumento da produtividade.

• E.

  assumir a função gerencial com a introdução dos esquemas de subcontratação.

As novas políticas estatais voltadas para o consumo abusivo e a dependência de drogas deixaram de enfatizar a repressão para investir na prevenção. Um dos seus princípios postula que

• A. a questão das drogas deve ser tratada como um problema de segurança pública.
• B. a viabilização das ações antidrogas depende da inserção das famílias dos usuário
• C. as abordagens do problema das drogas devem ser focadas nas drogas ilícitas.
• D. as políticas em relação às drogas devem ser integradas às políticas sociais gerais.
• E. o enfrentamento das drogas deve readequar os traços socioculturais dos usuários.

A postura crítica que questiona a relação entre as exigências das empresas capitalistas e as respostas profissionais do assistente social no trato dos problemas dos trabalhadores, pressupõe que

• A.

  o assistente social está a serviço da empresa e dos trabalhadores pela posição de complementaridade entre capital e trabalho.

• B.

  o lugar da profissão na empresa é uma contingência da organização da produção, havendo distinção entre as intenções do assistente social e da empresa.

• C.

  a prestação de serviços sociais é necessária à mútua colaboração entre empresa e trabalhadores, mediante a administração técnica do assistente social.

• D.

  a competência técnica do assistente social se consubstancia nos problemas sociais dos trabalhadores, independente da mediação política da ação profissional.

• E.

  os serviços sociais da empresa são úteis para os trabalhadores, e a tarefa primordial do assistente social é a elevação do padrão de vida.

Nas empresas, os programas de qualidade de vida no trabalho buscam

• A. adequar o funcionamento do mercado interno de trabalho por meio da capacitação.
• B. elevar os padrões de qualidade e confiabilidade dos processos, produtos e serviços.
• C. enquadrar hábitos e cuidados pessoais através de uma intervenção normativa.
• D. estabelecer a relação entre disciplina do trabalho e desempenho técnico.
• E. fortalecer a marca dos produtos e a imagem da organização com ações pedagógicas.