Questões de Pedagogia da Fundação Carlos Chagas (FCC)

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O princípio da gestão democrática hoje substitui a organização burocrática, herança do modelo clássico de administração escolar. Nessa perspectiva, é correto afirmar que

  • A.

    o olhar da escola deve estar voltado para o que lhe é externo, aguardando as diretrizes a serem executadas e incluídas no seu Projeto Político-Pedagógico.

  • B.

    a escola deve ser concebida como uma organização social, inserida em um contexto local e que possui identidade e cultura próprias, e seu Projeto Político-Pedagógico deve ser construído com a participação da coletividade.

  • C.

    o Projeto Político-Pedagógico da escola reúne as diretrizes definidas pelo gestor para orientar as ações que devem ser assumidas como prioritárias pelos educadores.

  • D.

    as equipes escolares devem obedecer às decisões centrais na definição e avaliação do Projeto Político-Pedagógico de sua unidade educacional.

A partir da concepção de que o erro é elemento intrínseco ao processo de aprendizagem, é fundamental que o professor

  • A.

    analise os resultados, em uma concepção classificatória, para identificar quais alunos serão aprovados e quais serão reprovados.

  • B.

    conheça melhor os alunos de modo que possa identificar quais intervenções são adequadas e necessárias para propiciar novas aprendizagens.

  • C.

    identifique o que os alunos sabem e em que precisam melhorar em relação às práticas de leitura em uma avaliação específica de domínio da Língua Portuguesa.

  • D.

    questione constantemente “se os alunos devem passar de ano sem saber”.

Paralelamente à construção dos conceitos das operações matemáticas e mediante a compreensão dos seus significados, faz-se necessário que o professor trabalhe com seus alunos uma base de apoio para o desenvolvimento da habilidade de cálculo. Esta base consiste

  • A.

    no desenvolvimento do pensamento lógico/racional e no domínio da contagem, em uma perspectiva de refinar os primeiros conceitos decimais e binários.

  • B.

    na percepção das diferentes dimensões (altura, largura e profundidade) e na construção das combinações numéricas básicas.

  • C.

    na aquisição das unidades básicas de medida e na adição de números de um dígito e seus correspondentes inversos da subtração.

  • D.

    no domínio da contagem, na construção das combinações numéricas básicas, na adição de números de um dígito e seus correspondentes inversos da subtração, em uma perspectiva de trabalhar com resolução de situações problema.

Sabe-se que vários pesquisadores, como Emília Ferreiro, Celéstin Freinet, Paulo Freire e Howard Gardner, partem do princípio de que é preciso compreender e valorizar a ação do sujeito em seu processo de aquisição do conhecimento. A partir deste princípio, está correto afirmar:

  • A.

    Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (no livro "Psicogênese da Língua Escrita" de 1979) defendem que não é necessário diagnosticar o quanto os alunos já sabem antes de iniciar o processo de alfabetização.

  • B.

    Paulo Freire, grande pensador e educador, opunha-se ao que chamava de educação libertadora, onde o professor é o depositante e o aluno o depositário da educação, o que o torna incapaz de ler o mundo criticamente.

  • C.

    Célestin Freinet, desde os anos 20 do século passado, já defendia e utilizava práticas ainda hoje presentes em muitas escolas, quais sejam: construção de jornal escolar, troca de correspondências, cantinhos pedagógicos, trabalhos em grupo, aulas-passeio.

  • D.

    Howard Gardner, no livro “Estruturas da Mente: Teoria das Inteligências Múltiplas”, defende a existência de onze inteligências, e destaca a Inteligência musical no comentário: "Ter aulas de música garante aos estudantes desenvolver a inteligência musical, a noção espacial e as linguagens escrita, verbal e gestual”.

Uma professora da 2ª série trabalhou com a profissão do pai de um aluno da classe para ensinar as primeiras noções de unidades de medida. Ela considerou importante trazer situações cotidianas da comunidade para a sala de aula, integrando o trabalho pedagógico com a vivência cultural dos alunos. Esta professora

  • A.

    deixa de resgatar o interesse dos alunos da sala, pois a vivência cultural não representa desafios apropriados a serem assumidos e transpostos durante o aprendizado.

  • B.

    segue os avanços teóricos que comprovam que a aprendizagem não se dá pelo treino mecânico descontextualizado, ou pela exposição exaustiva do professor.

  • C.

    preocupa-se mais com o que ensinar e menos com os modos pelos quais os alunos aprendem.

  • D.

    segue por avanços estratégicos, sem levar em conta o conteúdo e a proposta curricular pré-estabelecidos.

Entende-se alfabetização como o processo específico e indispensável de apropriação do sistema de escrita e a conquista dos princípios alfabético e ortográfico que possibilitam ao aluno ler e escrever com autonomia. Entende-se letramento como o processo de inserção e participação na cultura escrita; um processo que tem início quando a criança começa a conviver com as diferentes manifestações da escrita na sociedade (placas, rótulos, embalagens comerciais, revistas, etc.) e se prolonga por toda a vida, designando o conjunto de conhecimentos, atitudes e capacidades necessários para usar a língua em práticas sociais.

Diante dessas afirmações, a proposta da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais para os diferentes momentos do Ciclo Inicial de Alfabetização no contexto do Ensino Fundamental de nove anos é

  • A.

    considerar alfabetização e letramento como processos diferentes, cada um com suas especificidades, mas complementares e inseparáveis, sendo ambos indispensáveis.

  • B.

    entender que a ação pedagógica mais adequada e produtiva é aquela que primeiramente contempla a alfabetização, para em um segundo momento, contemplar o letramento.

  • C.

    focar-se no letramento, uma vez que grande parte dos indicadores do SAEB mostra que muitas crianças, embora alfabetizadas, não são letradas ou manifestam diferentes graus de analfabetismo funcional.

  • D.

    dedicar sempre a maior ênfase à alfabetização, por ser o mecanismo pelo qual a criança se apropria do sistema alfabético, já que este envolve aprendizados muito específicos e totalmente independentes do letramento e dos componentes do sistema fonológico da língua.

Na sociedade da informação e do conhecimento, a escola tem o papel de

  • A.

    restringir o uso das redes sociais, minimizando assim as situações de ciberbulling ou eventuais contatos com pessoas fora da escola sem o acompanhamento dos professores.

  • B.

    preservar os processos de ensino da forte influência das tecnologias, tendo em vista o caráter de dominação política que as empresas de tecnologia exercem no mercado.

  • C.

    atender as demandas do mercado de trabalho, assumindo as ferramentas do ensino a distância como as mais influentes do cenário social da contemporaneidade.

  • D.

    incluir as ferramentas tecnológicas nas aulas, já que os alunos de hoje se desinteressam com facilidade pelas metodologias mais utilizadas na escola.

  • E.

    propiciar a integração das mídias ao cotidiano escolar, de forma que os processos de ensino possibilitem a construção de capacidades de reflexão e seleção da informação e do conhecimento.

Dentre as influências do pensamento de Rousseau para a educação está

  • A.

    a consideração da criança com sentimentos, desejos e ideias próprias de seu momento de vida.

  • B.

    a ideia de que a criança é um adulto em miniatura e sua educação direciona-se para o seu futuro.

  • C.

    a organização da atividade escolar com foco na educação do corpo e dos hábitos, desde os anos iniciais.

  • D.

    a ênfase no estudo das disciplinas de língua portuguesa e matemática como base para o aprendizado das demais.

  • E.

    o foco na formação moral, já que o ser humano, em essência, é mau e a função da escola é educá-lo.

A nova concepção de Educação Especial e a ressignificação das possibilidades de aprendizagem do aluno com deficiência mental, segundo o documento MEC/SEESP(2007), são condições para o sucesso da inclusão escolar desse aluno.

Para que essa inclusão se efetive, as intervenções do professor especializado devem centrar-se

  • A.

    no treinamento do aluno em atividades da vida diária, a partir da lógica do concreto.

  • B.

    no treinamento do aluno em atividades, tarefas e conteúdos previstos no currículo e programas do ensino regular.

  • C.

    no treinamento do aluno, por meio da repetição de ações sobre os objetos, dada sua incapacidade de atribuir um significado próprio ao objeto.

  • D.

    na construção de conhecimentos pelo aluno, por meio da repetição de ações sobre os objetos, dada sua incapacidade de atingir o plano abstrato e simbólico de compreensão do objeto.

  • E.

    na construção de conhecimentos pelo aluno, a partir do estabelecimento de uma interação simbólica com o meio, atuando no plano abstrato e não apenas físico do objeto.

Considere as imagens.

Um dos elementos que podem ser abordados na discussão a partir das imagens é

  • A.

    a extensão das nossas florestas e sua constante capacidade de renovação.

  • B.

    a substituição da madeira das árvores por plástico ou outros materiais.

  • C.

    o desmatamento acelerado e os problemas ambientais que ele provoca.

  • D.

    a possibilidade de preservar a Amazônia reduzindo as atividades econômicas lá desenvolvidas.

  • E.

    o exagero dos ecologistas que aumentam os problemas do desmatamento para preservar a florestas.

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