Questões de Medicina da FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO)

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Considerando a nova diretriz de avaliação da função diastólica do ventrículo esquerdo publicada no JASE em 2016, os parâmetros abaixo podem detectar disfunção diastólica em um paciente com FE normal, EXCETO:

  • A. velocidade do refluxo tricúspide > 2,8 m/s.
  • B. volume do átrio esquerdo > 34 ml/m².
  • C. velocidade do refluxo mitral > 2,8 m/s.
  • D. relação E/E’ > 14.
  • E. E’ lateral < 10 cm/s.

Conhecemos como fratura de Hangman a fratura:

  • A. do processo odontoide de C2.
  • B. do osso hioide.
  • C. devido a lesão em chicote.
  • D. da ”pars articularis” de C2.
  • E. luxação de C6 sobre C7.

Homem de 35 anos é admitido em serviço de emergência, referindo tosse seca persistente há duas semanas e início de febre alta (40 oC) há cinco dias. Há dois dias com dispneia, mesmo em repouso. Refere ainda emagrecimento de 6 Kg nos últimos dois meses, atribuído em parte à dificuldade de ingestão de alimentos sólidos por dor retroesternal. Sabe ser portador de HIV há anos, mas não faz acompanhamento médico nem faz terapia específica. Usuário de drogas ilícitas, nos últimos seis anos, não mais usando a via intravenosa.

Na anamnese dirigida ainda foram evidenciados: diarreia de até 10 evacuações diárias, sem muco, pus ou sangue; ulceração perianal com mais um mês de duração; e alteração de acuidade visual à direita. Ao exame, paciente emagrecido, hipocorado ++/4, desidratado, taquipnéico, orofaringe com placas esbranquiçadas superficiais em mucosa jugal e língua, removíveis com espátula, e também de lesões raiadas, brancas, nas bordas laterais da língua, não removíveis com espátula. Presença de lesões violáceas de 1 cm de diâmetro em região gengival e palato. FR 32 irpm, PA 110 x 50 mmHg, PR 112 bpm. Pulmões com MV rude com estertores crepitantes difusos bilateralmente. Fígado palpável a 2 cm do RCD. Sem sinais meníngeos ou déficits neurológicos focais.

Cicatriz hipocrômica em região torácica seguindo o trajeto intercostal restrito ao lado direito do corpo. Lesões cutâneas máculo-papulares violáceas em tronco e membros inferiores. Presença de lesão ulcerada em região perianal, de 4 cm de diâmetro, dolorosa, de fundo limpo e bordas regulares. Radiografia de tórax revela infiltrado intersticial difuso e gasometria arterial mostra PaO2 de 50 mmHg. Fundoscopia encontra focos de hemorragia sobre exsudato amarelado.

O número de manifestações oportunistas, ativas ou passadas, apresentadas pelo paciente nesse quadro avançado de síndrome de imunodeficiência adquirida, que pode ser atribuído à família dos herpesvírus é:

  • A. 1.
  • B. 2.
  • C. 3.
  • D. 4.
  • E. 5.

Você foi chamado para avaliar um RN na maternidade. O mesmo encontra-se dispneico e com dificuldade para mamar. Avaliando as imagens do ecocardiograma transtorácico realizado no dia anterior você encontra a imagem abaixo.

Um provável diagnóstico desse RN é:

  • A. coartação de aorta.
  • B. estenose aórtica.
  • C. persistência do canal arterial.
  • D. comunicação interventricular.
  • E. tetralogia de Fallot.

Ao RX, imagem de estratificação vertical do corpo vertebral é sugestiva de:

  • A. doença de Paget.
  • B. metástase vertebral.
  • C. osteoporose.
  • D. hemangioma.
  • E. osteopetrose.

Criança de 3 anos, sexo feminino, é trazida ao Serviço de Emergência por apresentar, há dois dias, febre, cefaleia, episódios de vômitos e diarreia moderada. A mãe informa ter conhecimento de casos de febre e diarreia nas últimas duas semanas, na creche que a criança frequenta.

A etiologia mais provável para o conjunto de achados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais é:

  • A. Vírus Zika.
  • B. Streptococcus pneumoniae.
  • C. Herpesvírus.
  • D. Vírus Coxsackie.
  • E. Vírus da Caxumba.

O hiperparatireoidismo é um distúrbio que resulta na hipersecreção do hormônio da paratireoide denominado paratormônio, sendo a causa mais comum de hipercalcemia. Observe a imagem abaixo, feita em uma paciente.

 Nesse caso, é correto afirmar que:

  • A. a cintilografia da paratireoide pode ser utilizada para diagnóstico de qualquer causa de hipercalcemia.
  • B. normalmente é utilizado o iodo radioativo na execução da imagem.
  • C. a cintilografia da paratireoide é muito importante no diagnóstico do hiperparatireoidismo, dispensando os dados de laboratório.
  • D. a cintilografia com Sestamibi é classicamente considerada o exame padrão ouro na localização da paratireoide afetada, mas sua eficácia depende do tamanho e do peso da glândula paratireoide.
  • E. o exame é feito em duas etapas: 10 minutos e 24 horas.

Paciente de 3 anos é encaminhada ao ambulatório de cardiologia pediátrica devido à ausculta de sopro cardíaco durante a consulta com pediatra. Durante a investigação diagnóstica foi realizado ecocardiograma transtorácico que evidenciou comunicação interventricular perimembranosa medindo 7 mm. Nesse mesmo exame foram obtidas as seguintes informações:

VTI aórtico: 12 cm

VTI artéria pulmonar: 27 cm

Anel aórtico: 1,3 cm

Anel pulmonar: 1,5 cm

Com base nessas informações, o Qp/Qs nesse paciente seria de:

  • A. 2,5
  • B. 1
  • C. 4
  • D. 3
  • E. 1,5

Ao solicitarmos que um paciente com diagnóstico de hérnia de disco lombar deambule apoiando-se apenas nos calcanhares estamos testando a força da raiz de:

  • A. L3.
  • B. L4.
  • C. L5.
  • D. S1.
  • E. S2.

Na seguinte situação a investigação sorológica mencionada para as infecções presumidas resulta em diagnóstico etiológico claramente estabelecido:

  • A. VDRL com titulação de 1:8 coletado na segunda semana de investigação de febre, artralgia generalizada e exantema maculopapular, em mulher jovem, sexualmente ativa.
  • B. sorologias para rubéola, coletadas no período de doença e na convalescência, mostrando respectivamente: IgG reativa (título 1:8) e IgG reativa (título 1:16), em criança não vacinada com quadro exantemático febril recente.
  • C. exames de macroaglutinação para leptospirose, coletados no 3º dia e no 7º dia de doença, mostrando-se, respectivamente, não reativa e reativa, em homem com mialgia, febre alta, icterícia e sangramentos.
  • D. marcadores virais de hepatites mostrando: Anti-HAV – IgG reativo; HBsAg reativo e Anti-HBC – IgG reativo; Anti-HCV – IgG não reativo, em paciente com febre baixa, náuseas, icterícia, colúria e acolia fecal de início recente.
  • E. sorologias para HIV ELISA reativa, Western blot positivo (várias bandas) e PCR para HIV de 8.000 cópias/ml no 10º dia de investigação de paciente com síndrome de mononucleose infecciosa.
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