Questões de Comunicação Social da Núcleo de Computação Eletrônica UFRJ (NCE)

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Entendida como um somatório de características que a um só tempo identificam e diferenciam os homens, a cultura do último século foi assimilada a uma "comunicação de massa".

Isto ocorreu pelas razões a seguir:

  • A.

    pelo elevado grau de envolvimento desta novel modalidade de comunicação com as chamadas indústrias da cultura, que recorrem a spots publicitários para forçar a venda de um sem-número de produtos massivos de rápida obsolescência;

  • B.

    ela difusão imediata de mensagens midiáticas elaboradas com finalidade comercial, que devem atingir e impactar um público massificado, ocupando sua atenção, despertando seu interesse e o conduzindo para fora de suas áreas de origem;

  • C.

    pelo volume de formas institucionalizadas de produção e disseminação de mensagens públicas, que operam em larga escala e atuam por meio de complexas formas de mediação, tais como as que realizam o jornal, o cinema, o rádio e a televisão;

  • D.

    pelo virtualmente incontável número de indivíduos que a ela aderem, sendo então considerados parte constitutiva de uma totalidade homogênea e nivelada por padrões conservadores de consumo de bens simbólicos, assim como de mensagens midiais;

  • E.

    pela sobredeterminação de vínculos a veículos como a revista, o rádio e a TV em conceber, elaborar, apresentar e promover, de modo maciço, produtos massivos e idéias massificadas, destinando-os ao consumo de milhares de indivíduos.

No livro Teorias da Comunicação: conceitos, escolas e tendências (Petrópolis RJ: Vozes, 2001), Vera V. França assinala que "[...] os homens sempre se comunicaram [...] e os primeiros agrupamentos humanos, aquilo que podemos intuir como embrião da vida social, apenas se constituíram na base de trocas simbólicas [...]" (p. 41).

Nestas palavras, descerra-se um conceito de comunicação social, assim como se aponta seu valor e se indica sua valia. Isto está claro, no citado texto, pelo seguinte motivo:

  • A.

    a afirmação explícita, referente a grupos e a comunidades, aponta para a importância da comunicação como experiência vivida de uma integração individual a uma totalidade socialmente constituída;

  • B.

    a implícita referência feita à necessidade permanente do diálogo corrobora sua centralidade no processo histórico de formação das sociedades humanas, que têm o ato comunicativo em sua origem;

  • C.

    toda troca simbólica faz supor contatos de vária natureza, explícitos ou sugeridos, realizados entre membros de um grupo ou de uma comunidade, que se funda e se sustém pela comunicação cotidiana;

  • D.

    a constituição dos meios sociais humanos, levada a termo, no curso da história, mediante incontáveis ações comunicacionais, dialogadas ou não, ratifica a necessidade social de todo comunicar;

  • E.

    a freqüência e a sucessão das trocas simbólicas efetuadas vêm, ao longo da história, facultando a composição de grupos, comunidades e sociedades humanas, que não prosperariam se fossem incomunicáveis.

Neste mesmo livro, Antonio Hohlfeldt alude a uma "hipótese de agenda ou agenda setting" (p. 188).

 Com esta denominação, o autor designa:

  • A.

    uma hipótese provável que, aplicando-se à análise metódica de fatos da comunicação contemporânea, envolve a mídia e revela seu modo próprio de dar uma versão sensacionalista a fatos ocorridos e a acontecimentos registrados;

  • B.

    uma teoria hipotética com a qual se pode explicar a importância do papel desempenhado pela mídia, sempre que se trate de fazer uma agenda de compromissos políticos e de eventos sociais de interesse do público;

  • C.

    uma conjectura hipotética que é cientificamente adequada à explicação dos mecanismos de funcionamento da mídia, em seu papel de organizadora de uma pauta pública de assuntos de interesse econômico ou cultural;

  • D.

    um modo conjetural de se propor a reflexão rigorosa acerca de um fenômeno de comunicação produzido pela mídia, que consiste em chamar a atenção do público para a ocorrência simultânea de importantes acontecimentos;

  • E.

    uma hipótese pela qual se pretende dar conta do fato de a mídia orientar o público no sentido de acolher e adotar uma pauta temática, levando-o então a se ocupar com certo número de assuntos e a pôr outros de lado.

Constituem características atribuíveis à teoria crítica da cultura, sustentada por Theodor Adorno e Max Horkheimer, da Escola de Frankfurt, as que vão abaixo transcritas:

  • A.

    dá-se ênfase particular à natureza intrínseca e ao papel desempenhado pela ideologia nas sociedades modernas, assim como delas se esboça uma visão totalizante, denunciando-se a instauração de uma barbárie cultural;

  • B.

    registra-se, em plano filosófico, o ímpeto avassalador próprio a processos de padronização cultural que vêm assolando as sociedades modernas, bem como a elas se considera inelutavelmente propensas a mudanças libertárias;

  • C.

    sociologicamente falando, são objeto de críticas virulentas, tanto a repetição e o eterno retorno do mesmo, quanto a pseudopersonalização, impostas por uma negação dos fatos de cultura por obras de lazer coletivo e entretenimento;

  • D.

    comenta-se, de maneira crítica, que as modernas sociedades, de tão alienadas, já se acostumaram à industrialização de bens simbólicos e culturais, bem como a sua promoção pela mídia, criando-se assim objetos novos para sujeitos distintos;

  • E.

    de um modo teórico e por um viés crítico, a análise sociológica das modernas sociedades leva a uma visão filosoficamente pessimista, considerando-se que homens socialmente desiguais passam a se igualar somente pelo consumo de bens simbólicos.

De acordo com Sidney Basile, no livro Elementos do jornalismo econômico (Rio de Janeiro: Campus, 2002), são, respectivamente, características das coberturas macroeconômica e microeconômica:

  • A.

    somente importam os agentes econômicos interagindo em suas transações; a relevância está na atividade econômica em sua interação com a política;

  • B.

    o jornalista precisa localizar casos singulares de tendência mais geral; o jornalista deve oferecer ao público conclusões sobre as contas nacionais;

  • C.

    o enfoque recai sobre empresas e mercados, empregados e consumidores; a abordagem destaca inflação, juros, nível de emprego e dívidas;

  • D.

    os assuntos são inseridos em áreas geográficas (um país, um estado, uma cidade); os assuntos são divididos por áreas de atividade (comércio, indústria, serviços);

  • E.

    os temas são tratados de forma dedutiva (do geral para o particular); os temas são tratados de forma indutiva (do particular para o geral).

Nesta mesma obra, Sidnei Basile compara a divulgação de um comercial de televisão em uma rede nacional com a inserção de um anúncio em uma publicação de economia e negócios.

Segundo o autor:

  • A.

    o custo de investimento em propaganda nos canais abertos de TV é, em termos absolutos, muito mais barato do que nos veículos econômicos;

  • B.

    na publicação especializada em assuntos de economia, a adequação do público ao meio de comunicação é infinitamente maior que na TV;

  • C.

    na mídia televisiva, a dispersão do investimento publicitário costuma ser proporcionalmente menor que na imprensa econômica;

  • D.

    a publicidade em canais de TV aberta é a forma mais certeira de atingir os tomadores de decisões referentes a investimento e consumo;

  • E.

    na mídia especializada, a quantidade de pessoas atingidas por um anúncio faz cair o custo proporcional da inserção publicitária.

No livro intitulado A ciência da Propaganda (São Paulo: Cultrix, s/d), Claude Hopkins afirma que "a propaganda adquiriu foros de ciência" (p. 19).

Este argumento assim se justifica:

  • A.

    a propaganda reflete a capacidade humana de abstração científica. Ciência e propaganda divulgam uma à outra, impondo-se como saberes de nosso tempo;

  • B.

    a atividade propagandística encerra um aspecto lúdico, que é também responsável por seu sucesso. Ao ser testada, a propaganda evidencia sua cientificidade;

  • C.

    toda propaganda torna patente a validade universal dos temas de que se ocupe. Suas leis de constituição fazem referência a uma prática científica;

  • D.

    à vista de seus fundamentos, a propaganda se aproxima de uma ciência empírica. Logo, o que se disser em propaganda irá adquirir validade científica;

  • E.

    a propaganda adota princípios fixos, mostrando-se razoavelmente exata. Para ela, foram especialmente estabelecidos e verificados métodos corretos de proceder.

Em domínios da editoração e das artes gráficas chama-se programação visual:

  • A.

    à planificação de formas de expressão com as quais seja possível conceber, elaborar e propor uma identidade visual a uma organização, que atue nas áreas econômica e social;

  • B.

    à modalidade de programação de mídia que prevê a inserção de distintas imagens, analógicas e digitais, em publicações institucionais dirigidas ao grande público;

  • C.

    ao planejamento de um sistema de linguagem coerente e uniforme, em todos os seus aspectos visuais, que se destina a uma publicação, a um produto ou a uma logomarca;

  • D.

    à estratégia de comunicação que supõe a relevância das características gráfico-visuais de um logotipo, realizada em conformidade a um conjunto de procedimentos e ações;

  • E.

    à técnica de comunicação que se desenvolve mediante a preparação de um trabalho de projeção visual, contendo imagens analógicas e recursos de expressão gráfica.

Quanto a seu conceito e às suas finalidades, pode-se assim entender a publicidade:

  • A.

    meio utilizado para tornar conhecido um produto, uma marca ou um serviço, com o objetivo de despertar, junto a um público, interesse ou desejo pelo que está sendo anunciado;

  • B.

    conjunto de mensagens persuasivas às quais profissionais de mídia recorrem para anunciar, promover e fazer vender produtos, bens de consumo e serviços para potenciais segmentos de público;

  • C.

    jornais, revistas, rádio, televisão e internet, por meio da qual se pretende seduzir e motivar o público adquirente a realizar um ato de compra;

  • D.

    estratégia de comunicação que supõe a criação de propagandas, a programação de vendas, a verificação de circulação e a análise de índices de memorização de uma marca por parte de potenciais consumidores;

  • E.

    técnica de comunicação de difusão coletiva à qual uma agência recorre com a finalidade de divulgar, promover e incrementar uma atividade comercial, conquistando e cativando clientes em certas faixas de público.

Avanços recentes na criação digitalizada de imagens fazem supor novos aplicativos, que desempenham tarefas específicas. Estes sistemas são chamados de desktop publishing (DTP).

O processamento de imagens e textos para editoração eletrônica tem feito uso dos seguintes programas para DTP:

  • A.

    ReadySetGo; Page Maker; Ventura Publisher;

  • B.

    RagTime Solo; Movie Maker 2; Web Reader 2.3;

  • C.

    Page Maker; MS Office; Adobe Frame Maker 7.1;

  • D.

    Java Script; Ventura Publisher; Desktop Manager;

  • E.

    AcdSee Writer; ReadySetGo; WebEditor.

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